Domingo, 16 de Outubro de 2022
N´NHAKA . XVI
ANGOLA, TERRA DA GASOSA . II
CANTINHO DO INFERNO – TERRA DE MATRINDINDES
Lembranças actuais de escritos antigos - “Havemos de voltar” – Foi em Julho de 2002
– Crónica 3273 de 05.04.2022 – Republicada a 16.10.2022 no AlGharb do M´Puto
N´Nhaka: - Do Umbundo, lameiro, plantação junto aos rios, horta…
Por
T´Chingange
Voo TP, destino Luanda – Uma lufada de ar quente ao sair do Douglas no Aeroporto Internacional de Luanda, “Quatro de Fevereiro” em Belas. Momentos antes na acomodação da aterragem, já lusco-fusco, circunsobrevoavamos a Luua e, ali estava ela cheia de pontinhos de luz dando indicação do crescimento emancipado para mais além do que se poderia imaginar em 11 de Novembro de 1975 e, lá estava a ponta da ilha Mazenga e sua bonita baia de luz reflectida em nuances multicolores, os barcos, edifícios e, também uma nova coisa chamada de plataforma petrolífera, mesmomesmo na embocadura.
Do Morra da Cruz e em círculo, passando por Viana até quase ao Cacuaco, tudo é Luanda, não se distinguindo aonde acaba o musseque e começa a cidade; o centro perdeu-se numa imensidão de cubatas e, aí temos a grande metrópole com quase cinco milhões de habitantes (2002), a transbordar nas barrocas e linhas de água, que já o foram. A catinga sente-se no ar à mistura com estagnados descuidos de águas negras a céu aberto e, sem impedimento de se o notar; o costume habitua-se no urbanismo da normalidade…
Noutro dia e, à luz clara da manhã fresca deu para pisar o pó e as escorrências, sentir os cheiros fortes de mabanga e peixe frito em óleo de dendém, odores de lixo desentulhado com muita gente circulando, fazendo não sei o quê, talvez queimando o tempo e, cruzando arrepiadamente sobrevivências por todo sitio, ruas definhadas, esburacadas, ondulando o passeio, que o não é mais; asfalto malé, aiué…
Na encosta do Prenda cortava-se a carapinha num telheiro meio chapa, meio palha e pedaços de taipa quase que meio por fazer e, mais ao lado neste pseudo cabeleireiro, lá estava a tabuleta “Salão de senhoras Dona Xepa” e no letreiro podia até ler-se: desfrisam-se cabeças. Se havia cor no imóvel, tinha fugido, faz tempo!... Vou tentar cronicar o que vi e, fazer retrato do que me apercebi com as inerentes dificuldades dum branco de segunda, quase preto por defeito e ousadia, que não esquece o calor daquela terra de quando ainda candengue pisou todo aquele espaço.
Espaço que também me viu crescer amulatado de jeitos, crioulo mazombo de imperfeição. Mas, diga-se, o calor continua também naquelas gentes, com vontade de agradar; a amizade faz-se rápido, flui mais repentinamente num abraço de empatia como doença de querer. Desta feita assim ganhei mais um amigo de nome Humberto, rebaptizado de “Bien”. Foi ele o meu cicerone durante vinticinco dias e, é a ele a quem esta crónica é dedicada por agradecimento…
Foi ele, engenheiro Bien, formado em Cubano, natural do Sumbe, que me levou desde a foz do rio Dande, bem perto do Caxito, até ao dito Cantinho do Inferno. Aqui voltarei na descrição chegado seu próprio momento e, para não me perder no fio da meada dizendo do resto aonde me levou que, assim será na ordem cardial e para Sul com o Porto Amboim, Sumbe, antigo Novo Redondo, Canjála, Lobito, Benguela e Baia Farta.
Bien, ex-comandante, formado em Cuba, técnico de Construção Civil. Como tantos outros neste momento (2002) está no desemprego mas, sempre há um mas, desenrasca a vida peneirando diligências aqui e ali furando o esquema; comprou uma roulotte e, lá para os lados do Sambizanga tem uma catorzinha a vender peixe frito, banana assada, pasteis e cachorros quentes de pastas coloridas oriundas dos tomates e outras especiarias, mais cerveja cuca quando a há e, também quando calha, se acomoda com ela nas ternuras do farfalho…
Bien, o ex-comandante, engenheiro de desenrasca, diz que são necessidades fisioterapeutas. Só que lá no Sumbe e Benguela também tem mulher e filhos, pois! Mancomunou a vida aqui e ali soldando avarias pelas técnicas aprendidas em Havana e, ali nas facilidades acostumadas de suas terras, comunga tudo com as saias desprendidas e a isto, disse-me não ser de ferro. Em verdade, há trechos em que nossa vida amolece a gente, tanto, que até num referver de bom desejo, no meio da razão sempre vem um benefício…
Passados que são mais de vinte anos, recordo de novo nesta data para que conste na Torre de N´Zombo do Kimbo, a biblioteca base desta existência…
(Continua…)
O Soba T´Chingange (Otchingandji)
Segunda-feira, 6 de Setembro de 2021
MOKANDA DO SOBA . CLXXXII
ANGOLA DA LIBERTAÇÃO - XIX
- A INDEPENDÊNCIA DIVIDIDA… Primeira e segunda batalha de MAVINGA – 1980/1981
- Crónica 3189 – 05.09.2021 - “A guerra, que matou e estropiou tantos, alimentou um punhado de pessoas, que se tornaram insultuosamente ricas e prepotentes” – A independência era para isto!? - Nós e os mwangolés…

Por
T´Chingange, no AlGharb do M´Puto
Ainda fazendo um relato de um sobrevivente do 27 de Maio de 77 citando o livro “Angola, o 27 de Maio - Memórias de um Sobrevivente: “ No campo de concentração de Calunda o comandante (MPLA) ficava todo vaidoso, gingava, com duas pistolas à cintura. Seguia-se uma exibição da sua destreza e pontaria – primeiro contra os pássaros que passavam no ar e depois contra o prisioneiro amarrado e espancado. Atirava nos pés, nos braços, na barriga, conforme a sua disposição, até que sucumbisse. Outras vezes mandava queimar os presos com pneus ou gasolina. Os que não morreram na altura sucumbiram aos poucos com dores horríveis, aos gritos, que deixavam a todos estarrecidos. E éramos obrigados a assistir a tudo isto e depois obrigados a enterrar os mortos, assim como carregar os que haviam resistido à sessão, que ficavam a sofrer no nosso meio até que sucumbissem. Era uma grande tortura, um grande martírio”...
Saltando para o ano de 1980 – A UNITA fixa-se na JAMBA do Cuando-Cubango. Em Novembro, os antagonistas envolvem-se na 1ª batalha de Mavinga que resultou em mais de 800 mortes. O apoio sul-africano à UNITA viria a tornar-se mais efectivo com a invasão da província do Cunene, em 23 de Agosto de 1981 «Operação Protea», e a subsequente ocupação de uma faixa tampão na fronteira sul de Angola numa profundidade de 200 quilómetros, com o duplo objectivo de neutralizar as operações de guerrilha da Organização do Povo do Sudoeste Africano (South West Africa People’s Organization, SWAPO). O território da Namíbia, então ocupado por protectorado pelo África do Sul, teria de, por outro lado, estabelecer um ponto de partida para novas operações no interior de Angola.
A consolidação do domínio da UNITA nas províncias do Cunene e do Cuando-Cubango, na perspectiva da criação de um «bantustão» no sudeste angolano, era o propósito imediato. É nesta altura que o presidente José Eduardo dos Santos pede ao Secretário-Geral da ONU, Pérez de Cuéllar, a convocação do Conselho de Segurança da Nações Unidas para discutir a agressão sul-africana. Mas a resolução da condenação foi vetada pelos Estados Unidos, de acordo com a estratégia delineada por Washington e pela África do Sul para aniquilar as FAPLA e o MPLA ( O comunismo…).
A situação em todo o sul de Angola agrava-se com o aumento das hostilidades. A UNITA reforça-se militarmente em armamento e conselheiros militares e, com o apoio das administrações Reagan (EUA) e Thatcher (Grâ-Bretanha) e a ajuda do seu aliado sul-africano, desencadeia operações militares contra as bases da SWAPO, do Congresso Nacional Africano (African National Congress, ANC) e contra posições das FAPLA, para além de acções de sabotagem às linhas dos Caminhos de Ferro da Benguela (CFB), com destruição de infra-estruturas políticas e económicas e minagem de linhas de abastecimento, entre as populações de aldeias, vilas e cidades do sul de Angola.
O ano de 1981 – Ano da “Operação Protea” leva ao controlo militar da UNITA com a ajuda sul-africana, da Província do Cunene. Estavam ali sediados 8.000 guerrilheiros da UNITA, porem até a chegada das forças angolanos, Mavinga recebeu um reforço de 4.000 tropas da SADF (South African Defence Force), vindo a confrontar uma força de 18.000 soldados angolanos. Mavinga foi o primeiro passo no caminho para a Jamba-Cueio e para penetrar na Faixa de Caprivi. Ao tentar travar o seu avanço, os governamentais são surpreendidos por nova frente – 2ª Batalha de Mavinga, que provoca mais de 1.200 mortos. A UNITA sai vitoriosa e ocupa a cidade.
O ataque a Mavinga foi uma derrota total para as forças angolanas, com baixas estimadas em 4.000 mortos. A manobra de contra-ataque das SADF, nomeada “Operação Modular” foi um êxito, forçando as tropas das FAPLA e das FAR a retroceder 200 quilómetros de volta a Cuito- Cuanavale numa perseguição constante através da Operação Hooper. Em 1984, assina-se o 1º acordo Luanda/ Pretória para a retirada das tropas cubanas e constituir-se uma comissão especial, militar/mista, de verificação das operações de recuo. No entanto, por várias vezes, os sul-africanos regressam a Angola em apoio da UNITA, utilizando o “Batalhão Búbalo”, composto essencialmente pelas topas da “Revolta do Leste”, de Daniel Chipenda além de voluntários de várias nacionalidades, entre os quais muitos portugueses.
Foram necessários mais quatro anos com repetidas pressões internacionais, para se chegar à primeira reunião tripartida de Londres, na qual pertenciam Angola/Estados Unidos da América, Cuba e África do Sul. Seguem-se novos encontros, em Brazaville, Nova Iorque e, finalmente, a assinatura de Washington. Estes, garantidos pelos norte-americanos e soviéticos, tornaram possível a independência da Namíbia e a retirada de 55.000 cubanos estacionados em Angola, no prazo de 27 meses. Pretória anuncia a retirada total dos sul-africanos de Angola, mas em contrapartida, os Estados Unidos da América, levantam o embargo de nome “Emenda Clark” passando a apoiar a UNITA – Estava-se em Julho de 1985…
Com o início da estação seca, em Julho de 1987, e após um período de acumulação de material e grandes concentrações de infantaria, as forças armadas angolanas, as FAPLA, desencadearam uma ofensiva contra os centros vitais da UNITA em Mavinga e Jamba, conhecida como «Operação Saludando Octubre», a partir das vilas de Luena e do Cuito, contando com o apoio de artilharia pesada, de caças e bombardeiros soviéticos MIG-23 e SU-22, tanques T-62 e helicópteros de ataque ao solo MI-24/25. As forças governamentais, foram com tudo, contando com apoio de unidades motorizadas cubanas A «Operação Saludando Octubre», que envolveu a 16.ª, 21.ª, 47.ª, e 59.ª, Brigadas das FAPLA, tinha como objectivo a captura dos «SANTUÁRIOS DA UNITA» no sudeste de Angola.
A ofensiva das FAPLA colocou a UNITA numa posição insustentável; as bolsas de resistência criadas pela UNITA sob pressão contínua dos governamentais, tinham séries dificuldades em articular-se na perfeição. Perante a eventual derrocada das forças de Jonas Savimbi e a pedido deste, os sul-africanos, a partir das suas bases instaladas em território angolano e na Namíbia, desencadeiam as operações «Moduler8» e «Hooper», com o objectivo de parar a ofensiva angolana, lançando as suas melhores tropas e material militar de última geração, nomeadamente caças Mirage F1 AZ e aviões de ataque Impala, Lançadores Múltiplos de Foguetes (Multiple Rocket Launcher, MRL) e obuses G59…
Começa assim a maior batalha em África no pós 2ªguerra mundial. A Força Aérea Sul Africana (South African Air Force, SAAF) detendo o domínio do espaço aéreo no sul de Angola - o ponto fraco das FAPLA era precisamente a defesa antiaérea. O resultado foi a batalha de Cuito-Cuanavale, nome de uma vila situada na província de Cuando Cubango, numa zona de operações cruzada por vários rios, de terreno acidentado e lamacento, com cerca de 93.000 quilómetros quadrados. Esta campanha militar viria a determinar o futuro da África Austral. Após longos e sangrentos combates, o Estado-Maior das FAPLA e a Direcção Militar Soviética, a pretexto de melhorar o emprego das suas forças, decidiram que as quatro brigadas em operações se dividiam em duas colunas no caminho até Mavinga para, depois da travessia do rio Lomba, se reunirem. No entanto, este movimento viria a ser fatal para a ofensiva…
(Continua…)
O Soba T´Chingange
Sábado, 1 de Maio de 2021
MISSOSSO . XLII
ESTÓRIAS EQUECIDAS – 01.05.2021
Crónica 3144 - CHE GUEVARA NO CONGO BRAZZA - "A estória de um fracasso". Eu Furriel MIKE, estava ali tão perto de Dolisie, no lugar de Miconge Velho a comer javali com os TE´s a comer macaco… Dolisie, também conhecida como Loubomo, é uma cidade da República do Congo, capital da região de Niari QUE FICA PERTO DA FRONTEIRA Norte de Cabinda…

Por
T´Chingange no AlGharb do M´Puto
O General cubano Victor Dreke que acabou parceiro de Che Guevara na frustrada guerrilha do Congo, ainda em vida recordou: O guerrilheiro Ché, continuou a ter fãs na agora República Democrática do Congo Brazzaville. Dreke passou pelos quartéis da região; no mesmo dia da chegada, foi levado a uma casa onde estavam José María Tamayo, o "Papi", e o novo chefe da missão “Ramón” que era Che Guevara. Dreke, até ali, servia no Exército Central, na cidade de Santa Clara.
E, foi em Santa Clara de Cuba que recebeu uma proposta que o levaria a África. Aceitou participar sem saber do que se tratava. O pedido veio directamente de Fidel Castro: comandar uma missão especial recrutando 100 jovens soldados que seguiriam para um destino ainda desconhecido. O veterano Greke frisa que a adesão à guerrilha era voluntária. Quem aceitava deveria dizer à família que iria para um treino na União Soviética. Durante algumas semanas, os cem homens prepararam-se numa zona de mata sem acesso a energia eléctrica recebendo visitas frequentes de Fidel.
Naquele primeiro encontro, ele, o Ché "usava um corte de cabelo muito conservador, um grande bigode negro e um fato de tecido escuro, com uma gola dura de banqueiro e uma gravata de cores fortes", assim descreveu o escritor colombiano Gabriel García Márquez na revista Algarabía, num raro relato sobre o disfarce de Ché na ocasião”.
Sentado em um tronco feito banco, Dreke tentava entender o que se passava, enquanto "Ramón" remexia papéis na companhia de Osmany Cienfuegos, irmão de Camilo – terceiro maior nome da Revolução Cubana. O irmão de Camilo insistiu que o novo comandante não era um estranho. "Você conhece-o, “coño", exclamou! - "Companheiro, eu nunca o vi", respondeu Dreke. Foi então que Guevara se apresentou e chamou o subordinado pelo sobrenome…
Sem perceber, o futuro General passara por um teste imposto por Fidel aos homens que melhor conheciam Guevara. Era importante que nem eles conseguissem reconhecê-lo no disfarce. Com o ex-ministro prestes a entrar na clandestinidade, o regime temia que ele fosse capturado, executado e a sua morte atribuída ao Governo.
A 1 de abril de 1965, o trio formado por Ramón, Dreke e Tamayo iniciou o périplo rumo ao Congo em voos comerciais. Com passaportes falsos, passaram por Moscovo, capitais da Europa Oriental, Argel, Cairo e Nairóbi, até chegar a Dar-es-Salam, então capital da Tanzânia. De lá, seguiram para o Lago Tanganica, rota de travessia para o Congo. Com onze combatentes que se juntaram ao grupo ainda na Tanzânia, desembarcando no sudeste do Congo, a 24 de abril de 1965. O chefe, Guevara seria o "Doutor TATU", médico e tradutor.
Não foi uma escolha gratuita. Era ao contrário, confortável para Che. "Ele não ficou famoso ali como guerrilheiro, mas como médico. Como fazem os nossos na ilha e outros países, saía pela manhã visitando os lugares e distribuía os poucos medicamentos que tínhamos", relata Dreke. Nas primeiras reuniões, ele traduzia o que eu dizia. Sem entender o idioma, eu pensava: não falei tudo isso", conta Dreke, aos risos - "Ché falava francês e um pouco de outros dialectos.
Depois de sete meses, após constatar a pouca unidade dos soldados africanos e a perda de apoio internacional, Ché decidiu, contrariado, encerrar a primeira missão internacional do regime cubano. Mandou uma carta a Fidel Castro dizendo que Victor Dreke "era um dos pilares em que confiava". É assim que Che Guevara, inicia o seu relato sobre o movimento guerrilheiro que ajudou a organizar na República Democrática do Congo, em 1965, dois anos antes de ser morto na selva boliviana.
O Soba T´Chingange
Segunda-feira, 3 de Fevereiro de 2020
MUJIMBO . CXII
Matumbices do T'Ching... 02.02.2020
KIBOM é um sorvete! - BALEIZÃO era e é ainda um gelado... KAICÓ é gelo com açúcar!
Por
T´Chingange – No Nordeste brasileiro
Karl Marx gostava de Kaicó! Com sua balalaika de vestir, referia-se ao “novo homem” que deveria emergir do triunfo da ideologia comunista. Isso aconteceria depois do triunfo histórico dos oprimidos sobre os opressores. Mas, que tem o Kaicó a ver com comunistas? É que eles também gostam do Olá e do KIBOM!
A criação do novo homem, para Marx, era vista puramente em termos materialistas. O “novo homem e a nova sociedade” seriam possíveis apenas pela derrota do capitalismo. Os meios de produção como fábricas e terras, por exemplo, não deveriam ser propriedade de uma pessoa, mas de toda a sociedade. Pois é! Alguns aproveitaram-se…
No marxismo, para se chegar ao “novo homem”, é imperativo que se transformem primeiro as condições externas dos oprimidos. A história, contudo, não está do lado da visão marxista do homem - Danou-se!?
Em cada lugar em que sua revolução foi vitoriosa, quer na Rússia, na China ou em Cuba, o que se verificou não foi o surgimento do “novo homem", mas o surgimento do “novo opressor que curiosamente também gostam do KIBOM... Acho que Maduro da Venezuela, também gosta! Qual o problema do marxismo? Ele é vítima de uma visão superficial do homem porque não leva em conta o pecado... E, o mundo começou com pecado, lembram-se!
A única coisa que Nosso Senhor disse para não fazer, comer a maça - eles fizeram! A culpa é do Adão, NOÉ?! Da Eva, também! Comeram o fruto proibido não passando no teste da confiança! É por isso que agora andamos assim, desconstruídos... A auto emancipação do marxismo falha porque espera, ao mesmo tempo, muito e muito pouco: muito do homem, que consistentemente transforma sua capacidade criativa em fins de poder e, isso revolta alguns! É porque alguns são mais iguais que outros, NOÉ!?
Assim, antes de sermos brancos ou negros, ricos ou pobres, educados ou sem estudo, somos criaturas que gostamos de Kaicó, de Olá, de Baleizão ou de KIBOM sem termos de ir à loja do povo solicitar solicitudes! E, porque hoje é segunda-feira amanhã forçosamente será terça feira!? Com ou sem comunistas o tempo continuará, sabem! Elementar - Tomara que não chova, chuva molhada... Amanhã penso comer um KIBOM como se fora Baleizão... Mas, Cuba - nunca mais!... Só mesmo a Cuba libre
O Soba T'Chingange
Terça-feira, 13 de Agosto de 2019
FRATERNIDADES . CXXII
ANDO ENKAFIFADO – 06.08.2019
“A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para se dizer”. Cristóvão Colombo era um português de Cuba sim senhor!
Por
T´Chingange – Na Cuba de Colombo, no Alentejo
Meus amigos, devagar que tenho pressa! Recordo-me de no acampamento aonde dormi com meu pai quando e como brigadeiro, trabalhava na construção da ponte sobre o Rio Lucala no grande país que então era a Província Ultramarina de Angola. De ter ouvido hienas a chorar e urros distantes de leões; relembro os bidons ao redor do acampamento contendo tochas de fogo pela noite para as afugentar no distante ano de 1954, teria eu meus nove anos.
Nisto de recordações acabo por chegar ao conceito de se escrever ao jeito de Graciliano Ramos! “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra (malamba) foi feita para se dizer”. Com esse condão de elaborar um trabalho colocando no papel tudo aquilo que consegui observar na terra e nas pessoas, tentarei mostrar a sociedade actual, gente simples mas muito cheia de curiosidades. Foi um pouco a partir do nada que trabalhei a curiosidade ao descrever assuntos banais. E, fiquei também ciente de que o que toca a imortalidade é a obra e não o ser humano que perdura.
Afinal Cristóvão Colombo deu a volta ao Mundo! Suas cartas, reparos e pergaminhos devem ter ficado em um qualquer sótão que o tempo amareleceu. Vejam aqui tal ironia em seus procedimentos de honestidade, o estudo dos ventos e nós nos cordames das velas, das madeiras dos mastros e dos muitos segredos para justificar tanto sacrifício; longe estava de imaginar que numa parte deste mundo tanta gente daqui saída que agora se recorda com um Ginga Malaia, tradição trazida do Planalto do Sul de Angola pelos Xi-Colonos do Reino de Maconge; um reino que só existe em sonhos de candengues e, que no tempo se tornaram gente adulta…
Assim andei no meio de uma festa festejando a alegria, curtindo a juventude que resta, lembrando as farras do fundo do quintal da Luua, na Associação de Estudantes do Lubango e, vendo os netos dos amigos rodopiando em graçolas e risos contagiantes fingindo beber tinto e, terminando o engulo com um Plim-Plau. Assim deixando o tempo abraçar os cabelos grisalhos e os sulcos dos anos, a conversa começa do nada com um senhor na Tabena do Monte Pedral. Mais tarde seguiram-se as quase conferências nas tabernas do Arrufo, das Febras e do Lucas.
Nos últimos anos surgiram novos livros de investigação com a tese de que Cristóvão Colombo era português - de Cuba, no Alentejo - e não genovês, como conta a versão "oficial" da história. Será mesmo assim? O Núcleo de Amigos de Cuba e a Câmara Municipal organizam uma tarde de conferências no centro cultural da vila. Aqui, o luso-americano Manuel da Silva Rosa residente nos USA, argumentou que o documento aceite como testamento de Colombo, de 22 de Fevereiro de 1498, é falso.
Ora, este documento, sublinha Rosa, é o único em que Colombo aparece descrevendo-se como um tecelão de Génova. "Todos os outros documentos que falam de Génova são de terceiros", diz Manuel Rosa. "Há 200 ou 300 anos que os historiadores se apoiam neste testamento como prova de que ele era um tecelão de Itália – Um Genovês." Rosa, não está nada convencido desta tese, e explica porquê: um dia antes de morrer, a 19 de Maio de 1506, na cidade espanhola de Valhadolid, Colombo mandou chamar o notário e várias testemunhas para fazer uma adenda a um testamento que tinha feito em 1502.
Pedido a um morto - A adenda de 1506 ainda existe, no Arquivo Geral das Índias, em Sevilha; o testamento de 1502 é que já desapareceu. Em seu lugar, surgiu uma cópia do suposto testamento de 1498, apresentada por um Baltasar Colombo, cidadão de Génova, que dizia ser familiar do explorador. Afinal, estava a decidir-se uma das maiores heranças do mundo, no processo judicial que se seguiu à morte de Colombo. No testamento de 1498, Cristóvão Colombo pede a alguém já falecido, o príncipe D. Juan, filho dos reis de Espanha, que faça cumprir o documento, uma vez que o posto de almirante fazia parte da herança e eram os reis quem controlavam esses cargos.
D. Juan morre a 6 de Outubro de 1497 - quatro meses e meio antes do testamento de 1498 ter sido escrito. "Se Colombo não soubesse que D. Juan tinha morrido, ficava a dúvida. Mas temos uma prova escrita de que ele sabia." Essa prova surgiu cerca de um mês depois da morte do príncipe: os filhos de Colombo, D. Fernando e D. Diego, tinham sido pajens de D. Juan, e existe o relato de um deles a dizer que o pai os enviou, a 2 de Novembro de 1492, para servir de pajens à rainha D. Isabel.
Portanto, conclui este historiador amador, Colombo soube da morte do príncipe pelo menos um mês depois e não iria assinar um documento três meses mais tarde a pedir a um morto para cumprir o testamento. Então, se não era de Génova, era de onde? "Com tudo o que sei hoje, só pode ter sido um nobre português ou estrangeiro que veio para Portugal muito novinho aprender a língua portuguesa como materna", diz Manuel Rosa. "Ele nunca escreveu em italiano. Escrevia em castelhano com palavras portuguesas. E quando escrevia para Itália, escrevia em castelhano."
Muitos mistérios em torno de Cristóvão Colombo continuam em aberto. Onde está sepultado - na República Dominicana? - É um deles. O que foi fazer para Espanha? Foi de facto trabalhar para os reis católicos, Fernando e Isabel? Ou era um agente secreto ao serviço do rei português D. João II, para desviar as atenções espanholas da costa africana e da descoberta do caminho marítimo para a Índia? Cristoval Colon, como era conhecido Colombo em Espanha, era o nome que inventou para se proteger?
Informático de profissão, a paixão de Manuel Rosa é investigar a vida do navegador. O resultado desse trabalho encontra-se nas 638 páginas da versão portuguesa do livro O Mistério Colombo Revelado (Ésquilo), publicado em 2006. Manuel Rosa continua na peugada de Colombo, e promete trazer alguns factos novos, numa nova edição do seu livro, mais concisa e clara. Esta tese sempre foi muito atacada, principalmente pelo facto de quem a investigou não ser licenciado em História. Também como ele estou convencido a "99 por cento" de que Colombo é português. Meus compadres assim confirmam.
O nome de Ilha de Cuba é em si uma razão de peso. Assim sendo, vou fazer mais o quê? As conversas das tabernas, misturam-se na memória e sai o que sai. O anteontem misturado com o amanhã num se Deus quiser. Hoje andam por aí feitos loucos procurando bichos chamados de pokémons debaixo dos chaparros esquecendo-se daquele grande navegador. Na excitação de contar coisas e partilhar ninharias, disparamos novas como se nos estivera, e está, na massa do sangue, o de sermos todos primos; as risotas por piadas de há muito repetidas; as promessas de esperanças que por décadas estão por realizar. Os sonhos das pradarias como palhas retesando-se ao vento…
(Continua…)
O Soba T´Chingange
Terça-feira, 28 de Março de 2017
CAZUMBI . LIII
CINZAS NO TEMPO - Andamos com o credo na boca, por causas alheias e à revelia da nossa vontade …
Cazumbi é feitiço ou mau-olhado em Kimbundu
Por
T´Chingange
Gosto de fazer turismo integral; isto quer dizer que me apraz fazer o que qualquer um, cidadão, faz em seu quotidiano, aonde quer que seja. Isso não foi possível fazer em Cuba há uns bons dezasseis anos atrás. Tinhamos um guia de nome Mercedes, uma funcionária que nos dava indicações e uma outra funcionária governamental que vigiava esta. Em verdade, ambas andavam controladas por outros e pelo medo delas mesmo!
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Ficamos instalados no Malecon, marginal da baia de Cuba, lugar aonde os namorados iam passear em velhos galáxias, chevrolletes rabos de peixe prometendo coisas sonhadas ao ritmo de um bolero ou um merengue mambo caribeño. Carros que arrancavam a gasolina e depois rodando um botão passavam a consumir querosene e mistelas de graxa com biodiesel ou óleo queimado de fritar batatas!
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O cheiro era intenso e nauseabundo! O tal de “ El mujito” com hortelã era só nos sonhos escritos de Hemingway, esquinas roçadas de preguiça, casas despintadas, calles apiertadas e, umas silhuetas de “Ché el comandante”. El olor a mierda por entre los muros sim color, tambiem se hacia sentir! La Cuba romântica de los sonhadores… E, la mujer rindo com alguns dientes amarillos convidando nosotros a gozar la vida del amor. Pópilas!
Percorremos a Ilha em um autocarro conduzido por um antigo combatente em Angola; tinha feito seu serviço militar naquele paraíso, palavras que ele calcou dando a entender ser lá muito melhor que aquella isla aonde agora estávamos. A várias perguntas minhas, ele respondeu, nada! Somente que aquella era el paraíso en la tierra. Foi para mim muito confrangedor dar de regalo, oferta de coisas que sendo insignificantes para nós, para eles, Cubanos, tinham alto valor.
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Esse alto valor eram simples esferográficas bic, chinelos de dedão, roupas geans e outras insignificâncias como bonés de marca e futilidades ocidentais. Muitos dos turistas em grupo nem se apercebiam ou não o queriam ver que ali em Varadero havia um apertado controlo aos naturais de Cuba! Em verdade era um território controlado por fronteiras apertadas e aonde só entravam para além dos turistas os trabalhadores dos hotéis e outros equipamentos de captação de divisas.
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Ao turista davam uma fita colorida que era posta no pulso e, esse era sinonimo de pedir o que quer que fosse tanto de bebida como comida. Claro que isto só se verificava nesta península cheia de belas praias, passeios pelas rias em barco com visão submarina, festivais de golfinhos e outros entretenimentos para agradar os Ocidentais vindos da tapurbana europeia.
Deu para perceber que o controlo aos empregados era apertado pelas mensagens indirectas que nos transmitiam; tudo faziam para agradar e, daí advir uma gasosa extra, uma limosna, um agrado em dinheiro, sapatos ou roupa. Elas e eles enfeitavam nossas camas como se fossemos os príncipes das arábias; faziam arranjos com as roupas chamando a atenção do agrado! Sempre correria umas suplementares moedas.
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Estando agora no Brasil posso garantir estar este país a alguns anos em avanço social! Vivendo como um qualquer residente uso habitualmente o ónibus, os táxis de lotação e ando muito a pé por onde quer que seja e na maior liberdade! Em Cuba tinhamos disfarçadamente uns quantos policias à perna, cobrindo nosso itinerário e revezando-se no trajecto de forma dissimulada. Tudo parecia ser um gueto!
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O Brasil social, já nesse então estava muito para além daquela terra de Cuba aonde funcionam os comités de bairro, de trabalhadores e outros que tudo controlam. Falando com um engenheiro que nos conduzia em um ovomobile (uma moto com arranjos feito ovo e, com dois assentos para alem do condutor) a perguntas minhas foi-nos dizendo o grau de carências que vivenciavam!
Este sim! Longe dos olhos fiscalizadores disse tudo o que já sabíamos ser de ruim! Ele engenheiro de máquinas tinha de usar aquele escape para ganhar um pouco mais do que os míseros dez dólares que recebia de vencimento base por mês. Nem quis acreditar mas vim a confirmar que assim o era! Eu disse dez dólares! Minha nossa!
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Pelo que sei agora o Raul, irmão de Fidel está alugando médicos ao exterior. Há muitos no Brasil residindo com regras apertadas; a família fica lá em Cuba, uma forma de garantir o retorno e também manter-se em silêncio; ele não está autorizado a falar de sua terra e, sabe-se que aquele estado Isla Caribeña leva-lhe metade do seu vencimento senão mais. O preço daquela liberdade é bem alto! É certo que anda muita gentinha a dizer que ali sim é uma terra boa; gente que gosta de viver com agrados de servidão…Só pode! Tenho amigos que vêm aquilo como coisa de outra galáxia! E, é! Só que do lado do purgatório.
Aquele mecânico do Ovomobile foi nos dizendo que os comités de trabalhadores rurais têm de fazer permanentes relatórios dando indicação de quantos animais as famílias têm e, se porventura abaterem um boi ou carneiro sem autorização são chamados à pedra respondendo em juízo como se um crime se tratasse. Ninguém está autorizado a apanhar fruta do chão; tudo é do estado; tudo tem de ser autorizado.
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A melhor carne, o melhor marisco como lagosta e camarão é todo para a exportação! Eles ficam com as patas pró mocotó, os rins, fígado e por aí! Não admira o tal chofer que fez serviço militar em Angola ter dito que aquilo sim; era um paraíso! Ainda insinuou dúvidas do porquê de termos deixado aquela terra mas ele, nada era naquela nomenclatura comunista; o pensamento é ali uma coisa muito perigosa…
Entrei em uma loja do povo e só vi imundice entre sacos de farinha, arroz e algum feijão! As prateleiras das vendas assim parecidas como as do m´Puto lá dos anos de 1880 estavam apetrechadas com aquelas mesmas bancadas, medidas de quartilho e instrumentos de museu para ensacar farinha e grãos. Cheirava a mijo de ratos e bagulho de baratas! Estive com uma caderneta sebenta de uso em minhas mãos e, é ali que eles apontam tudo do cabaz básico a que todo o cidadão tem direito. Não deu para ficar com pena deles porque não sou galinha! Talvez mereçam viver nessa tacanha maneira de ver tudo ao jeito bucólico! Viva Cuba, pois claro!
O Soba T´Chingange
Sexta-feira, 18 de Julho de 2014
KISANJI . XVI
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA – XI de 11 Partes
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental – Barranquilla, Colombia
A expressão de dor e os olhos brilhantes de Tony diziam tudo. Mas ninguém conseguia entender os murmúrios do garoto. Tony continuava batendo no peito, fechando seus olhos com força por causa da dor intensa oriunda de seu esforço. Seus executores ficaram nervosos, sem saber o que fazer. Levantaram e abaixaram seus rifles seguidas vezes. Olharam para seu comandante, que deu de ombros. Finalmente Tony levou a mão à sua face e arrancou a mordaça que o garoto propaganda de Del Toro havia mandado pôr nele. A voz do guerreiro de 20 anos saiu num grito forte: "Atire BEM AQUI!", urrou Tony para seus boquiabertos carrascos. Sua voz foi um estrondo e sua cabeça se inclinou para trás como consequência do esforço. "Bem aqui no PEITO!", gritou Tony. "Como um HOMEM!" Tony rasgou sua blusa, bateu em seu peito e com uma forte expressão de dor gritou para seus embasbacados executores: "Bem AQUI!".
Em seu último dia de vida, quando estava na prisão, Tony recebeu uma carta de sua mãe: "Meu querido filho, quantas vezes te havia falado para não te envolveres em essas coisas... Mas eu sabia que minhas súplicas eram em vão. Sempre lutaste por tua liberdade, Tony, mesmo quando ainda eras uma criança. Eu sabia que você jamais toleraria o comunismo. Castro e Che por fim pegaram-te. Meu filho, amo-te do fundo do meu coração. Minha vida agora está em pedaços e nunca mais será a mesma. A única coisa que resta agora, Tony... é morreres como um homem". "FUEGO!!!", gritou Che. As balas despedaçaram o corpo mutilado de Tony, logo após ele ter chegado ao poste, se ter erguido por si próprio e encarado resolutamente seus assassinos. Mas o pelotão de fuzilamento de Che estava acostumado a matar pessoas que estavam de pé. Por estar sem uma perna, Tony era um alvo mais difícil. Assim, boa parte da saraivada de balas não acertou o jovem. Ainda vivo, era a hora do golpe de misericórdia.
Normalmente, um projéctil de calibre 45 é suficiente para esmagar um crânio. De acordo com testemunhas, três alojaram-se no crânio de Tony. Parece que a mão do carrasco estava tremendo muito! Mas finalmente conseguiram matá-lo. O homem que a revista Time aclama como sendo um dos "heróis e ícones do Século" adicionava mais uma vítima à sua colecção. Mais um inimigo despachado - amarrado e amordaçado, como de costume. Fidel e Che tinham por volta de 35 anos quando mataram Tony. De acordo com o Livro Negro do Comunismo, seu pelotão de fuzilamento matou outros 14.000 guerreiros da liberdade, todos devidamente amarrados e amordaçados. Muitos (talvez a maioria) de suas vítimas eram jovens por volta dos 20 anos. Alguns, eram ainda mais novos.
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FIM DO TEMA
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Segunda-feira, 7 de Julho de 2014
KISANJI . XV
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA – X de 11 Partes
Noticias de

Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental.
La Niña sofreu horrivelmente nas masmorras de Fidel (você pode ler as descrições das torturas aqui). Após ser solta, refugiou-se em Miami (na década de 60 ainda se podia sair de Cuba). Você acha que tal história é louvada por Oprah Winfrey? Acha que Hollywood está interessada em narrá-la, tendo Susan Sarandon no papel principal? Pense bem: temos aqui um dos temas favoritos dos produtores de Hollywood e das feministas em geral: a mulher brava e lutadora. Dificilmente uma mulher pode ser mais aguerrida do que Zoila Aguila, seu nome verdadeiro. Se ela tivesse lutado contra, digamos, Pinochet ou Somoza, certamente Hollywood e os editores de livros estariam dedicando toda atenção a ela. Mas, como ela lutou contra os garotos mais fotogênicos e queridos da esquerda, naturalmente ninguém queria ouviu falar dela.
Após chegar a Havana em janeiro de 1959, Che Guevara imediatamente percebeu que o fosso ao redor da fortaleza La Cabaña era uma cova perfeita para jogar seus executados. Em Babi-Yar, em Kiev, a SS de Hitler teve de cavar suas fossas. Em La Cabaña, Che Guevara havia encontrado uma já pronta. Em 1961, um garoto de 20 anos chamado Tony Chao Flores, utilizando muletas e mancando pesadamente, chegou ao local onde seria executado. Ele já havia levado 17 tiros de metralhadoras checas quando os capangas de Fidel e Che o capturaram. No caminho para esse seu local de execução, que ficava na velha fortaleza espanhola transformada em prisão e centro de execução por Che Guevara, Tony foi forçado a descer mancando, sem quaisquer condições físicas e utilizando apenas muletas, uma longa escada feita de pedras esquadradas. Tony tropeçou, caiu e foi rolando a longa escadaria, até finalmente chegar ao chão, debatendo-se e gritando de dor. Uma das pernas de Tony, completamente baleada por metralhadoras, havia sido amputada, e a outra estava gangrenada e coberta de pus. Os guardas fidelistas, gargalhando, foram em direcção de Tony para amordaçá-lo para que assim, ele parasse de gritar.
Enquanto eles se aproximavam, Tony cerrou o punho de sua única mão que ainda estava boa. Quando o primeiro vermelho se aproximou dele — BASH! — Tony desferiu-lhe um soco bem no olho. "Nunca entendi de como Tony conseguiu sobreviver àquela surra", disse Hiram Gonzalez, testemunha e ex-prisioneiro político, que observou toda a cena de sua cela na prisão de La Cabaña. O aleijado Tony quase foi morto no espancamento que se originou a seguir, envolvendo chutes, socos e coronhadas. Finalmente, seus agressores levantaram-se ofegantes, esfregando seus arranhões. Eles haviam conseguido amordaçar a boca do garoto, mas Tony conseguiu empurrar os guardas antes que eles conseguissem amarrar suas mãos. O comandante Guevara ordenou que seus capangas se mantivessem afastados de Tony estando ele ainda estirado no chão e com a boca amordaçada. Tony começou a rastejar em direção ao já estilhaçado e ensanguentado poste de execução, que estava a uns 45 metros de distância. Ele foi-se arrastando lentamente utilizando suas mãos; o toco do que restou da sua perna, ia deixando um rastro de sangue na grama. Quando chegou perto do poste, ele parou, virou-se para seus executores e começou a bater no próprio peito. Os capangas ficaram perplexos. O garoto aleijado estava tentando dizer alguma coisa. Mas sua mensagem estava abafada pela mordaça que o ídolo de Benicio Del Toro havia tornado obrigatória para suas milhares de vítimas.
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Sábado, 28 de Junho de 2014
KISANJI . XIV
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA – IX de 11 Partes
Noticias de

Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental.
Com apenas uma semana no poder, Che já havia abolido o habeas corpus. Além de afirmar que evidências judiciais eram detalhes burgueses arcaicos, ele complementava garbosamente dizendo que "executamos por convicção revolucionária!". Edwin Tetlow, correspondente do Daily Telegraph londrino em Havana, relatou sobre um "julgamento" em massa orquestrado por Che em que as sentenças de morte já estavam postadas em um quadro antes do julgamento começar. Ele assinava seu nome como "Stalin II", professava que "as soluções para o mundo estão atrás da Cortina de Ferro", e dizia confiantemente que "se os mísseis nucleares tivessem permanecido em Cuba, teríamos disparado contra o coração dos EUA, incluindo Nova York". Ele também afirmava que pela vitória do socialismo era válido ter "milhões de vítimas atômicas". Imediatamente após marchar vitorioso em Havana, Guevara saqueou e depois se mudou para aquela que provavelmente era a mais luxuosa mansão de Cuba.
O proprietário dela havia conseguido fugir do país após ser caçado por um pelotão de fuzilamento, e o repórter que escreveu sobre a nova casa de Che em um jornal cubano foi ameaçado de morte por fuzilamento. Um ano depois, milhares de cubanos foram mandados para campos de trabalho forçado sob ordens de Che, tudo baseado em seu desejo de moldar "um novo homem". Comemorou efusivamente a invasão soviética e o consequente massacre de milhões de húngaros que resistiram ao imperialismo russo. De acordo com Guevara, aqueles húngaros que lutavam pela liberdade e resistiam à escravidão eram todos "fascistas e agentes da CIA". Apesar de seus fãs dizerem pomposamente que ele foi um médico formado, ninguém até hoje, após inúmeras tentativas, conseguiu localizar qualquer histórico sobre seu diploma de medicina. Logo após ser capturado na Bolívia, Che admitiu para o comandante da operação, o Capitão Gary Prado, que ele não era médico, mas tinha "algum conhecimento de medicina".
Zoila Aguila
Em sua campanha de relocação e concentração de prisioneiros - que apequenava tudo que os britânicos fizeram aos Bóeres - os garbosos comunistas saquearam centenas de milhares de cubanos, despojando-os de suas casas e agrupando-os em campos de concentração no lado oposto de Cuba. Tive a oportunidade de entrevistar várias dessas famílias "realojadas". Uma dessas cubanas, esposa de um trabalhador rural, recusou-se a ser relocada. Após seu marido, filhos e sobrinhos terem sido todos assassinados pelo Galante Che e seus capangas, ela conseguiu apoderar-se de uma sub-metralhadora e de um pente de balas refugiando-se nas montanhas. Ela acabou se tornando uma rebelde. Os cubanos conheceram-na como La Niña Del Escambray. Ela passou um ano embrenhada nas montanhas, fugindo dos comunistas que varreram todas as localidades à sua procura. Até que um dia seu suprimento de munição acabou e os vermelhos a capturaram. Espantosamente, ela não foi executada (Che deve ter tirado um dia de folga), porém, durante anos, La Niña sofreu horrivelmente nas masmorras de Fidel (você pode ler as descrições das torturas aqui). Após ser solta, refugiou-se em Miami (na década de 60 ainda se podia sair de Cuba).
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Sábado, 21 de Junho de 2014
KISANJI . XIII
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA– VIII de 11 Partes
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental.
Ele, Che, aboliu o habeas corpus e o seu principal executor (o próprio Che Guevara) declarou que "evidências jurídicas são um arcaico detalhe burguês". Não obstante, a Escola de Direito de Harvard convidou-o como palestrante de honra e constrangedoramente irrompia em aplausos estrepitosos e ovações tumultuadas a cada três frases dele. Ele expulsou uma maior porcentagem de judeus de Cuba do que o Czar Nicolau da Rússia. Entretanto, o fundador da Shoah Foundation, Steven Spielberg, considera o jantar que teve com Fidel "as oito horas mais importantes da minha vida". Ele é o filho de um soldado europeu, branco como o lírio, que forçosamente derrubou um governo cubano em que negros ocupavam os cargos de presidente do Senado, ministro da Agricultura, ministro do Exército e Chefe de Estado (Fulgencio Batista, neto de escravos, nasceu em uma choupana com teto de palmeira). Ele encarcerou um prisioneiro político negro pelo período mais longo da história moderna (Eusebio Penalver, que sofreu mais tempo na masmorra de Castro do que Nelson Mandela sofreu nas masmorras da África do Sul). Hoje, de toda a população presa na Cuba stalinista/apartheidiana, 90% é composta por negros, ao passo que apenas 9% dos integrantes do partido estalinista dominante são negros. Ele sentenciou outros negros (Dr. Elias Biscet, Jorge Antunez) a 20 anos de prisão apenas por terem citado frases de Martin Luther King em praça pública. Não obstante, é tido como herói por negros como Danny Glover, Jesse Jackson e Charles Rangel, que não hesitam em dar-lhes fortes abraços.
