TEMPO COM CINSAS - MACEIÓ - 19.11.2016
Das razões para escrever …
Por
Separando o sonho da realidade, tento colocar palavras no papel, para que o cérebro fique destinado a novas vibrações. Agora que já tenho alguma dificuldade em separar o sonho da realidade entre interesses e torpitudes, encavalito-me nas silabas, nos significados, nas bactérias embrionárias dum palavrório perdido entre o fio da meada e a meada do fio.
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Uma crónica escreve-se quando se pretende transcrever uma mensagem ou se, se sente prazer em escrevê-la como, ou quase um exercício de mente, fazendo pesquisas adicionais e, segundo um tema respeitando sempre as motivações subjacentes da comunidade; escrever tópicos com alegrias decepções, coisas rotineiras ou esperançosas.
Nem sempre a descoberta segue por uma caminho de lógica criatividade levando em conta a comunicação científica mas, teremos basicamente de sermos livres de acreditar naquilo que quisermos e transcrevê-las sem a preocupação gramatical do sujeito a cutucar o verbo mais o predicado; sem a métrica do fado ou a rima versejada e, sem pátria idolatrada, jogando búzios na zuela do feitiço.
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As plantas vivem de matéria “não-viva”, que não dizem ai nem ui e, praticamente mantêm toda a vida. Sempre o têm feito desde que o mundo é Mundo e, a nossa vida depressa se desvaneceria se não houvesse uma maneira de elas, as plantas, se renovassem quase tão rápido como são comidas.
Para os animais de que somos pertença obterem os alimentos de que necessitam, têm de contar com a ingestão física de outros organismos e, porque sem esses contribuintes orgânicos, não viveríamos. A vida animal não duraria muito neste Mundo se todos fossemos carnívoros, se nos alimentássemos apena de outros animais.
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Sem algum esforço intelectual, remexendo panelas de sarapatel ou tripas à moda do Porto, muito me convenço da inutilidade das bagatelas que nos preenchem o dia. Refugiando-me atrás da minha vaidade faço trocadilhos, metendo-os num pão e, acompanhando isto com uma cerveja, fico-me pelo silêncio das falas sustentáveis, para não me mentir!
Na sustentabilidade da natureza os herbívoros alimentam os carnívoros ou omnívoros. Temos de nos alimentar de três tipos básicos de substâncias a saber: glícidos, lípidos e proteínas. E, porque é na variedade que reside a segurança, saí bem cedo a fazer compras com meu parceiro de albergue, o dono da casa com o nome de Eliseu.
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E, compramos na feirinha do “Cleto” frutas várias e legumes, mamão, jiló, couve, banana comprida, manga, mandioca, inhame, enfim um conjunto de coisas em sacolas reaproveitáveis para botar o lixo. Não posso esquecer os coentros nem a pimenta no propósito de esquentar o apetite e melhorar a pressão. Passando no azougue, talho, compramos alcatra, queijo de coalho e, claro a cerveja Skol redonda de 450 mililitros.
O Eliseu respeitando sua ancestralidade bíblica de profeta rejeita este e qualquer uso de outro álcool. Bebe sua água tonificada com minúsculos fragmentos de limão a fim de chegar aos 150 anos! Eu vou cantando que aqui a vida só é ruim, quando não chove no chão, que se chover, tem de tudo e de tudo tem de porção… e, por aí, na cantiga já popular do último pau-de-arara de Zé Ramalho.
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De regresso a casa, Eliseu explica que seu nome é proveniente de um profeta que subiu ao céu vivo. E, subiu, subiu anto que por lá ficou e, porque tinha dito que poria seus pés aonde estivesse Deus. ELE, o profeta, serviu a Elias durante algum tempo, antes de este ter ascendido em direcção aos céus por um redemoinho.
Foi um dos profetas que mais milagres têm registado na Bíblia, entre eles, o de abrir as águas do Rio Jordão com a capa deixada por Elias. Este Eliseu terreno prometeu não mais voltar a beber em sua vida, daquela forma destemperada de outros tempos mas, em verdade, sempre me parece mais fácil do que levitar no espaço e, para o infinito. Mas vinho do puro da uva vai bebendo só de vez em quando, como teste à sua vontade.
Estou em tempo de não mais me preocupar com os muxoxos dos críticos, das alfinetadas de comentadores, dos devaneios e futilidades que nos consomem horas a fio; do gosto ou nem por isso, ou assim do entretanto, da gente que pendura seu ego nas piadas de engasgo ou mesmo rezas insólitas das redes sociais porque nem a tudo podemos ter resposta, nem a tudo podemos responder.
O Soba T´Chingange (Otchingandji)
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