O DRAGÃO E OS TUGAS – Da terra do Mao Tse Tung…
Monangamba - trabalhador sem especificação, faz-de-tudo (por vezes pejorativo).
Por
T´Chingange
Gottfried Leibnitz no ano de 1697 afirmava: “É melhor não nos preocuparmos tanto em levar coisas europeias aos chineses mas, acima de tudo, em trazer para a Europa as mais importantes ideias chinesas, dado que os chineses são hostis à guerra e, uma vez que estamos a deslizar para uma sociedade cada vez mais corrupta, pode ser oportuno pedir aos chineses que nos enviem missionários…” Isto, dito à 317 anos leva-me em crer que a Europa esteve fechada sobre si mesma muito mais tempo do que o bom senso preconizava. Fechados em um horizonte missionário mercantilista, os portugueses, não obstante terem sido os primeiros a contactar com esse povo e essa cultura, abandonaram-se perante outras nações mais ávidas em enriquecer; deram no correr dos tempos primazia aos judeus de Antuérpia, Amesterdão e Italianos servindo-se de Portugal como interposto comercial; enquanto os portugueses se adentravam em novos mundos comendo solas de sapatos demolhadas em sacrifícios, os senhores holandeses mercantilizavam as nossas especiarias levando o maior pedaço de lucro.
Um destes dias de verão, um sobrinho meu gozando férias na minha casa e, ficando acomodado no quarto dos fundos, ficou intrigado com uma ducha instalada ao lado da sanita e foi tal a curiosidade que me obrigou a explicar que aquilo era um zingarelho de lavar rabos; e disse-lhe mais que aquela ducha amovível evitava o uso de um bidé tornando muito mais higiénico o acto de lavar e limpar as intimidades de cada qual, evitando riscos de contágio e um sem fim de eventuais contágios de flor do Congo, impinges e todo esse mundo microbiológico, tão comum nas humidades e suores em peles distintas. Não demorou muito a ser interpelado: - Oi! Tio! … Aquilo funciona! É mesmomesmo porreiro! Vai daí, perguntou-me aonde poderia comprar coisa igual ao que lhe esclareci: - Procurei em muitos lados uma ducha semelhante a esta que trouxe do Brasil e não tendo encontrado fui obrigado a adquirir aquela ducha de jardim que usaste; esta tem a particularidade de ter chuveiro, leque ou esguicho, posição que regulei como sento a óptima e que normalmente se usa para lavar os pára lamas dos carros.
Pois, é isso! Apanhei um susto porque a força daquilo penetrou-me no fiofó, sabe, o forever até à estria numero trinta e três! – É eficaz em excesso! Eficaz mesmo, hoje mesmo vou comprar um zingarelho desses! Afirmou. Fábio não se limitou só dizendo isto, mais disse que com isto, que tal e coisa, não tem de passar vergonhas ao despir as cuecas enxovalhadas; a conversa ficou por aqui. Nessa mesma tarde Fábio traz-me uma novidade: Tio, consegui comprar um limpo o fiofó! E, esta hein! Eu, que corri seca e Meca procurando isto, ele, o jovem Fábio surge-me com uma genuína ducha. -Aonde compraste? Resposta: -Nos chineses!
E, ai estava, ducha, com chave dorsal e à boa maneira, suporte de colar na parede com parafusos e buchas caso se opte por essa fixação e a própria bicha moldável; tudo anatómicamente perfeito! Nos trinques! Claro que fiquei deslumbrado! Por tudo e mais uns outros zingarelhos tais como um parafuso de plástico para segurar o chapéu de praia na areia, uma lanterna de ultra luzes recarregável e outras pequenas coisas úteis: Extasiado dou-me conta do quanto perdemos em todos estes 317 anos burilando os chineses com injurias ridículas menosprezando suas idiotas habilidades. Estes preconceitos antichineses deturparam-nos o bom senso, sentido da vida e, dou-me agora conta que, é nestas contradições do óbvio que se encontram os sábios, homens com talentos e luzes. Agora, com tanto tempo desperdiçado, teremos de copiá-los! …
O Soba T´Chingange
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