CINZAS NO TEMPO – NA ROTA DAS FALÉSIAS - Andamos com o credo na boca, motivo de causas alheias e à revelia da nossa vontade … 04.07.2019
N´GUZU é força, em Kimbundo
Por
T´Chingange - No Algarve do M´Puto
Para ler até ao fim – São só DEZ itens…
Emagrecendo o tempo ao invés da barriga, uso suspensórios de encurtar chatices afiveladas e, em minhas caminhadas pelos promontórios da terra, uso-o mais para segurar o microondas-ipad a fim de ouvir música e balelas da rádio. Assim na divisa com o mar cuja vista pertence aos ricos porque os pobres assim vão ficando, engordando a imaginação e vendo passar os navios por entre as silhuetas das casas, daqueles. Com o tempo vão surgindo na cércea palmeiras a substituir alfarrobeiras e oliveiras importadas da arábia e, num repente o mar vai desaparecendo tapado pelos oásis e, por quem canta de galo.
Ou por quem tem suficiente dinheiro para o mandar cantar, o galo de cima, o de poleiro feito de pau torto ou o granisé freguês da junta; manter uns jardineiros e um sem número de células de raios vermelhos e envernizados no disfarce para detectar intrusos, calar a boca aos patos e gansos com manias de empertigados, assim como eu. Raio que detectam quem tente entrar num parque quase temático, cercado quase até à falésia, assim fugindo ao rigor dos planos com projectos de ordenamento. As leis do Domínio Público Marítimo, pelo que é sabido, ainda não mudaram mas, deste jeito e quase fechando seus acessos ,parece que sim – que as há.
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Num lugar aonde as casas não deveriam ser mais altas que uma amendoeira, surgem palacetes com elas, as amendoeiras metidas em vasos nas açoteias, vulgo terraços, para inglês-ver, tá-se-a-ver! Amendoeiras, suficientemente grandes, para nos adulterar; a nós ou às leis que são seguramente untadas com bilhões como se permite dizer tão vulgarmente nos dias de hoje e, porque já ninguém rouba tostões assim como nos livros das vendas do antigamente. Em lugares destes, que o devem ou deveriam ser, nobres para toda a gente, não deveria ser permitido construir até 500 metros da costa ou falésia casas cuja cércea subisse mais alto do que uma alfarrobeira.
Mataram o Muammar Al-Gaddafi da Líbia, porque era um filho-da-mãe e déspota, mataram Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti que foi um político e estadista iraquiano, porque pelo que diziam era também déspota e andava a usar umas armas terrificamente maléficas (agora, tudo por li está pior...); E, na onda da subserviência do M´Puto aos DDT do Mundo, seguiram-se as estranhas façanhas made in USA; e assim como uma marionette comandada à revelia da gente (povo do M´Puto) e, agora o que se vê, é gente a imitar vidas espiraladas como se estivéssemos na Babilónia de há um quatrilhão de tempo. Andamos a ser enganados – Tambulakonta!
