TEMPOS DE USUCAPIÃO – “ Vamos botar Dilma pra correr!”… Eu só estou aqui de passagem senhor, respondi! … Cristo também; respondeu! Ele seguiu seu rumo e eu taciturno na areia ali fiquei matutando…
Malamba é a palavra
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Hoje é domingo. Saio do edifício situado na Pajuçara às cinco horas e vinte minutos com destino à praia a duzentos metros de distância. O Sol estava prestes a nascer e nas ruas ainda meio desertas vejo um senhor junto ao jardim do hotel Ritz passeando seu pequeno cachorro caniche; era gordo, sua flanela dizia passeio e olhando para mim do outro lado da rua abrindo-se em sorriso amplo diz-me: “ – Vamos botar Dilma pra correr?! “ Nada disse, levantei a mão esquerda ao jeito de saudação “heil Hitler” que quer dizer salve a victória seguindo meu caminho da praia.
Estando eu quase em frente da barraca Kanoa, lugar dos sete coqueiros na orla da Pajuçara, ajusto minha cadeira bem no desaguar da maré alta; acto contínuo meto-me na água a fazer a habitual hidroginástica de talassoterapia por uma hora. A água estava morna, talvez com 26 graus de temperatura; costuma estar mais quente mas posso reparar como habitualmente nas pequenas manchas de espuma com bolhas a formarem-se a superfície, água verde turva, indícios de poluição.
O saneamento nas grandes cidades é deficiente mas, isto não parece ser prioritário aos senhores que administram o território; é obra enterrada, que não se vê, que não dá votos. Nadando neste caldo vou concertando ideias recordando a frase “Vamos botar Dilma pra correr” e vem-me à ideia de nos últimos dias e ao longo da orla de Maceió em meus passeios matinais ter visto muitas bandeiras coladas nas janelas dos prédios frontais; terá isto algo a ver com o movimento que acabo de ver em directo na televisão ” dia 13 de Março – Todos à rua”…
Este é o tal jeitinho brasileiro a tomar partido no descontrolo geral, na corrupção, nos muitos bilhões gastos em obras faraónicas e que são agora elefantes brancos; a força da bola deu nisto e o Brasil teve de acordar! Estou aqui de passagem e posso ver de vez em quando os muitos elefantes brancos que por aí se vêem, fruto de muitas e incompetentes medidas de governo. Estou aqui de passagem mas, até que gostaria de ter nascido brasileiro!
Nesta mistura de raças com muitas crenças e superstições trazidas pelos escravos, a esperteza dos europeus com a moleza dos índios pode ser assim analisada a frio e surgir algo que parece ser e não o é! Isto porque já Charles de Gaulle dizia que o Brasil não é país para ser tomado a sério.
Vou dizer então mais o quê! Aqui na praia uma senhora de meia-idade, parda, vem desde os Jangadeiros e vai até à Ponta Verde às arrecuas, assim de marcha-à-ré que me põe confuso. Penso não ser o desfazer de uma promessa mal cumprida. Terras de Vera Cruz, de lava-jato e agora de lava-rato. Será isto o princípio do fim! Um dia de cada vez; o que tiver de acontecer, acontece! Tudo o que acontece de ruim na vida da gente, é para melhorar…
O Soba T´Chingange
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