TEMPO COM CINZAS . Um desabafo no limiar crítico do CO2 na atmosfera…
Por
Ao ler o livro “O sétimo selo”, um romance ficcionado escrito por José Rodrigues dos Santos, não deixei de ficar perturbado com uma suposta revelação. Embora se trate de uma fictícia história, o ciclo vicioso de aquecimento global do planeta constatado a cada dia por notícias vindas a público, torna este caso do degelo no círculo polar árctico, um transtorno que não deve ser protelado nem esquecido pelos cidadãos e governos. Desde o início do século XX, e por causa do aquecimento que resulta em estado de estufa global, o nível do mar já subiu dezassete centímetros; é demasiado alarmante porque bastam cinquenta centímetros para engolir toda a Polinésia.
Sendo referido no livro que há quinhentos anos o dióxido de carbono atingiu o seu mínimo de 270 ppm, e que já estamos ao nível de 400ppm, fico com os cabelos em pé ao ler que o nível crítico do planeta é de 550 ppm. Entenda-se por unidade de medida de CO2 como ppm, partes por milhão. Prosseguindo deste jeito, estaremos a somente cinquenta ppm para atingir o limiar crítico preventivo da catástrofe que é de 450 ppm. A consequente destruição das florestas, a queima de lenha, de carvão e do petróleo para obtenção de energia, dar-nos-á uma margem de aproximadamente cinquenta anos para que suceda esse tal de Apocalipse!
É dito nesta realidade ficcional que a emissão de dióxido de carbono, mesmo que parando hoje, sua concentração atmosférica, irá continuar durante um milénio, uma vez que é esse o tempo que o mar e as plantas demoram a reabsorver essa quantidade de composto. O inferno acerca-se muito rapidamente, impiedoso. É forçoso encontrar-se outra forma de energia, acabar com este do petróleo para conter o aquecimento do planeta porque isto já não é ficção! O pior disto é que na realidade desta ficção, já chegamos a esse futuro e, a situação já está mesmo descontrolada!
Por outro lado, a China e a India estão a industrializar-se a toda a força; exigem e necessitam de combustíveis fósseis para o seu desenvolvimento. Eles têm a necessidade de assegurar a continuação de seu crescimento económico, mesmo que para tal usem tecnologia obsoleta. Em realidade, pelos estudos paleoclimáticos, os governos, as instituições, têm de que nos preparar para algo de muito grave! Já se pode sentir o efeito do degelo com as linhas de costa ficando submersas pelo mar, o aumento da desertificação e uma violenta intensificação das tempestades e incêndios de florestas.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA