MULOLAS DE TEMPOS DORMIDOS – Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar! KIRK DOUGLAS, MORREU … 08.02.2020
Por
T´Chingange – No Nordeste brasileiro
Entre o entender e o poder do crer lá tive que pagar o condomínio com taxa extra pensando nesta atrasada escrita sobre a morte aos 103 anos do meu amigo Kirk Douglas. Foi no dia seis deste mês de Fevereiro que recebi a notícia directamente dos USA, assim sentado e, sentado fiquei tacitunando-me nas minhas antigas alegrias; alegrias alargadas nos folgados dias de crescimento mazombo da Luua, a capital de Angola.
Relembro o cine Colonial no tempo em que nós nas bancadas também eramos artistas, utentes e autores dumas muita odisseias de participação ao vivo e no escuro; beatas voando como foguetes de alegria por coisa alguma e nenhuma. Um assistente despertava o Kirk duma tocaia de surdina feita emboscada num: - Olha na tua trás, meu! E, num repentemente Douglas virava-se na tela grande e, uma flexa era enfiada bem no coração do bandido, o mau da fita que logo morria, ou fingia! Filme é filme…
Acho que foi no filme “O arco e a flexa” mas, até que pouco importa porque as cowboiadas eram por demais concorridas e, isto era tão usual que sempre saia bagunça de está calado meu grunho e mais de filho da mãe para cima. Eu bem que lhe avisei, dizia o artista espectador exaltado do feito, saltando e estrebuchando em saltos contentes. Um espectáculo de ver! Só mesmo no Colonial Cine de São Paulo de Assunção da Luua.
Claro que estas cenas sucediam com as cowboiadas de John Wayne ou Jack Palance. Cowboiadas de cinco estrelas com o som de pum-pum dos tiros da Rifle Winchester que deram depois lugar às cowboiadas spaghetti do tipo italiano, com Giuliano Gemma aonde os tiros já soavam de txi-pum, txi-pum assim, com eco estriado para além do cano e fazendo nossos mambos de muita demasiada banga ninita e fécula.
Coisas de candengues, de afoitez que se vadiam em fantasiados momentos, muito fartos em invencionices; criacionices só verdadeiras na raiz das falsas almas. E, porque as pessoas não ficam sempre iguais, vão-se no tempo determinando com as mentiras ensinadas e aprendidas na vida como verdades. E, a melhor forma de o dizer é usando nossos termos polifónicos e de só átoa, diacríticos, palavrões que nem sabíamos existirem nas nossas falas.
Ui! - O que a vida me ensinou dá para o gosto, o desgosto e até o contragosto mas o Kirk, sempre foi colocado ao redor dos meus kitucus (mitérios). Enfim! Mocidade é tarefa para mais tarde se desmentir… Nós, com nossos ídolos, limpávamos os ventos que não tinham ordem para respirar e os demais, nós desrodeávamos fazendo esquindiva…
Se não acreditam nestas divagacionices, pulem outro filme! Porque, foram as "20.000 Léguas Submarinas", Spartacus e Ulices entre muitos outros. Posso também recordar o Gregory Peck dos canhões de Navarone, o John Wayne em duelo ao pôr-do-sol e mais edecéteras; Clinton Eastwood, um ator, cineasta produtor famoso pelos seus papéis de duro em filmes de ação com rifle de repetição. Nossa cultura nesse então era mesmo só do cinema, da praia e farras de quintal; nos intervalos escorregávamos nas ladeiras de asfalto da Luua com nossos carros formula um de rolamentos …
Um dia tal como eles, velhos ídolos, nossas veias farão seus preparos finais. Mas não será por isto que nos aninharemos numa tristeza triste; tristeza de uma raça de homem que o Kirk mais não verá, porque deixou de ser um exorcista do circo, um trapezista. Assim num dia esbarrancaremos nos limbos esfiapados dum vento nesse arrumo de veias, ora quente, ora frio, ora se desfrizando no ar duma exaltação de vida que despairece.
Pois! Que despairece inchada de amor; é assim: -Um dia mesmo que nascido com sol, teremos de conhecer o significado sem requerer desse futuro por conhecer. E, todos ficam assim permanecidos de duvidando de como será até que chegue o tal de seria… Todos seremos legítimos coitados em um tal dia de pororoca (encontro de vagas, rio e mar…) com ou sem arrepio…
A vida é um negócio muito perigoso! E agora, nem me falem de bancos! Porquê? Ora bem - O banco é uma instituição, um negócio que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro! - Pois por tudo isto ando demasiado desconsolado, sabe! Disse eu pra continuar falas comigo mesmo, só pra esquecer o Kirk, meu antigo heroi…
O Soba T´Chingange
RECORDAÇÔES ANGOLA
fogareiro da catumbela
aerograma
NAÇÃO OVIBUNDU
ANGOLA - OS MEUS PONTOS DE VISTA
NGOLA KIMBO
KIMANGOLA
ANGOLA - BRASIL
KITANDA
ANGOLA MEDUSAS
morrodamaianga
NOTICIAS ANGOLA (Tempo Real)
PÁGINA UM
PULULU
BIMBE
COMPILAÇÃO DE FOTOS
MOÇAMBIQUE
MUKANDAS DO MONTE ESTORIL
À MARGEM
PENSAR E FALAR ANGOLA