CINZAS DO TEMPO – 14.10.2016 - Faz falta aceitar que para além do mais temos instintos - Nós os humanos, ainda carecemos entender a verdadeira natureza que nos cerca… MALAMBA: É a palavra.
Por
Nós os humanos, ainda carecemos entender a verdadeira natureza que nos cerca. Existe uma explicação simples relacionada com a nossa evolução, pelo facto de a nossa espécie ter demorado tanto tempo a compreender este mundo tão saturado de feromonas. Certas espécies de plantas comunicam por meio de feromonas; elas são capazes de se aperceber do sofrimento experimentado por plantas vizinhas a que respondem com determinadas acções.
:::::
Fiquei hoje surpreso ao ver no quadrado de papel aderente posto na porta do meu roupeiro, tantas traças ali coladas só no espaço de dois dias. Não sei se é pelo facto de não chover há seis meses que se vê tantas traças por aqui! Um destes dias, ao vestir uma camisa de algodão, tinha um grande e irregular buraco por altura do cinto; só o vi no acto de apertar este. Foi quando me lembrei de particularidades sensoriais que nós humanos, não temos!
Ao passear o cachorro e, ainda longe de outros cães, estes começam a dar alarde ladrando. Seu olfacto é excelente a comparar com o nosso. As formigas são possivelmente as mais avançadas de entre as criaturas da terra que dependem de feromonas. Nas suas antenas possuem mais receptores olfactivos e sensoriais do que qualquer outra espécie de insecto conhecida.
:::::
Mais de 99 por cento das espécies animais, plantas, fungos e micróbios dependem exclusivamente ou quase, de uma série de substâncias químicas como as feromonas para comunicarem com membros da mesma espécie. Também são capazes de distinguir outras substâncias químicas como as alomonas que lhes permitem reconhecer diferentes espécies de potenciais presas ou predadores.
Em África do Sul, tendo eu ido ao Kruger National Park no lugar de Punda Maria, fiz em grupo, um safari com um guia armado do Park; no percurso parámos junto ao rio Luvuvhu River para apreciar uns quantos elefantes comendo uma espécie de hera circundando um morro de salalé. Em voz baixa o guia foi-nos dizendo que aquela planta era saborosa para eles, elefantes, mas que a partir dali teriam de andar contra o vento para poderem alimentar-se.
:::::
A explicação foi dada a seguir: aquelas plantas comunicavam com as outras da mesma espécie lançando feromonas a avisar do ataque por predadores. Elas, as plantas, a partir do aviso passariam a ter um sabor horrível e, obrigando os elefantes a dar um grande círculo sempre contra o vento portador da mensagem.
Foi quando entendi que os elefantes necessitam de grandes áreas para conseguirem alimentar-se! As nossas emoções são estimuladas mais pelos sinais audiovisuais inspirando-nos em grandes obras criativas, o melhor da música, da dança, das artes visuais e da literatura entre outras mas, ainda assim, não deixam de parecer insuficientes quando comparadas com aquilo que em nosso redor acontece no mundo das feromonas e alomonas.
O Soba T´Chingange – (Otchingandji)
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA