TEMPO COM FRINCHAS - 18.12.2017 - Em terras de M´Puto . IV
“Os donos disto tudo - DDT” - “ Não há confiança ilimitada em amigos. Há a amizade”; coisas escritas no berbicacho traseiro do meu chapéu…
Por
T´Chingange
Estávamos em Abril de 2016 e recebendo propostas para a venda do Novo Banco mas, o que se recebia eram somente manifestações de intenção que alem de oferecerem valores demasiado baixos exigiam determinadas condições com garantias do Estado para cobertura de riscos futuros e outros edecéteras de provocar urticária ao enquadramento politico entre a presidência e o governo.
Com as barbas a arder, o governo e presidência queriam desfazer-se do Novo Banco muito rapidamente, custasse o que custasse pois que o prazo de venda do Novo Banco pelas regras da União Bancária terminaria em Agosto de 2017. Corria-se o risco do aparecimento de um novo movimento de lesados do herdeiro do BES e, mais perigoso ainda, o sacrifício dos depositantes com depósitos acima dos cem mil euros. Isto já corria de boca em boca e todos se andavam encolhendo e, até retirando o dinheiro para o colocar debaixo do colchão.
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No último dia de Março de 2017, o Governo anuncia a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star mas, não foi uma qualquer venda não! O contrato de compra e venda futura do capital do Novo Banco era rubricado no monto de zero euros. Zero euros!? Sim! Mário Centeno constrangido, espicaçado pelo seu primeiro-ministro teve de dizer isto de forma acabrunhada, forçado ao poder político para por outras palavra nos dizer que sim! Aquele negócio foi mesmo tudo, menos uma venda!
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Como diz Gomes Ferreira em seu livro já aqui mencionado várias vezes, “A Vénia de Portugal ao Regime dos Banqueiros” realmente, só há uma área da vida pública que consegue ultrapassar o inimaginável em política: o inimaginável no sector financeiro!
O mesmo Estado que já tinha emprestado 3.900 (três mil e novecentos) milhões de euros ao Fundo de Resolução em Agosto de 2014 e que nunca recebeu um cêntimo de volta. Mas, há sempre um mas apaziguador, os outros bancos do sistema financeiro nacional, não teriam de contribuir imediatamente com esse dinheiro e, caso fosse necessário.
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Apenas teriam de o começar a pagar muito mais tarde, por várias décadas e em suaves prestações. Entendo agora o porquê do um escasso pecúlio estar a render 0,001 (por cento, claro!), monto este que nem dá para mandar cantar um cego porque este, decerto já terá morrido. Agora, todos teremos de pagar ao banco para nos guardar a gita, o cacau, o kumbú, aquilo com que se compra os melões!
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Pelo dito, confirma-se a atitude de proactividade e de voluntarismo do governo de Costa e Centeno na resolução de problemas, à custa do contribuinte, subsidiando instituições de solidariedade com fundos da Misericórdia e, jogos de fortuna na ajuda a banqueiros imprudentes. Este voluntariosamente governamental da geringonça, sempre irá referir que tudo isto foi herdado do governo de Passos Coelho, uma mentira demasiado mentirosa!
Sim! Sim! Tudo se resolverá à nossa custa, à custa dos nossos filhos e netos que sempre irão trabalhar por conta destas resoluções, por muitos e longos anos passando uma esponja sobre o passado recente de promiscuidade e compadrio metendo Montepios, Caixa Geral de Depósitos, Banif e, sempre encobrindo-se os responsáveis pela tragédia e, saber-se afinal quem em realidade saiu beneficiado.
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Em tudo o aqui dito ao longo de quatro crónicas e tendo como suporte o livro “A Vénia”, ficaram bem claras as atitudes de dissimulação, de esconder, de contornar, de minimizar os problemas dos bancos que, com o Governo Socialista apoiado no parlamento pelo Bloco de Esquerda e Comunistas do PCP e, também o apoio de Marcelo De Sousa.
Só ficaremos a ter a certeza de que no meio de todas estas simulações, a dúvida perdurará entre influências e modos aonde a culpa não terá culpados! E, deixo aqui um grande agradecimento a José Gomes Ferreira por tanto esclarecimento neste período tão conturbado em que as pessoas que se dizem decentes, se inibem de falar no que sentem.
(Fim…)
O Soba T´Chingange
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