VIAGENS - Em terras de Vera Cruz … O Mundo anda demasiado mentiroso - Também, e por isso, as fronteiras mentais transportadas por mim em estórias, embora aumentando a capacidade de criar ilusões, diminuem-me a veracidade.
Por
Garça do Brasil, terra da festa da cerejeira, do café arábico e do bom queijo. Foram dias de adquirir muito conhecimento tendo como anfitriões a professora universitaria Alda e seu esposo Senhor Aparecido Cabreira. Nesta terra de Barões do Café foram-nos mostrados grandes extensões de cafezais já com o grão vermelho, plantações de árvores nobres e vastas áreas de eucaliptos; recordei aqui o trajecto do Huambo para a Caála em Angola, lugar aonde vivi até que me rejeitaram, já lá vão 41 anos. E, fomos visitar fábricas de tecidos, de rendados na cidade de Ibitinga para lá do rio Tieté e outras cidades com nomes de Borborema, Cafelândia, Araçatuba, Bauru, e Marília, um outro brasil, bem no interior do Estado de São Paulo, menos quente, mais ordenado, arrumado e disciplinado.
Tive oportunidade de ver enormes árvores floridas como a Paineira e umas outras variedades de Mulungu, com outras cores para além do vermelho já muito falado por mim. A amiga Margarida Silvado partilhou connosco o quarto escritório, grande que nem uma caserna bem em frente do caqui (dióspiro) alto como nunca tinha visto, talvez uns oito metros. Caqui, pasto de maricatas (um tipo de papagaio) que bem cedo, ainda noite, palreavam em nosso sossego da sonolenta vontade de por ali ficar, na cama, por mais uns minutinhos.
Aqui tive a sensação que o mundo deve ter-se iniciado com uma singularidade nua como esta aqui vivida. Entenda-se como singularidade nua o espaço-tempo que não é cercado por um buraco negro e, tendo seu ponto no lugar de curvatura aonde se torna infinito. Isto é um pouco difícil ser assimilado porque neste entretanto, o espaço da amizade tornou-se num infinito querer. Foi aqui, e no aconchego duma temperatura agradável, vermos o zero absoluto sublimando-se numa empática substância que não tendo energia térmica, nos evaporou em energia saudosa de permanecer assim, etéreos. Provavelmente vai ser difícil a alguém que não eu, conjugar deste jeito o verbo sublimar sem o comparar com o desaparecimento das bolas de naftalina.
Partindo do pressuposto que o homem é uma criatura racional, livre para observar o espaço como melhor aprouver e, assim extrair deduções logicas do que vê e do que sente, será razoável supor também que o mesmo homem pode progredir cada vez mais na direcção das leis naturais que governam o Universo. Bem! Eu estou em uma cidadezinha chamada de Garça buscando evidências para concluir correctamente a resposta mais lógica que nos firma ao princípio ainda não desmentido da selecção de Darwin; os mais fortes sempre subsistem aos mais fracos
Neste lugar, parece que o pensamento surge mais lúcido que noutro qualquer; um bom espaço para se morar, viver com padrões de agrado mais elevados por via dos padrões e comportamentos conhecidos da sociedade em outras paragens e, neste mundão chamado de Brasil. Desde a aurora de nossa civilização que as pessoas não se dão por satisfeitas, porque sempre se anseia compreender a ordem do subjacente, essa que alastra pelo mundo.
A incógnita é nada menos do que a exacta descrição do universo aonde vivemos. Cada dia é uma nova experiência! Em verdade só poderemos descrever em nós e em nosso redor os padrões de comportamento, mas serão outros escondidos por paraísos fiscais e, que no anonimato nos alterarão a ordem com sobrecargas fiscais. Nosso desejo, enfim, torna-se profundo pelo conhecimento e, é só por isso uma suficiente justificação da nossa contínua busca! Mas, feliz mesmo, é quem nada disto sabe, nada tem, nada ambiciona…
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