ANGOLA : O MISTERIOSO VOO DOS BILIÕES DA “BESA AIRLINES” - 1º de IV partes
As escolhas de
KIMBO LAGOA
Fonte: William Tonet e Arlaindo Santana – Folha 8 - Junho 2014
Suporte: F Brandão
A propósito do sumiço de 5,7 biliões de dólares no “Caso Sobrinho/BESA”, uma observação assaz pertinente, publicada em primeira mão no estrangeiro e “postada” no Facebook sobre o que se passou nestes últimos quatro ou cinco anos no Banco Espírito Santo Angola, chama à atenção do leitor o volume do dinheiro sacado nesse banco por “Quem de direito”: «Quanto dinheiro cabe numa mala? Numa mala de executivo cabe um milhãozito em notas de cem dólares, bem apertadinhas. Agora imagine que se levantou de um banco 525 milhões. 525 MALAS, um camião TIR! (pelo que se diz são mais de setecentos milhões o que Sobrinho papou). É de outro mundo!? Não, é deste.
Aconteceu em Angola, no BESA, com gestores angolanos e portugueses. Onde está o dinheiro? Uma parte foi depositada em contas de não se sabe quem, a outra em contas do presidente e de um administrador do banco. Chocado? Então continue a ler». Foi o que fizemos, continuámos a ler, mas antes de entrar no miolo deste golpe magistral, quase mortal para qualquer banco, vamos fazer um pequeno retorno no tempo para melhor entender a situação actual.
No ano de graça de 2009 depois de Jesus Cristo, o Banco Espírito Santo Angola (BESA) foi distinguido com o prémio Banco do Planeta, atribuído pelas Nações Unidas através da UNESCO. O seu director executivo desse tempo era um angolano, Álvaro Madaleno Sobrinho, personagem perseguida pelo fisco e Ministério Público de Portugal por ter sido, alegadamente surpreendido numa tarefa rotineira de lavar dinheiro sujo, proveniente vejam só, de Angola.
Não sei se estão a ver o topo da montanha, estamos em plena crise financeira e económica, ofertada sem juros pela falência do gigantesco banco americano Lehman Brothers, e eis o que neste cataclismo monetário uma instituição bancária angolana faz: Em mostra das suas excelentes qualidades de gestão, recebe de mão beijada uma prestigiosa distinção internacional. Palmas na assistência e restante povo, festa entre os accionistas, louros para Álvaro Sobrinho, tudo ouro sobre azul, com os juízes portugueses a encolherem-se e, claro está, o brasão desse bancário a brilhar de novo em todo o seu fulgor d’antanho, novinho em folha! Sobrinho continuou a dirigir o BESA, o homem fez o que quis e o BES de Lisboa deixou fazer. O Sobrinho agradeceu, foi ao cofre e serviu-se, mas só depois – e disso não restam muitas dúvidas, de ter servido em grande as mais gigantescas “Trutas” empresariais, financeiras e políticas do regime JES/MPLA. Tão simples como isso.
(Continua...)
As opções do Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA