O PERIGO AMARELO . “work shop”- Portugal concedeu cerca de 470 vistos Gold em 2013 para actividade de investimento (tipo loja dos 300); sapatos “made in China” e muitos mais zingarelhos - Autorização de Residência para Actividade de Investimento (ARI) - (despacho n.º 1661-A/2013)
T´Chingange
Li recentemente que as decepções, desgostos e vitórias da vida, são um bom exercício para enrijecer a musculatura espiritual. Investi uma vida gastando tempo e dinheiro, energia quanto baste à procura de um lugar ideal para viver e, vejo-me confinado a viajar, fugindo de um para o outro lado, subindo ou descendo montes, navegando os ares intercontinentais descriando o meu próprio espaço, minha vida. Ainda não sei bem qual a missão que me está confiada mas, vou deixando correr o tempo na firme convicção de que neste mundo natural, há situações em que nem o dinheiro nada pode fazer e, na esfera espiritual, é até parcialmente inútil; basta ter o suficiente para atender aos milagres de cada dia no passar do tempo, porque o que tiver de acontecer, inevitavelmente acontece.
Ontem, fim de dia e, do “plot dos leões” em Ekurhuleni (Johannesburg em Zulu), saí a andar passeando o meu esqueleto e templo de mulungu (branco, zulu), ao longo das “road fourth das potholes e cloverdene” por 4 quilómetros e, na marcha dos pés, sapatos de lona camuflada, os pensamentos surgiram presos em indefinidos pontos do passado com intervalos de presente; galgando os metros e ao longo de um carreiro na grama de largo passeio, com sapatos “made in China”, foi motivo para divagar nesta economia global que rege os países do Ocidente incluindo a África do Sul, que está a competir com países em cujos habitantes vivem na miséria absoluta trabalhando como escravos a troco de quase nada, os meus sapatos!
Ao fim de uma hora, cheguei a um lugar aonde vendem grama para jardim, em pequenos rectângulos, à beira da estrada e bem próximo do super market Spar. Fixei-me no placard que anunciava a venda deste produto: kikuyu, era seu nome em Zulu. Um miama (negro, zulu) sentado em uns pneus encostados ao alto muro de tijolo burro avermelhado, aguardava a chegada de clientes e, quando um qualquer carro ali parava ele, desatava a correr esse pequeno espaço até ao monte empresarial do kikuyu – fala patrão! (era moçambicano). Foi quando pensei nas três diferenças de sociedade Ásia, África e Europa. Enquanto na China sobrevivem trabalhando sem horário, este miama recebe só quando trabalha e, em Portugal, a maioria dos mulungus recebem um subsídio de desemprego de um estado falido. E porque não tenho os olhos rasgados, depois de ver tudo isto ainda falo do puto com os meus botões aposentados! Háka, Pois é! Ainda não morremos, somos livres de queixar muribundices, mas que estamos falidos, lá isso estamos!
O Soba T´Chingange
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