CINZAS DO TEMPO – 04.10.2016 - Faz falta aceitar que para além do mais temos instintos - O eterno conflito não é um teste imposto por Deus, mas por nós...
MALAMBA: É a palavra.
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Domingo fui à praia e, olhando o mar e céu juntinhos no horizonte lembrei-me da singularidade no início do Universo junto com a singularidade do fim deste: O Big Bang e o Big Crunh. Logo neste Domingo, um dia de Outubro encalorado. Com as fontes a zunir pela tensão alterada, viajando-me no tempo, ficcionava a possibilidade de conduzir-me sem o querer dos universos paralelos; Assim como num buraco de minhoca, como dizem os físicos para definir um tubo fino que liga regiões distantes no chamado espaço-tempo.
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Por vezes vejo-me assim só, indefinido num evento especificado por seu momento; nesta confusa singularidade desse tal ponto em que a sua curvatura se forma infinita e, fico num lusco sem fusco e numa região da qual nada, nem a luz pode escapar porque, a gravidade é forte demais nesse tal de buraco negro. Não é fácil entender a mente que voa sem fronteiras e, é talvez a única tarefa que restará à filosofia para análise desta linguagem.
A maioria dos cientistas até o momento, andam ocupados na elaboração de novas teorias a fim de descrever o que é o Universo para poder perguntar do por quê? Os filósofos, a este por quê ainda não foram capazes de acompanhar o avanço das muitas teorias científicas. Qualquer linguagem terá de sempre ser comedida, de obedecer a uma lógica baseada em factos demonstráveis. E, nem sempre o é deste jeito!
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O escritor criativo por exemplo, o compositor ou o artista visual, comunica através de abstracções ou distorções deliberadas; as suas próprias percepções e sentimentos que esperam conseguir evocar. O valor de seu trabalho é julgado pelo poder e a beleza de suas inventações, suas metáforas. Cabe aqui recordar Picasso que disse, ou se pensa ter dito: a arte é a mentira que nos mostra a verdade.
Efectivamente nós humanos, somos uma espécie cuja curiosidade é insaciável pelo que nos cerca, por nós mesmos e de quem nos cerca ou gostaríamos de conhecer. O tema da bisbilhotice, das biografias, dos romances ou novelas, do culto à celeridade, das guerras e suas histórias ou o desporto da cultura moderna. Numa crescente onda de informação, as especificidades ocorrem a um ritmo quase semelhante ao da multiplicação de bactérias.
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Por seu lado as artes criativas continuarão a florescer com brilhantes expressões da imaginação humana, umas reais, outras psicadélicas, acrílicas, ou digitais. Esta criatividade humana é gerada pelo inevitável conflito entre os vários níveis de selecção natural. Tudo isto para dizer que o conflito é necessário, seja a nível individual ou colectivo.
Possivelmente, o conflito é a única maneira através do qual e, em todo o mundo, a inteligência de nível humano e sua organização social, podem evoluir. Temos de conviver com este tumulto que nos é legado ou inato, a principal fonte de nossa criatividade. O eterno conflito não é um teste imposto por Deus, mas por nós.
Duas ilustrações de Cossta Araujo
O Soba T´Chingange (Otchingandji)
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