TEMPO COM CINZAS . Portugal e os bafos dos desabafos…
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Trejeitando sorriso expressivo quando não entendo, fingo que compreendo perfeitamente os escândalos que nem sempre se me calam no bico, passarinho-me pintado de anjo de procissão, metendo o nariz em tudo da praça pública, engordando os miolos de enxúndias, gorduras de escândalos por toda as instituições dessa grande porca com muitas tetas, com nome de macho, Portugal. Com paciência medida, opino sobre assuntos inesperados amparado nas dúvidas por indemnizar, usando muito a miúdo entorpecentes para entender o bafo dos desabafos. Nem sempre posso assumir com desenvoltura o papel de comentarista avulso, conselheiro ou soba porque, nem sempre tenho à mão a receita própria para espantar cobras ou lagartos.
E, porque não posso tomar medidas energéticas providencias, requebro-me nas charadas alcoviteiras para enfeitar penicheiras provocatórias, estendendo a critica a vulgares patifarias de caixeiros feitos doutores roubando o patrão, engomando, cozinhando, ou limpando-nos o pó como se fôramos trastes dum Estado só deles. Na vontade de fugir espantado, remoçado, muito inchado de iguarias macabras, algumas idiotas, meus espíritos passeiam-se-me no cérebro às apalpadelas azucrinando-me.
Será uma questão de brio? Parvoíce simples e simplória? Entre sussurros de indignação com tosse e escarros secos coloridos, espirros diversos, continuo nos meus passos sem nada de solene, nem ar de religião conformado do é como Deu quer! – Esta gente do governo, quando não tisna suja! Com um galho de arruda na mão, sigo os acontecimentos que desfilam numa procissão vertiginosa e extravagante do meu país do M´Puto. Como cidadão do mundo, um tanto comovido, contemplo à distância as ruinas da minha terra, da minha aldeia, do meu kimbo, os restos mudos e emporcalhados dessas terrinhas que antes, só o era da intriga miúda e, das invejas pequeninas! Agora tudo é grande! E os roubos, aos milhões…
Muxoxo é uma espécie de estalo que se dá com a língua aplicada ao palato, em sinal de desdém ou contrariedade. No M´puto costumam chamar de "xoxo", com o sentido de beijo.
Ilustrações de: Manuel Pombinho, artista plástico português, radicado em S. João do Estoril – Lisboa – Portugal
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