CICATRIZES DO TEMPO – 29.03.2018
-Mujimbos com borututu ou o interstício das falas… O drama da vida é a perspectiva mais comum da consciência – O sentido das palavras
Por
T´Chingange - No Nordeste brsaileiro
É necessário ter em conta os costumes e o carácter dos povos que influem sobre as línguas. O sentido verdadeiro de certas palavras escapar-se-á sem este conhecimento. De uma língua a outra, a mesma palavra tem mais ou menos energia, pode ser uma blasfémia ou uma injúria em uma e, não significar o mesmo em outra e, segundo a ideia que a ela se atribui.
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Na mesma língua e, em países diferentes, certas palavras perdem seu significado alguns anos ou séculos depois. Uma tradução rigorosamente literal, não exprime sempre na perfeição um certo pensamento! É necessário por vezes empregar, não as palavras correspondentes, mas palavras equivalentes ou perífrases.
Em meus escritos, refiro-me por vezes a vidas periféricas em função dum estado de dependência, a vivências diferenciadas, conceitos entalados pela semântica no uso da palavra. Se não se levar em conta o meio, o tempo e o local na qual se vive ou se viveu, ficar-se-á exposto a equívocos. Uso em meus escritos palavras próprias do local em que a cena se passa e, quando é mais abrangente notar-se-á falas e linguajares com jeitos e trejeitos locais…
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Posso citar as muitas interpretações do livro maior chamado Bíblia mas, não quero ir por aqui metendo-me voluntariamente numa guerra de palavras canibais. Sabe-se que a língua hebraica não era rica e muitas das suas palavras tinham vários significados. Estou-me a lembrar do termo camelo que naqueles idos tempos se designava a um cabo (fio entrelaçado).
Nas fases da criação e em géneses um cabo como hoje conhecemos era feito de pelos de camelo entrelaçados e, daqui chamar-se ao pequeno fio de camelo; conhecer-se a alegoria do buraco da agulha ajuda a entender o que vulgarmente consideramos de ditos: “ É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.
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Não posso assim reconhecer-me em mérito ou em plenitude se separar do aconchego da amizade, o entendimento das coisas! Não é esta a minha real afeição. Quando digo em Portugal que “a malta não gosta da bófia”, no Brasil não entenderão; irão pensar que me refiro a um grupo de gente bóia-fria (tarefeiros ou ganhões) que colocam carris ou solipas em um trem.
O sentido vai assim para o brejo, o mesmo dizer-se que vai para o lixo ou para a basura. Estamos em permanente descoberta pois que só agora estão descobrindo que em nosso corpo há um novo órgão: o interstício, um espaço que incha e desincha, um grande órgão celular, sistema de comunicação que actua em órgãos diferentes como uma via de união entre todos os outros órgãos.
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A partir de agora um inchaço será por culpa do interstício. Sem discutir as palavras, é aqui necessário procurar o pensamento que parece ser este com mais evidência: “ Os interesses da vida futura sobrepõem-se a todos os interesses e todas as considerações humanas”.
A mente e o corpo humano continuam a surpreender-nos. O interstício já tinha sido definido como o “terceiro espaço”, mas nunca o tinham considerado um órgão. Cientistas, em pleno século XXI, propõem agora que o interstício, formado por um espaço com fluido em circulação, se torne um órgão do corpo humano. Eles, revelam-nos que temos um órgão que nunca tinha sido considerado como tal.
De Assunção Roxo
Chama-se interstício, é formado por um espaço com fluido e está nos tecidos conjuntivos por baixo da superfície da pele, reveste o tubo digestivo, os pulmões e o sistema urinário e rodeia as artérias, as veias ou a membrana entre os músculos – tudo numa única estrutura. Pela primeira vez, os cientistas descrevem este órgão e consideram-no um dos maiores do corpo humano.
O Soba T´Chingange
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