ANGOLA – Velhos quebrantos - Monótona é a vida do perneta; andar sempre no mesmo pé… 1ª de 3 Partes
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Luís Martins Soares (Soba T´Chindere) - Nasceu a 8 de Julho de 1934. Tem agora 81 nos de idade. Uma biblioteca de coisas esquecidas numa Luanda que nessa altura não tinha ainda 18 000 habitantes; Um contador de estórias de que dá gosto ler aos candengues do kimbo (reside no Brasil) …
O africano e o tráfico de escravos
O tráfico de escravos já existia muito antes da era dos descobrimentos marítimos. O tráfico africano em direcção à Europa iniciou-se em meados do século XV para Portugal, devido a grandes demandas sociais e económicas existentes naquele país e a das ilhas de Açores e Madeira, além de abastecer Lisboa desta mão-de-obra estrangeira. Em 1444, organizou-se uma companhia em Lagos, Portugal, para explorar o tráfico de escravos. No mesmo ano, nessa cidade, 240 escravos comprados pela tripulação e navegador Antão Gonçalves no Golfo de Arguim (Mauritânia), foram divididos e vendidos para o infante D. Henrique, o Navegador, para a Igreja de Lagos, mais os franciscanos do cabo São Vicente e comerciantes.
O número de cativos chegados a Lagos, em Portugal, à Casa dos Escravos régia de Lisboa, é avaliado por C. Verlinden em cerca de 880 por ano. Os portugueses exploraram inicialmente a costa marroquina, a Madeira (1419), os Açores (1427), Cabo Verde (1456) e a costa Africana da Guiné. Com a ocupação e colonização da Ilha da Madeira e Açores esta leva de mão-de-obra barata foi usada principalmente no cultivo de cana-de-açúcar, que o Infante D. Henrique trouxera da Sicília para a Madeira.
Na Madeira, as actividades económicas eram a agricultura, a criação de gado e a pesca. Os produtos exportados eram a cana-de-açúcar, cereais, madeira e plantas tintureiras. Por outro lado, nos Açores, os produtos eram os cereais e as plantas tintureiras e outras actividades económicas como a criação de gado, a agricultura e a pesca.
Nos Açores, a plantação de cana não apresentou resultados animadores. Essa mão-de-obra barata provinha de escravos canários (Guanches), mas como a sua captura era dificultosa, recorreram aos negros africanos por serem mais fáceis de serem obtidos (esta prática já era usada entre tribos por via de prisioneiros de guerra). Os muçulmanos controlavam as rotas de escravos que os vendiam para os mercados da Europa e da Ásia através do Deserto do Saara, do Mar Vermelho e do Oceano Índico.
(Continua...)
Monangamba – Do kimbundu - trabalhador sem especificação, faz-de-tudo (por vezes pejorativo).
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