NAS FRINCHAS DO TEMPO - VEM AÍ A LENGALENGA NO PRIMEIRISSIMO DIA DE PREGUIÇA . 1º DE MAIO - Porque cada homem é um mundo, tem que ao tempo, dar-se tempo…
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Esta noite sonhei que era um ser superior da magistratura e, vai daí pus-me a decidir por jurisprudência que poderia decidir acabar com algo que em nossas vidas é uma excrescência maligna, essa coisa dos Paraísos Fiscais com os tão propalados offshores. E, porque se trata de uma lei feita para dar como digna a via a piratas ou corsários que das águas translucidas passaram para as terras que habitamos, decidi nesta função, com toga e cabelos onduladamente loiros a caírem-me para os olhos, dar por finda a esta nefasta actividade para o mundo e especialmente para nós, os Tugas depenados até ao tutano.
A esta actividade de “fora de portas”, decidi nesta função distintíssima, dar por finda e confiscar tudo a estes larápios que se purificam em águas não oxigenadas pela natura. Assim e como um juiz surfista resolvo rejeitar este vento que sopra em sentido contrário levando-me a prancha do bombordo para as profundas águas dum mar turbulento, o estibordo. Decidido em última instância acabar com esta invenção desmioladamente nefasta ao povo.
Aos velhos será cruel deixá-los privados de respostas e será de bom senso até, não se lhes fazer perguntas de passados não amistosos porque dos muitos dias, das muitas noites, das muitas injustiças pode sem se querer saírem à luz do tempo a mostrar as gigantescas feridas mortais. E, daí abrirem-se gavetas com choros ranhosos, ou mesmo gavetões, com ossários feitos pó.
Que importância terá, saber-se agora se a mulher de Lot, em Sodoma, ao olhar para trás se transformou em sal-gema ou sal marinho ou, até saber se a embriaguez de Noé, foi de vinho branco ou de vinho tinto se neste agora sabemos estar quilhados até os tornozelos porque nos levam os pecúlios para o “paraíso”. Agora temos alternativas e até podemos ir dum extremo à direita ao outro da esquerda; Há malambas (falas) para contento de todos! Falas bonitas p´ra boi dormir com as finanças a roerem-nos os tornozelos.
Peneirando no tempo as ténues memórias dos acontecimentos, apagando os rastos dos passos que aqui me trouxeram a terras de M´Puto (entenda-se Portugal), dinovo volto a remover os ossos do passado e, mesmo espreitando pelo postigo da memória antropológica só graças à debilidade desta, irei fazer do tudo um romance condescendente sem alvoroçar espeleólogos, ou os espíritos com malévolas insinuações, esquecendo as leis não cumpridas coisas rebuscadas em terras de promissão com tangas! E, nada se faz a estas incongruentes malezas nada saudáveis, que mais não são de “pandemia” mais “epidemia” misturada com “endemia” e outros significados de atroz visão que que nos põem a miar.
A nossa vida, de cada vez mais na mesma, passando ao Deus me livre e valha-me o Santo António, com os sem etnólogos e outros afins descobridores de pegadas politólogas, cheiros encarquilhados misturados com iões ou densidade molecular dos anos na leitura de carbono e eteceteras complicadíssimos… Só sei, no fim desta lengalenga, que estamos fritos esperando as calendas Gregas (entenda-se como um dia que não mais chegará)!
Ilustrações de Costa Araújo (Mano Corvo)
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