T´Chingange - (No Nordeste brasileiro)
Como já foi dito, tive um encontro com Fala Kalado no meio de um grande vinhedo no território da Baía e, não muito longe de Juazeiro do São Francisco. Comi a melhor muqueca de que me lembre e do que perguntei, fiquei a saber que para além de peixe do rio Velho Chico chamado de surubi, tinha pitu, um camarão também do rio, delicioso. O molho era feito de óleo de dendém e admirei-me de em nosso repasto íntimo de recolhido, bebermos uma cerveja caseira ao invés de bebermos o vinho da casa Miolo de tão boa qualidade.
Pois desta feita reparei que esta figura passava por ali na azáfama de provas e, atenção de mesuras distantes com o General - deu-me um Ói simplesmente; num instante tirei ilações: de certeza que seria este o feitor desta cerveja deliciosa – eles, Kosovares, lá na sua procedência, no seu país, têm fama de fazer estas bebidas em qualidade superior; em verdade relacionei o nome da cerveja com seu nome, pois a garrafa castanha tinha um rótulo com essa mesma graça - Bento Patrinichi. Tenho de fazer estas triagens e deduzir sem levantar poeiras. FK nem sempre diz o que pensa e nem sempre diz o que sabe usando labirintos de segredos com incógnitas, como um nato sofista. Isso chateia-me sobremaneira e, ele sabendo, pior faz; estando com ele, estou permanentemente em pulgas… Falar com um vivo que já foi morto, não é pera doce!
Numa primeira curiosidade o vinho sobrepunha-se ao resto do que já me tinha sido dito, e foi neste capítulo que me deu algumas pistas tendo a ajuda de Rogério Rocha Pereira, um empresário de sucesso do Rio Velho Chico. Do que ouvi de Rogério, fiquei encantado porque em seus inícios usaram as barcas Santa Maria, Pinta e Nina, nas suas actividades fluviais; como é sabido foram os três nomes que Cristóvão Colombo usou em suas naus na primeira volta ao Mundo. No final de 2017, Rogério inaugurou o mais novo desafio: a Barca Vapor do São Francisco - barco que me levou à tal ilha da Fantasia com o Comandante Bartolomeu com quem dialoguei marinhagem…
Neste mini curso de manejamento de vinhos e conhecimento de castas, após a visitação completa, o grupo de Rogério da Barca do Vinho foi conduzido a uma sala de degustação moderna e climatizada para descobrir as regiões brasileiras produtoras de vinho e suas particularidades. Sendo assim minha harmonização enogastronômica subiu a outro patamar de conhecimento, entre outros assuntos próprios da azáfama e cultura de vinhos com a supervisão do enólogo da família, Adriano Miolo.
Em resposta FK disse: - Não! Tenho para ti uma tarefa especial. Necessito de alguém que superintenda as novas frentes de guerra: Gerir a produção de crocodilos, rãs, borboletas e caracóis! Ele sempre fala como estivesse numa frente de guerra, numa batalha e, até nem estranhei – já estava habituado. E, porquê eu, um kota ressequido pelo sol? Porque tu és um Mwangolé preto e, gente tal que só o somos dum espírito único! Mas, eu não ou preto…, Nem tu? Sim! O nosso pensamento sempre anda por lá e, queiramos ou não agora seremos pretos de coração zebra! Falou, tá falado…
A isto nada podia reclamar – notei sua orelha biónica tremer e disse cá para mim que o melhor era ouvir as falas e gerir meu silêncio de forma silenciosamente muda, mesmo! E, continuou: Tu, tal como eu és um Kwacha, já tiveste patente equiparada de Major quando foste Secretário das Relações Públicas depois de o teres sido também Secretário de Informação e Propaganda e até seres companheiro do Adalberto Júnior lá no M´Puto como Coordenador, edecetraetal – sei de teus atributos e estou agora como amigo a requerer tua intervenção.
Dizer não, nem pensar! Pois ele estava todo compenetrado em suas crenças e dissesse eu e agora algo de negativo cairia o Carmo e a Trindade! Falei: - Agradeço tua amabilidade mas, tenho de pensar até te dar a resposta de sim em definitivo. As palavras para FK teriam de ser medidas ao milímetro porque, qualquer desvio meu, poderia provocar uma revolução e eu, estava longe de abrir qualquer frente de combate; era sabedor desta psicose de levar a água ao moinho tornando-a suave o quanto baste no tempo. Iremos ver!
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