T´Chingange – No M´Puto
Passam já 11 meses após ter escrito as mulolas do tempo número 4 e, como digo nela, todos os dias terão encruzilhadas, bifurcações em que o amanhã sempre será uma graça. Restavam-nos 45 para terminar a odisseia “Potholes”. Assim pensando naquele mato longínquo de tudo entre a criação de Deus, relembrava que o dogma da fé cega é que faz com que haja muitos incrédulos! Com o autor do livro “Ninguém é Santo”, Reis Vissapa - o melhor condutor de áfrica, galgávamos quilómetros entre morros rodeados de chinguiços, espinheiras tipo candelabro ou altas árvores de indefinidas espécimes.
Em outros tempos de picadas traiçoeiras e desesperadamente isoladas de gente, era bom andar mastigando chuinga, uma pastilha elástica que depois de mastigada era um bom vedante para tapar furos do radiador mas, agora as tecnologias de ponta são outras; não mais é necessário levar umas borrachas extras e arames para encurtar tubos de refrigeração ou pendurar argolas e chapas desprendidas com o sacolejar dos ripados da picada, ao jeito de tábua de lavar em selha, coisa desesperante.
Estas andanças longas complicam-nos o mataco que a dado momento já nem tem posição certa tornando o excesso de profiláctico em olfáctico dando comigo a abanar as orelhas e engolindo cacos de vidro como um faquir. Tem mais, o zelo da quilometragem conjugando a hora com o dia que, da noite que cai e da luz que se esvai. É fundamental termos um bom lugar para pernoitar, consultar no telemóvel ou perguntar por um aceitável sítio aonde pousar.
Lá chegamos à barraca fronteira do Botswana. Cada um de nós pagou 450 Randes correspondente a 25 dólares USA e ainda mais 600 Pulas pelo jeep Nissan. Foi um trinta e um, porque não tinham pagamento com cartão e valeram-nos os Pulas que se tinha em mão, a moeda nacional, mas para nós resultou em algum incómodo porque queriam a moeda verde americana e não a sua. A logística, começou aqui a dar seus falhanços. Só tínhamos Euros e Randes (Bem! Eu Tinha 500$ USA). Vissapa afiançava que o cartão de visa era suficiente; sua intuição falhou e valeram meus dólares e randes que levava num por-se-acaso!
Dali podíamos ver a espuma que se levantava das quedas Victoria do outro lado da linha férrea e, até podíamos ouvir o trovão das muitas águas caindo naquela fenda, uma imensidão húmida caindo do lado da Zâmbia para o Zimbabwé. Assim, sobranceiros às maiores Cataratas do Mundo, pude almoçar no “In da Belly” saborosas espetadas de crocodilo acompanhado de arroz branco e alguns vegetais. A iguaria ficou em 12 $USA.
Tivemos aqui um encontro com um português radicado no Zimbabwé. Passou a noite em um bungalow fronteiro ao nosso o que proporcionou termos uma conversa acerca do que eventualmente veríamos; deu-nos informação de por onde seguir sugerindo que visitássemos o Park Nacional Hwange antes de irmos ao porto M´libizi no Lago Kariba. O tal senhor fez um esquema enquanto comia em outra mesa dando-o a Dy Vissapa que não demorou muito a amachucar e deitar na primeira lata de lixo. Verdadeiramente o que contava mesmo era a sua intuição! Para o efeito fomos a um Kiosk de Turismo Oficial ali próximo e, fizemos a reserva para o próximo barco a sair de M´Bilizi mediante a entrega de 480$USA.
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