CINZAS DO TEMPO . Mistérios do mundo com poesia do Zeca…
Por
T´Chingange
RITA É UM POEMA FEITO NO LUGAR DE NOGUEIRA DO M´PUTO
Eu, T´Chingange resolvi prensar este poema cheio de N´Zambi com as missangas de ZECA, esse professor Katedrático duma Universidade chamada de Rio Seco da Maianga da Luua que ele e eu tanto amamos, um rio que só o era quando chovia; um rio feito mulola trazendo areias com búzios, n´zimbos das barrocas que já não existem mais. A civilização matou aquele rio conspurcando-o de latas velhas, vidros cortantes e águas estragnadas. É um poema dedicado à minha sobrinha de Vila Real, nascida também no Malhoas, um bananal antigo que existia nas margens daquela mulola, tudo uma linda ilusão do passado que vai morrer connosco incrustada como um tumor num qualquer sítio de nós; Tive de deformar este poema, torná-lo linear sem as curvas doidonas do Marão do M´Puto.
A poesia define-se de imagens, de formas, de sinos delirando… É algo que se sente pulando nas margens encantadas do coração… são rendas belas desenhadas de talento, de sensibilidade por esse belo tear rico e rodeado de musas com muitas pérolas… No teu belo paraíso verde de NOGUEIRA, sinto tudo berridando dentro de mim…, como um feitiço cheirando folhas de Mulembeira. Este teu lugar encantado é parte desse território que inspirou o poeta MIGUEL TORGA, o poeta cantador de fragas com muitas e sarapintadas parras.
Nele vivi dois dias inesquecíveis do ano de dois mil e quatorze e no lindo mês de Agosto, assim como um rosário de amizade, que trouxe comigo para contar aos meus, no meu querido abrigo, minha kubata… Direi que saí dali mais rico pelo carinho tão rasgado de simplicidade, cheio de cheiro de flores dados pela mão de teu maravilhoso pai Honório, pela amizade dada pelos teus tios muito cheios de cazumbi, na companhia dos Santos Pereira…
ZECA o Professor katedrático do Rio seco Da Luua
O gosto pela poesia…, direi como professor katedrático do Rio Seco do qual já nem te recordas, que há sempre um começo minha linda amiga… é assim, uma iluminada kúkia que dá luz no nosso Muxima. É como uma semente atirada pelas tuas mãos para o valado da Nogueira, um colo rico cheio de medronheiros, de cheiros de pinheiro com urzes, amoras mais mirra e alfazema. Finalmente, espero que o meu feitiço leve o teu coração, as tuas mãos para o teu valado, um cavalo alado e encantado, que pisca-pisca no teu olho grande de través e a direito sem desconfiamentos e, aí fecundem esse prazer pela poesia, prazer tão sentido pelo teu tio ZECA com este chapéu de cátedra espacial e de camurça.
Nogueira (Vila Real), 2014.08.03
O Soba T´Chingange
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