ANGOLA – KILAMBA KIAXI . Um "elefante branco" angolano
N´Guzu: Força, poder, deus da guerra.
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Kimbo Lagoa
FONTE:PÚBLICO e Lusa
Kilamba Kiaxi inaugurada a 11 de Julho de 2011 e projectada para funcionar como sede do recém criado município de Belas.
O objectivo era albergar às portas de Luanda cerca de meio milhão de pessoas; até agora, o empreendimento Nova Cidade de Kilamba não passa de mais um "elefante branco" angolano construído com dinheiros chineses. Há relvados, prédios, apartamentos, escolas, lojas e estradas. A única coisa que não há são pessoas. Era suposto o complexo residencial Nova Cidade de Kilamba - a cerca de 30 quilómetros de Luanda, estar por esta altura cheio de habitantes, mas até agora não passa de uma cidade-fantasma. As pessoas que aí conseguiram comprar um apartamento, vêem-se agora a braços com propriedades depreciadas. A empresa China International Trust and Investment Corporation (CITIC) gastou 3500 milhões de dólares nesta urbanização que, uma vez completa, ocupará 5000 hectares. Em troca, Angola pagou este investimento com a sua matéria-prima mais preciosa: petróleo.
Este investimento é o mais significativo de uma série de “cidades satélite” que estão a ser construídas por empresas chinesas um pouco por todo o país desde que Pequim começou, há alguns anos, a investir fortemente em Angola. O governo angolano promoveu a Nova Cidade de Kilamba como um novo paraíso para a classe média angolana, que podia aqui encontrar um estilo de vida mais relaxado que no centro de Luanda. Mas, num país onde a classe média ainda não tem visibilidade nem poder económico, o plano parece agora condenado. Elias Isaac, responsável pelo ramo angolano da sociedade OSISA (Open Society Initiative of Southern Africa), constata, em declarações à BBC: “Não há classe média em Angola, só os muito pobres e os muito ricos, e por isso não há ninguém que compre este tipo de casas”.
Os factos não desmentem Isaac: quase um ano depois de os primeiros 2800 apartamentos concluídos terem sido postos à venda, apenas 220 foram vendidos. E mesmo estes - avança a BBC - não terão sido ainda totalmente ocupados. O local também não tem ainda infra-estruturas a funcionar. À excepção de um hipermercado localizado à entrada do complexo, a BBC diz que não há mais nenhum sítio para comprar comida. Nada disto é surpreendente, porém, se levarmos em conta que os apartamentos estão a ser vendidos a preços que variam entre os 120 mil e os 200 mil dólares, num país onde se estima que dois terços dos cidadãos vivam com menos de dois dólares por dia. Tudo isto às portas de uma capital considerada a cidade mais cara do mundo.
Elias Isaac sublinha que a prioridade em Angola devia ser a construção de casas a preços reduzidos, uma vez que maioria da população ainda vive em barracas sem água, electricidade ou saneamento. A BBC acrescenta que ainda ninguém sabe exactamente como é que será feito o processo de selecção de habitantes e os mais críticos argumentam que tudo não passa de uma manobra eleitoralista. Respondendo às críticas que dão conta que a urbanização fica demasiado longe do centro de Luanda, o governo afirma: “Há sempre pessoas que criticam, mas graças às novas auto-estradas que estão a ser construídas, a Nova Cidade de Kilamba ficará apenas a 15/20 minutos do centro da cidade (de Luanda)”.
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