MULOLAS DO TEMPO – Kissonde é uma formiga carnívora - Fabricando feromonas na linguagem de soma ou subtracção de gostos…
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O comportamento humano tem traços hereditários que nos identificam na irresistível necessidade de pertencer a grupos sociais. E assim, aqui estou partilhando saberes na necessidade de criar laços, fraternidades ou bisbilhotice entre gente que fala o meu dialecto, gentes que partilham as mesmas crenças em vários grupos sociais do Facebook. Sim! Mas, sabendo de antemão que poderá daqui advir consequências imprevisíveis por remexer em experiências ou cenários passados; isto porque cada cabeça é um mundo!
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Porquê isto!? Por coisas do passado e para colocar a imaginação em possíveis actos futuros a partir da dedução ou simples cruzar de dados aleatórios assim como numa novela. Cada um de nós se movimenta de um lado para o outro numa rede social de amigos maioritariamente virtuais espairecendo-se da solidão e, numa característica de comunicar sua necessária condição de expandir a mente.
Fabricando feromonas na linguagem da soma ou subtracção de gostos com sorrisos ou choros representamos isso com bonecos expressivos; uma forma de abreviar carecidas falas, as palavras antropófagas que comem outras ou muito perfumadas de feromonas entrelaçadas num jogo de assédio linguístico. Uma forma de dizer!
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Assim, numa forma de jogo de amizade evolutivo recorremos aos nossos “bancos de memória” combinando-nos no passado, no presente e futuro! Digamos que serão artes criativas do nosso nível sensorial. Uns têm coragem, outros nunca a terão! Terei agora de mudar a forma de senti e ver recorrendo às formigas que são possivelmente os seres mais avançados entre as criaturas da Terra em sua organização social.
Enquanto os homens mandam nossos jovens para a guerra, elas, as formigas enviam as mais velhinhas. Foi por esta curiosidade que me detive a rever o comportamento da formiga com que coabitei durante bastante tempo, o Kissonde. Relembro-me que em uma incursão militar, operação de soberania em reconhecimento de fronteira e, em terras de Cabinda, mata do Maiombe, por pisar inadvertidamente umas quantas formigas destas, tive de me despir a fim de me livrar delas. Elas subiram por minhas pernas começando a morder-me nas partes moles e de tal forma que tive de gritar. Uma tortura e tanto!
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Fui eu que invadi seu espaço, sua picada que também era meu trilho de guerrilheiro. Fui tão violentamente atacado e, de forma tão rápida que fiquei como o Adão num lugar mais afastado do seu carreiro, seu raio de acção. Seus ferrões eram demasiado dolorosos e ao retirá-las da minha pele, suas cabeças mais volumosas que o resto do corpo ficavam afincadas por suas pinças em meu couro.
Avermelhadas e carnívoras medindo cada um centímetro, formam um carreiro comboio com muitos metros de comprimento e uns quinze centímetros de largura; parecem encavalitar-se em número de milhares. Podem comer um coelho em menos de uma hora. Qualquer ser vivo que se encontre no seu caminho pode ter morte certa se não conseguir escapar-lhe a tempo, quanto a nós humanos, quando damos por isso estamos cobertos por elas, e só quando começamos a sentir as suas tenazes, nos apercebemos do perigo.
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Em uma noite que tivemos de bivacar numa clareira em um lugar chamado de Bitinas, uma antiga serração de madeiras junto à fronteira, começou-se a ouvir um zumbido na floresta e, bem perto de nós. O soba Mateus, imbinda e nosso guia da mata, ouvindo isto recomendou que não nos mexêssemos porque havia um comboio de kissondes a passar por ali.
Assim procedemos ficando quase sem respirar até que se deixou de ouvir tal ruído! Imaginem o quanto seria de perigoso no meio daquele escuro de breu, um pelotão com mais de 30 homens andar-às-cegas e, sem saber para onde fugir dessas terríveis insectos. As formigas são o género animal de maior sucesso na história terrestre, constituindo de 15% de toda a biomassa animal terrestre.
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Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc. As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas, muitas vezes chamados castas; temos muito a aprender com elas…
O Soba T´Chingange
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