CINZAS DO TEMPO – 28.09.2016 - Faz falta aceitar que para além do mais temos instintos - Não há maior religião do que a verdade!
MALAMBA: É a palavra.
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Hoje, deleitamo-nos de maneira instintiva com o relato de histórias acerca de terceiros, actores num imaginado palco que albergamos em nosso íntimo. Também as nossas estórias sem agá, aliadas àquelas, tornam-se artes criativas de nossos bancos de memória activadas com as dificuldades inerentes de quem as interpreta e, conseguindo combinar o passado com o presente e o futuro.
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São vínculos efectivos do antes e depois de sermos gente com afectividade, com enganos, lealdades e traições. Estas humanidades só surgiram há dois milhões de anos, quando nos tornamos Homo Habilis porque, antes disto, nós só eramos animais com mais ou menos 600 centímetros cúbicos de capacidade craniana. Guinchávamos como os macacos beduínos de hoje e, tinhamos até comportamentos mais bizarros do que o os destes.
Na evolução do tecido complexo que é o cérebro, aquela capacidade craniana subiu para mais de 1400 centímetros cúbicos levando-nos em crer que no futuro nossas cabeças serão tão grandes que só nasceremos por cesarianas. Houve no correr do tempo necessidade de nos agruparmos na condição de caçadores-recolectores e, nos dias de hoje, termos nas vivências os grupos sociais tais como o blogue Kimbolagoa da Sapo ou a Kizomba do Facebook, tornando nossa mente em um mapa que se expande continuamente.
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Uns fazem e outros aproveitam, uns trabalham e outros vêm trabalhar; estamos a copiar-nos mutuamente ou simplesmente aprovando com um gesto simples de clicar no gosto! Mas diga-se que há gente chata no sentido de aborrecida e, alguns são mesmo achatados nos polos. Há luz de critérios diversificados, bisbilhotamos, tiramos o sarro, trabalhamos o amor, o ódio, a suspeita, a admiração e a inveja; uma sociedade bem complicada!
Através de falas amáveis e generosas, fazemos do nosso grupo, nossa tribo, uma distinção especial; todos o fazem porque todos pensam estar no rumo certo em seu pensar e, efectivamente assim estarão segundo seus conceitos e preconceitos. De uma ou outra maneira vamos criando identidade alternando-nos na competitividade beneficiando os futuros registos antropológicos e arqueológicos para os vindouros; bisnetos e trinetos do nosso paralém.
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Neste aprendizado, maravilhámo-nos com saltos de imaginação e no assombro da inventação equilibraremos o orgulho definindo-nos melhor no lugar que ocupamos na tribo e na natureza. De assombro em assombro, fazemos crescer a caixa craniana e também a epopeia de um mundo vivo aonde demónios e deuses não competem pela nossa lealdade. Ia para dizer deslealdade mas isso não é meritório; pretende-se não ser coisa de elevada relevância entre nós.
Somos um produto de nós mesmos, solidários ou frágeis, por vezes independentes. Adaptamo-nos à vida num mundo biológico ainda não totalmente desbravado. Sobreviveremos a longo prazo bisbilhotando, copiando-nos na autocompreensão inteligente e, com uma independência de pensamento.
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Terá de ser assim, pensar maior, tolerando-nos! Nestas quimeras genéticas todos nós seremos ao mesmo tempo, santos e pecadores defensores da verdade e hipócritas. Não me entendam mal ou subestimem. Ao longo dos anos tenho ficado bem defraudado com as pessoas de forma generaliza e, quando se trata de dinheiros de herança, mesmo entre família, a mente torna-se serpente.
Se virmos tudo o dito no plural, de forma mais ampla, teremos de compreender que em nossa condição humana faz falta aceitar que para além do mais temos instintos. Que destes, já perdemos muitos deles, mas nós faremos a estória tal como as abelhas produzm mel! Como elas, produziremos cultura naturalmente.
Imagens de Costa Araújo
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