ANGOLA . A MÃO DE DEUS no rio dos elefantes. Não há palavras para vos descrever o que senti ali acocorado entre os dedos Dele - 1ª de 3 partes
Por
Dy - Dionísio de Sousa (Reis Vissapa) - Autor de “Ninguém é Santo” escrito para todos os Angolanos que amaram e amam a terra que os viu nascer ou crescer…
Alguém muito especial disse-me que eu tenho um coração mestiço. Para esse alguém este conto e naturalmente para todos os que gostam de ler os meus contos. Ao chumbar pela segunda vez no exame do sétimo ano a minha saudosa mãe colocou um ponto final na minha vida de cabulice e vadiagem. - Acabou a rebaldaria não queres estudar vais trabalhar que isto não é a casa da Joana. Cocei a moleirinha perante aquele ultimato e não tive outro remédio desatei à procura de emprego. Depois de duas tentativas falhadas por atrasos consecutivos à hora de vergar a mola entrei para a Brigada dos Rios.
Acho que além do facto de me ter posto neste vale de lágrimas a coisa que mais agradeço à minha progenitora foi por via daquela sua decisão ter passado os melhores anos da minha vida nesses serviços. Conheci o sul de Angola desde a foz do Cunene até ao Luiana, aquela pontinha do território angolano onde o Cuando e o Cubango atravessam para o território Namibiano em direcção ao famoso delta hoje patrimônio mundial.
A instituição hidrográfica iniciou a sua actividade sob o comando de um oficial da marinha. Homem duro, militarista que desde o princípio dirigiu o grupo de trabalho civil à boa maneira militar. Com ele vieram de Portugal, motoristas, mecânicos, desenhadores, hidrometristas sem curso e de natos em Angola entrei eu e o caçador guia Monteiro Ferreira natural do Cuchi, grande amigo que muito me ensinou sobre o mato africano o seu fascínio, os seus perigos e segredos imemoriais.
Era impossível deixar de sentir a forma quase discriminatória como fui tratado inicialmente, quase como um parolo ou uma criatura de condição inferior. Com andar do tempo toda aquela gente acabou por se aperceber que em Angola havia bons topógrafos, magníficos mecânicos capazes de resolver uma situação complicada com um bocado de arame, sabão para tapar buracos no radiador ou duas malas de peixe a servirem de macaco, e que não éramos propriamente macacos.
(Coninua...)
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