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Nem tanto um quatrilhão de anos mas mais propriamente no século VI a.C. e, que foi capital da principal potência da Mesopotâmia. Ainda se fosse o nosso José Manuel Rodrigues Berardo, habitualmente conhecido como Joe Berardo, um empresário conhecido coleccionador compulsivo com o dinheiro do povo, formatado numa tão ecléctica versão de misturar budas com caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam na sua ilha de sonho. Sim! Ainda se fosse este senhor, vá que não vá! …
Mas, eu que saí bem cedo para apreciar coisas, emagrecendo o tempo, vejo-me de novo encavalitado nas arrudas que quando pisadas cheiram mal pra caraças - menos mal que ainda há calafito para curar todas as maleitas. Pois! Vamos ver se componho bem o ramalhete: O M´Puto, por via dum desenrasca nacional encarquilhado de crise, fez uma lei a que se se chamou de PIN – Projectos de Interesse Nacional tipo Visas Golden, para captar dinheiro vivo (Eles estavam todos, aflitos - EETA). Estão a ver o filme: Isto para permitir bizarrias desacostumadas entre nós a troco do tal PILIM – um desenrasca. Em qualquer cor de goveno, seremos sempre uma Geringonça
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Depois disto, das leis que provavelmente até já devem ter mudado, resultou em fraudes, em burlas e adjacências adjectivadas de coisas feias com derivados de descarado roubo e, assim, para porem em segundos ou dias, chineses a falar português, coisa quase inaudita e, como se fosse possível pôr gaivotas a ladrar e, ou cães a piar. Algo está mal! Por isso também ladro. Mas, e porque se trata dum passeio pedonal pelas arribas do cú da Europa, passo ao promontório que tão bonito é…
Chegado a uma das torres de vigia do tempo antigo conhecidas pelo linguajar popular de fachos, almenares ou atalaias, por aqui diviso o azul que se cola no horizonte com o céu. Estes, eram ocupados dia e noite e sobretudo durante o verão para dar alerta dum qualquer desembarque de piratas ou corsários vindos do norte de África e de outras paragens. Hoje vêm de todo o lado, coisa pouca para quem pensa pequenino.
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Estes flibusteiros pilhavam e faziam cativos, principalmente durante a secagem do figo e, de vez em quando, havia muita gente por aqui distribuídos em fazendas e, ou quintas. Há menos de um século ainda se faziam contractos com gente do Alentejo e até das Beiras do M´Puto para estes trabalhos sazonais da apanha do figo, da amêndoa ou alfarroba. Hoje quase tudo está ao abandono! A agricultura deste género é coisa de pobre e a água não é de fartura. Ou é por falta de diálogo com nosso Senhor ou falta de procissões a pedir chuva e também escravos da Mauritânia para trabalhar de borla.
Os tais flibusteiros, fitavam também as armações de atum e sardinha chegando com facilidade às alagoas; nestes tempos havia necessidade de se captar gente para escravizar lá naquelas arábias. Esta torre ou Atalaia da Lapa foi construída no século XVII; é uma estrutura maciça, em alvenaria de pedra e argamassa de forma circular, com cerca de cinco metros de diâmetro. O olheiro chamado de facheiro do mar, subia numa escada para este maciço que em caso de avistar barcos estranhos fazia uma fogueira de noite e, de dia provocava nuvens de fumo com lenha molhada; tal como o faziam os índios americanos Sioux nos sítios altos de lá; da forma como em pequenos líamos tal e qual nas bandas desenhadas e literatura de cordel brasileiras.
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Desta forma protegiam a barra do rio Arade por onde entravam esses tais de flibusteiros moiros, alertando com estes sinais as populações e as guarnições das fortificações da região costeira. Há bem perto daqui, deste vale suspenso, uma linha de água conhecida por Vale da Lapa, uma barragem aonde se retinha água no período das chuvas para poderem tratar, lavar olear e meter em ânforas o atum, cavala ou sardinha a enviar para toda a nossa costa Atlântica e até, mas também, ao Mediterrâneo. Cá para mim isto é do tempo dos Romanos e muito antes do tal século ZERO, de quando pregaram Cristo numa Oliveira com pregos artesanais (versão de espeleólogos, arqueólogos, geólogos e afins - todos agnósticos que não crêm em SãoTomé)...
Tenho aludido ao termo carso por ao longo deste promontório que vai desde a Ponta do Altar em Ferragudo até terras de Albufeira, porque é um relevo produzido pela dissolução das águas superficiais e subterrâneas sobre a rocha calcária. E, é assim que surgem grutas, arcos e algares que são poços naturais feitos pelo desgaste dos solos mais soltos e as lapiás, relevo plano de calcário do qual fazem "pias" de superfície (algo quase raso) como se fossem eirados, diria ser assim uma cisterna que capta a água desse lajedo. Com tempo, vos darei mais conhecimentos que irei partilhar convosco porque vós sois, parceiros cinco estrelas! E, também porque são candidatos ao prémio “ Catana Doirada”…Mungweno!
O Soba T´Chingange
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