NAS FRINCHAS DO TEMPO
Crónica 3352 – 25.02.2023 em AlGharb do M´Puto
PorT´Chingange (Otchingandji)
Pude ler e, agora transcrevo ao meu jeito, que todos os mamíferos em sociedade como macacos, golfinhos ou lobos, têm códigos éticos adaptados pela evolução, para se promoverem na cooperação de um grupo. Os mamíferos humanos também têm esses códigos mas, ao longo de milénios foram sacrificando sua prática usando inverdades para subirem de estatuto no grupo social usando derivações e modos de falar com sofismas e maneirismos nada comparáveis com o aprumo dos demais animais ditos irracionais.
Uns serão safados, bestas, ladrões mas todos, em geral, aspiram subir na escala, mesmo que seja atrapalhando os outros. Usam a mentira ou a fraude acomodando-se quando têm descaramento, lata ou dialéctica para se superarem perante a tibieza dos demais. Enquanto os lobos usam regras de “jogo limpo” os homens mordem o adversário com agressivos dizeres, acções de pintar e bordar julgando em casa própria e até (quando políticos), refazem as leis a seu contento com a satisfação inerente ao seu ego. Todos serão iguais mas, sempre há uns mais diferentes…
A democracia tão badalada fica assim eivada de truques enganadores com falácias recobertas em creme doce ou baba-de-camelo. Entre os macacos nem o alfa-macho retira a banana que um outro encontra para se alimentar. “Não matar” e “Não roubar” eram principios bem conhecidos dos códigos legais e ética das cidades estado sumérias do Egipto faraónico e do Império babilónico. Lembrar Hamurabi que dizia ter recebido dos grandes deuses a instrução: “demonstrar-se justiça sobre a terra, destruir-se o mal e malevolência, e impedir os fortes de explorarem os fracos”.
Ao invés de tudo isto a corrupção oficial sufoca-nos com entupimento de taxas e muitas mais alcavalas entupindo-nos as narinas, olhos e orelhas secando-nos os bolsos. Em verdade, entre os judeus já havia mandamentos para amar o próximo não havendo qualquer mandamento para amar os gentios.
A Bíblia ordenava (e ainda ordena aos judeus) que exterminar certos povos como os amalaquitas, e os cananeus - "Contudo, nas cidades das nações que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês por herança, não deixem vivo nenhum ser que respira”; “Conforme a ordem do Senhor, o seu Deus, destruam totalmente os hititas, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus – assim o diziam: como Deus seu senhor, ordenou”… Podemos ler isso em Deuteronómio, 20.16-17.
Putin, o senhor da Rússia, deve ter esta passagem bem por debaixo de seu travesseiro pois que segue a descrição desse “Velho Testamento. Testamento que detesto com dentes rilhados, sendo em verdade o primeiríssimo registo da história humana e, em que o genocídio foi apresentado como um dever religioso. Vejamos: O cristianismo divergiu do judaísmo exactamente por isso! Tudo mudou com o surgir do apóstolo S. Paulo em sua Epistola aos Gálatas - Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Jesus Cristo (Gálatas 3:28)
Pópilas! Caramba…ainda bem que surgiu S. Paulo que pela primeiríssima vez afirmou que como um ser humano, pregou uma ética universal. Desta feita e em consideração a esta postura santa, deduzo por reflexão que a Bíblia está, ela também, longe de ser uma fonte exclusiva de moralidade humana. Confúcio, São Tomé, Buda e Mahavira estipularam códigos éticos em outros moldes e muito antes de S. Paulo e Jesus, sem nada saberem sobre a terra de Canaã ou sobre os profetas de Israel.
Pelo dito, não tem qualquer sentido atribuir ao judaísmo e aos seus descendentes cristãos e muçulmanos a criação da moral humana. Por via disto não venero ninguém para não ser apodado de preconceituoso! Só sei que ainda ando a reconstruir-me revendo a moral como uma utopia.
O Soba T´Chingange
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