O DRAGÃO É-BOLA – Chupa-nos o medo a sorvos lentos…
Monangamba - trabalhador sem especificação, faz-de-tudo (por vezes pejorativo).
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Com os restos cansados da minha preguiça com minudências de cólera sustida a chá rooibos do Calahári, dispus-me a continuar a leitura do Eça lendo as descrições ao pormenor deste mundo burlesco e sórdido que mesmo 116 anos depois, continua mergulhada numa névoa de global desentendimento; com dolorosos risos mergulhados dentro de nossos peitos, estiramos as notícias assustadoras de uma epidemia que pode alastrar e matar o mundo; mundo de gente. Esta horrenda angústia emanada talvez de experiências químicas de higienização étnica a condizer com as pregações do pastor anglicano Thomas Malthus que sempre defendeu uma filosofia de expansão inteligente dos recursos humanos nos territórios de língua inglesa.
Quem nos pode assegurar, que não foi a partir daquela filosofia que surgiu o ébola ou é-bola chupando-nos o medo a sorvos lentos. Conspurcando-nos a mente, a saliva, o sangue, os fluidos que não se distinguindo a olho nu, mergulham-se uns quantos seres algures em sepulturas estanques. Gerindo revolta, o mundo alvoroça-se incerto da morte descuidada ou premeditada e, tudo esteve muito calado enquanto só se inscrevia em África. Mas eis que surgem ruídos abafados não distinguindo vómitos pela cor da pele, do sangue ou suor nem latitudes e, ai Jesus, um Deus nos acuda.
Num esforço de conter o medo, também eu esvazio o tempo embalado num berço de leões enfadando-me de notícias intranquilas. Mas, porque deixaram esta indignidade que até parece obra do capeta, do diabo! E, aonde estava esse sempre tão vigilante “capitão América” que sempre descura a vida fazendo guerras? Talvez até seja um descontrole ao controlo dessa tal preocupação de eugenia, coisa esfuziada, sem alma, uma besta ingrata.
É estúpido, é triste! Talvez uma praga apocalíptica; já houve uma peste negra, a pneumónica o câncer, o sindroma de Imune deficiência adquirida e, agora o é-bola rolando avassaladoramente. Com inefável gosto, afundo a minha razão na densidade da sua estupidez e, assim como um bode ama a uma cabra, despojo-me num sumido ventre na sordidez de uma alcova forrada de cretones sujos. Assim como um pedaço de cera que se derrete num forno ao rubro ouvem-se rugidos, clemências, acudi-nos Jesus!
O Soba T´Chingange
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