N`ZINGA E O CAVALO ALADO – 4ª de Várias Partes – 23.02.2019
Rodando a bobine em paratrás, voltei às notícias de Brazaville: Há quase 55 anos atrás desse tal de Nelito - Fala Kalado, receber instruções de Che Guevara
Por
T´Chingange - (No Nordeste brasileiro)
O curioso desta estória é de que em vez de andar para a frente anda para trás pois que só assim entenderão o que vem mais lá para diante e, que eu próprio nem sei! Nelito Soares* foi assassinado à queima-roupa na Vila-Alice pelos comandos Tugas já depois do 25 de Abril de 1974. Os registos são dúbios embora pense que teria sido um ano depois naquelas lutas de kwata-kwata aos dois movimentos genéricos de Angola. Era assim que estavam e estão conotados os pensamentos burgueses da Nomenclatura actual dos criadores dos “Pioneiros”
Assim se pensava ter sido até o misterioso encontro que agora é revelado a T´Chingange por Dreke, o médico Cubano que acompanhou "Ramón" até à Republica Popular do Kongo. "Esta é a história de um fracasso" importado por Cuba com a sua solidariedade internacionalista e, que muitos nem sabem porque, ou não querem saber, ou porque se estão nas tintas.
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É assim que Che Guevara, inicia o seu relato sobre o movimento guerrilheiro que ajudou a organizar na República Democrática do Congo, em 1965, um supositório chamado de MPLA antes de ser morto na selva boliviana. A estória que me foi contada está registada no livro “Passagens da Guerra Revolucionária” que se tornou em nossos tempos em apenas uma nota de rodapé em minúsculas letras.
Na biografia do líder guerrilheiro Che Guevara de nome Ramón, surge numa outra perspectiva nas palavras de Victor Dreke. Este General aposentado com mais de oitenta anos, foi subcomandante do médico argentino, o Ché, na primeira operação cubana de apoio aos movimentos de libertação africanos.
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Ché Guevara, prestigiado pela actuação na suposta “LCB - Lucha Contra Bandidos” entre os anos de 1959 a 1965, ficou assim como coisa ensombrada conhecido no combate a opositores financiados pela CIA. Nestas coisas sempre surgem americanos a confundir nossas verdadeiras estórias; os mestres da “Intelligentsia” no disfarce e os maiores troca-tintas impingindo-nos grafitis como sendo as verdadeiras estória do Mundo.
Pois então, não foram eles que ofereceram um rádio com tecnologia de ponta e que levou à morte de Jonas Savimbi no ano de 2002!? O Mundo não sabe porque não quer saber. Dreke servia no Exército Central, na cidade de Santa Clara, quando recebeu uma proposta que o levaria a África. Aceitou participar sem saber do que se tratava.
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O pedido veio directamente de Fidel Castro: comandar uma missão especial e recrutar 100 jovens soldados que seguiriam para um destino ainda desconhecido! Eles surgiriam no momento certo! No envelope havia passaportes falsos, missivas diplomáticas e dólares verdes com a esfinge de George Washington, cabeça grande - "Havia uma instrução importante: deveriam ser negros, bem negros".
Dr. Dreke achou aquela referência racista mas já habituado a tropelias conta hoje com algum desencanto entremeada com picara graça. E, repete por várias vezes: - Isto decorreu na embaixada de Cuba, em Bruxelas. Mas, antes, o veterano frisa: -Quem aceitava, deveria dizer à família que iria para um treino na União Soviética, edecéteras e tal que não é para aqui chamado. Isto passasse na “Isla- lugar de El Pinar”. Esta descrição confunde os lugares e de repente, misturando Bruxelas com El Pinar lança-me em dúvidas periclitantes. Mas a coisa dada não se deve reclamar; isto para mim já era uma grande notícia.
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Durante algumas semanas, os cem homens prepararam-se numa zona de mata sem acesso a energia eléctrica recebendo visitas frequentes de Fidel. Na véspera da partida, uma surpresa: Ele, Dr. Dreke militar, foi informado de que não estaria mais à frente da operação. Por ordem de Fidel, daria lugar a um comandante de nome Ramón, de quem o experiente militar nunca ouvira falar.
-"Pensei que fosse um soviético, porque éramos poucos comandantes naquela época, e eu nunca tinha ouvido falar de Ramón algum. Achei estranho, mas aceitei sem relutar", comenta Dreke. Vou ter de deixar o resto da estória para mais tarde pois que a polícia aqui do Bairro da Pajuçara no Nordeste brasileiro já fechou o trânsito na rua - não demora, irá passar o “Pinto da Madrugada” na orla da avenida, o calçadão.
O Carnaval aqui, é assim meus amigos! Fiquem aí sentados. O Fala Kalado um ex-falecido de nome Nelito Soares* e hoje Coronel, vai andar com o Che num lugar perto de Ponta Negra chamado de Luvungi da RPC- República Popular do Congo lá para trás nos anos de 1964 ou 1965. É aqui que encontra o Jonas Savimbi, um negro bem negro e, os rumos, lentamente, viram azimutes. Ainda não tenho bem a exacta certeza de como tudo acontece mas e como diz Murphy, o que tiver de ser, assim será…
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Nota* Nelito Soares era funcionário da Imprensa Nacional de Angola – Cidade Alta da LUUA…
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