TEMPO DE FRINCHAS . Do Paralém, com Frank Sinatra, esse lugar onde não há muros, fronteiras ou barreiras, no particípio passado do tempo…
Por
Saindo do castelo das kiandas, um lugar do M´Puto conhecido por Ferro Agudo, como um assombro, entrei nas águas do Arade ginasticando a forma de cachorro, caminhando no sentido montante com a serra do Marachique do lado das nortadas e, podendo até distinguir o caserio dos dispersos montes e manchas verdes em sua encosta. O recorte azul do céu parecia até a silhueta de um cachalote e eis que num repente rosnando um barulho de motociclo surge no próximo céu uma geringonça na forma de parapente subindo em círculos por cima de mim, do rio, da marina e os muitos barco à vela que ali se ancoraram na Angrinha; pouco a pouco fui-me chegando ao molhe bem do lado sul da rampa de socorro a náufragos e do cais de lanchas táxis do mar que levam turistas à Praia da Rocha ou para ver golfinhos e orcas que só mostram suas silhuetas a uns 15 quilómetros mar a dentro.
Já saído da água deparo com um espanto de gente defuntada; ali estava cheio de charme fumando um cigarro com boquilha, algo pouco inusual, o tão famoso Frank Sinatra! Seria ele mesmo, todo inteirinho com um chapéu panamá? Não seria uma kianda assombração? Seria só um sósia? Pedi um folheto à menina das vendas de vistas no alto-mar com golfinhos e de soslaio aproximei-me dele olhando-o de soslaio; ele e eu não queríamos ser vistos porque só fingíamos mesmo ser o que não eramos, pensei! Bom, acabei por arranjar coragem e num repente mirei-o de frente perguntando-lhe em um inglês raspikui: You want to go see the dolphins, do you? Tentava ser convincente e falar assim como se o mundo ao redor dali fosse só meu!
Ele olhou-me por detrás dos óculos relampejantes e eu em pulgas; caramba seria mesmo ele? Fez um gesto de não dar nas vistas e baixinho recomendou que fossemos um pouco mais ao lado, junto ao socorro a náufragos: - Are you the António Costa the liar of the apparitions!? E continuou: - Do not speak loudly…E repetiu depois de eu franzir a frontalidade: -do not talk loud because, eu saí do Paralém sem autorização e não posso denunciar-me aqui na terra das aparições. De repente falou em um português meio assustado, mas entendível. Ali mesmo, apontei rasteirinho com o indicador: disse que podia ficar descansado mas, na dúvida perguntei se não era outro Costa que procurava! Um outro que andava por ali - Il est à vous que je cherche; je suis seguro! É mesmo a ti que procuro! Seguro,…Costa?! Bom! Será mesmo uma coincidência (pensei) e muito vaidoso comprei dois tickets.
Claro que fiquei muito vaidoso por ser eu o interlocutor escolhido desta kianda que tão bem cantava e canta e, lá fomos mar adentro. Entretanto contamos coisas incomuns que até ele riu muito com seus alvos dentes e, assim passamos até ver os golfinhos. Ele de maravilhado tremia de contente e com o vento suão regressamos à costa das falésias Algarvias. Já muito próximo dos rochedos, falésias barrentas eu apontei para o lugar da Cama da Vaca para lhe dizer que era ali o lugar ideal para futuras aparições e foi quando dando de cotovelo, nada havia, dei-me conta que se tinha ido, quer-se-dizer, não estava mais: Escapuliu-se, escafedeu-se, bazou. Frank foi-se sem se despedir, ficando só sua onda de musica “strangers in the Night” . Ele sim ! Ele há coisas…
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA