UM PALAVRÓRIO COM RACIOCINIOS CAPCIOSOS… O homem herdou o mundo; a sua glória não consiste em suportar ou desprezá-lo…
Por
T´Chingange
Em todos os artigos que tenho submetido a publicação no Kimbo são raras as contestações. Por via de ser assim ignorado, faz todo o sentido citar a expressão que não sendo minha, aqui se conjuga bem: “As minhas ideias estão assentes, não me confundam com os factos”. No mundo social em que estamos inseridos com grupos heterogéneos, quer políticos quer científicos, cada um destes grupos utiliza seu paradigma nas argumentações e, em defesa do seu próprio paradigma.
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Esta argumentação em circulo funciona mais por persuasão do que pela evidência lógica. Nos meus tempos de estudante dizia-se que a lógica era uma batata e, foi com essa dúvida que fiz um rádio galena a partir de uma batata cortada ao meio, uns quantos fios e uns auscultadores e um condensador. O certo é que a batata forneceu energia enviando para o espaço ondas electromagnéticas dessa suposta lógica.
Já disse algures que a história da ciência é fértil em teorias de sucesso baseadas em hipóteses “Ad Hoc”. Cabe aqui dizer que a lógica encaixa nas hipóteses ou nos fundamentos de uma teoria não convencional; como tal arbitrária! Estou assim a tentar encasquilhar refutações sofísticas que dependem da linguagem usada, a que podemos chamar de "sofismas linguísticos" ou refutações sofísticas que não dependem da linguagem extralinguística (palavrório).
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A indução que se procura dar como critério não arbitrário de ligação da experiência à teoria é um caminho incerto; tanto nos pode levar à verdade como ao erro, porque é baseada na ordem do Universo que sempre nos ultrapassa. Não há uma metodologia segura que nos conduza da realidade experimental às hipóteses e aos postulados das teorias. Pois então, reafirmo aqui que a lógica pode perfeitamente ser uma batata!
Muitas vezes os cientistas falham, não por falta de inteligência, mas por sagacidade em demasia. Presentemente as metodologias ficam tão apanhadas de uma sofisticação tão vazia que se torna muito difícil discernir os erros básicos. Depois da “teoria dos erros” e da “teoria da incerteza”, teremos de acrescentar a “teoria da simplicidade”. A única resposta a isto é ser-se tosco ou superficial.
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Desmistificando o verbo, podemos somar a todo o conhecimento que “A natureza ama a simplicidade”. Foi Liev Tolstoi que contrastando com as igrejas e governos, pregava uma vida simples e em proximidade à natureza. E, foi Johannes Kepler um astrónomo alemão que em defesa de Tolstoi pelo que afirmava no livro “Guerra e Paz” nos veio a afirmar que toda a ideia importante teria de ser simples.
Claro que o caminho da simplicidade tem um grau elevado de subjectividade nos seus critérios e nos domínios a que se referem; simplicidade na formulação de uma teoria na sua capacidade de memorização, na sua lógica formal e, nos seus princípios básicos. Nas relações entre fenómenos, nos conceitos, nas imagens físicas que produzem a instrumentalização necessária para fabricar feromonas ou empatia. Assim sendo não poderei transformar neste meu palavrório os fundamentos teóricos, em postulados.
Estou a tentar não censurar o que não posso compreender e, porque frequentemente aquilo que nos parece um mal é um bem! As nossas faculdades são tão limitadas que o conjunto do todo escapa aos nossos sentidos obtusos. No processo de falsificabilidade, uma certa filosofia mostrar-nos-á ser isso, imprescindível em ciência.
Ilustrações de Costa Araujo e Assunção Roxo
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