ANGOLA - O DISCURSO DO PRESIDENTE
As escolhas de
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Fonte: Club-k.net
Luanda – “A ingerência em assuntos internos, a intolerância e a injustiça social e a flagrante e massiva violação dos direitos fundamentais estão na origem da maior parte dos conflitos que existem no mundo”, assegurou nesta sexta-feira, 10 de Janeiro, em Luanda, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
No entender do Chefe do Estado angolano, estes conflitos “continuam a consumir recursos que poderiam servir para atender as necessidades sociais e de desenvolvimento da humanidade”. “Em África registamos com mágoa a continuação de muitos conflitos, infelizmente, e o surgimento de outros que agravam a situação humanitária de pessoas deslocadas e refugiadas e atrasam o desenvolvimento económico e social dos países afectados”, exemplificou. Razão pela qual, José Eduardo dos Santos garante que “a diplomacia angolana pautará (neste 2014) a sua acção e todas as suas intervenções no estrito respeito da soberania de outros Estados, da igualdade e da não ingerência em assuntos internos”. “É hora, pois, de pôr de lado todas as diferenças e eventuais divergências para juntos construirmos um mundo de paz, harmonia e bem-estar, em que os legítimos interesses de todas as nações possam ser tidos em conta”, concluiu o Presidente durante o seu breve discurso por ocasião da cerimónia de cumprimentos de ano novo ao corpo diplomático. O Club-K anexa o discurso proferido pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, por ocasião da cerimónia de cumprimentos de ano novo ao corpo diplomático
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DECANO DO CORPO DIPLOMÁTICO, EXCELENTÍSSIMOS SENHORES EMBAIXADORES E CHEFES DE MISSÃO DIPLOMÁTICA E CONSULAR, ILUSTRES CONVIDADOS,MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,
É sempre com grande satisfação que recebo neste Palácio Presidencial os Chefes de Missão Diplomática e Consular acreditados em Angola, e respectivos cônjuges, para um convívio informal em saudação do Novo Ano. Agradeço as palavras amáveis e encorajadoras proferidas pelo Senhor Decano do Corpo Diplomático e desejo a todos os presentes um ano repleto de paz, prosperidade e bem-estar em 2014. Espero que continuem a usufruir da amizade e hospitalidade do povo angolano e a trabalhar em prol do aprofundamento das relações de amizade e cooperação entre Angola e os vossos respectivos países, com benefícios recíprocos. A diplomacia angolana pautará a sua acção e todas as suas intervenções no estrito respeito da soberania de outros Estados, da igualdade e da não ingerência em assuntos internos, respeitando e fazendo respeitar igualmente as normas das convenções internacionais sobre as relações diplomáticas e consulares. Em conformidade com o princípio da reciprocidade, eu conto com a colaboração de Vossas Excelências nesse sentido! No início de um Novo Ano, nós procuramos manter o nosso optimismo em relação ao futuro, não obstante as dificuldades que quase todos os países ainda vivem.
No mundo actual, todos os problemas considerados como globais têm reflexos na vida interna de cada um dos nossos países, sejam eles problemas ecológicos, financeiros ou relacionados com o terrorismo, a segurança, os crimes transnacionais e as grandes endemias. A Comunidade Internacional deve assim prestar-lhes mais apoio e atenção. Não basta abordar os problemas actuais numa óptica meramente económica, financeira e política, tratando dos seus efeitos, sem aprofundar o conhecimento sobre as suas causas. Neste momento, o Governo angolano manifesta a sua solidariedade ao povo da República Centro Africana. Não está em condições de enviar forças militares para ajudar este país irmão, mas pode enviar ajuda humanitária para as pessoas deslocadas, juntando-se assim aos esforços da Comunidade Internacional. Em circunstâncias semelhantes, ou quase semelhantes, nos anos 90 do século XX, houve países que adoptaram como solução a Conferência Nacional Soberana que definiu os órgãos, o período de transição para a realização de eleições livres e democráticas sob observação internacional.
Oxalá que o Conselho Político de Transição da República Centro Africana desempenha este papel com sabedoria. A República de Angola tem sido um importante factor de paz e estabilidade regional e reitera a sua total disponibilidade para contribuir ao nível da União Africana, das Nações Unidas, em especial através do Conselho de Segurança, para a preservação e restabelecimento da paz. O Governo angolano manifesta o seu apreço a todos os países que apoiaram a sua candidatura a Membro Não Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e apela a outros países a fazerem o mesmo. Acredito que todos estamos conscientes de que fazemos parte da mesma comunidade humana e, por enquanto, sabemos que só temos este planeta para viver. Muito obrigado pela vossa atenção. BOM ANO DE 2014!
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