Apesar de ter transformado uma nação que tinha uma renda per capita maior do que metade dos países da Europa, a menor taxa de inflação do Ocidente, uma classe média maior que a da Suíça e um enorme influxo de imigrantes em uma nação que causa repúdio até nos haitianos, Colin Powell e o London Times reconhecem "as conquistas sociais da revolução fidelista". Hoje, trata-se de um regime que prende qualquer um que tente viajar de uma província de Cuba a outra sem os devidos "papéis" fornecidos pelo estado policial, e que metralha qualquer um que tentar sair do país. Ernesto "Che" Guevara era o vice-comandante, o carrasco-chefe e o principal contacto da KGB em um regime que proibiu eleições e aboliu a propriedade privada. A polícia desse regime, supervisionada pela KGB e empregando a táctica "visita da meia-noite" e do "ataque pela manhã", capturou e enjaulou mais prisioneiros políticos em proporção à população do que Stalin e executou mais pessoas (em uma população de apenas 6,4 milhões) em seus primeiros 3 anos no poder do que Hitler (que comandava uma população de 70 milhões) em seus primeiros 6 anos.
O regime que Che Guevara ajudou a fundar confiscou a poupança e a propriedade de 6,4 milhões de cidadãos e tornou refugiada 20% da população de uma nação até então inundada de imigrantes e cujos cidadãos haviam atingido um padrão de vida maior do que o padrão daqueles que residiam em metade da Europa. O regime de Che Guevara também destroçou - por meio de execuções, encarceramentos, expropriação em massa e exílio - virtualmente cada família da ilha cubana. Muitos oponentes do regime podem ser classificados como os prisioneiros políticos mais longevos da história moderna, tendo sofrido no Gulag guevarista - campos de concentração, trabalhos forçados e câmaras de tortura - durante um período de tempo três vezes maior do que Alexander Solzhenitsyn sofreu no Gulag estalinista.
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Segunda-feira, 16 de Junho de 2014
KISANJI . XII
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA– VII de 11 Partes
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental - Colombia
Já em 1961, entretanto, operários e campesinos formavam a grande maioria dos rebeldes anti-Castro, principalmente as guerrilhas das montanhas Escambray. Quem é que já ouviu falar de camponeses pobres lutando contra seus benfeitores Fidel e Che? Antes de Castro tomar o poder, Cuba recebia mais imigrantes (principalmente da Europa) em proporção à sua população do que os EUA. E mais americanos viviam em Cuba do que cubanos viviam nos EUA. Ademais, naquela época, pneus, barris e caixas de isopor eram apenas isso, e não itens estimados no mercado negro para serem utilizados como dispositivos de flutuação marítima, sujeitando seus usuários - ingratos que fogem de seus libertadores – sujeitos a tubarões e intempéries da natureza. Em 1958, Cuba passava por uma rebelião, não uma revolução. Os cubanos queriam mudanças políticas e não um cataclismo socioeconómico. É uma questão de história o facto de que em Janeiro de 1959 os EUA deram seu reconhecimento diplomático ao regime de Fidel/Che mais rapidamente do que reconheceram o de Batista em 1952.
Os arquivos do Departamento de Estado americano também mostram que os EUA impuseram um embargo de armas ao governo Batista e se recusaram a enviar armas pelas quais o governo cubano já havia pago. Os arquivos oficiais também documentam que o embaixador americano Earl T. Smith avisou pessoalmente Batista que ele não mais teria apoio do governo americano e, recomendando-lhe que deixasse Cuba. Batista teve seu asilo político negado nos EUA. Em 2001, em uma visita a Havana para uma conferência com Fidel Castro, Roberto Reynolds, o agente da CIA para o Caribe, responsável pelo gerenciamento da Revolução Cubana entre 1957 e 1960, declarou orgulhosamente que "Eu e toda a minha equipe éramos fidelistas". Robert Weicha, ex-agente da CIA lotado em Santiago de Cuba declarou que "Todos na CIA e todos no Departamento de Estado eram pró-Castro, excepto o embaixador Earl Smith.". Não obstante, todos aprendemos nos livros da história que "Che Guevara ajudou a derrubar o ditador cubano Fulgencio Batista, que era apoiado pelos EUA".
A influência que Fidel Castro exerce sobre a “intelligentsia” só pode ser descrita como mágica, o que torna qualquer avaliação pública de seu regime por esses iluminados completamente despida de lógica. A saber: -Ele encarcerou e torturou a uma taxa maior do que Stalin e se recusa (diferentemente da África do Sul do apartheid, do Chile de Pinochet e da Nicarágua de Somoza) a permitir que a Amnistia Internacional ou a Cruz Vermelha inspeccionem suas prisões. Não obstante, Cuba ocupou a cadeira do Comité de Direitos Humanos da ONU, e quando de sua visita a Nova York como palestrante principal em 1995, a revista Newsweek aclamou Castro como "O Ticket Mais Quente de Manhattan", e a Time disse que ele era "A Celebridade de Manhattan", em referência ao enxame de pessoas da alta sociedade que o rodeavam e bajulavam pedindo autógrafos. Seu código penal ordena 2 anos de prisão para qualquer um que seja ouvido fazendo uma piada qualquer sobre ele. Não obstante, Jack Nicholson e Chevy Chase constantemente cantam-lhe glórias.
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Segunda-feira, 9 de Junho de 2014
KISANJI . XI
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA– VI de 11 Partes
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental. Uma personalidade com seriedade, sabedoria, muito atento às notícias do mundo e, sempre portador de falas agraciadas com quem dá gosto compartilhar os segredos de viver.
Utilizemos agora um estudo da ONU (ninguém menos!) sobre Cuba, de 1958. "Cuba possui uma enorme vantagem em sua integração nacional - em comparação aos outros países da América Latina - por causa de sua enorme e homogénea base de imigrantes espanhóis brancos. A pequena população negra de Cuba também é culturalmente integrada. Aqueles modos de produção feudal que existem no resto da América Latina não existem em Cuba. O camponês cubano não se parece com o camponês do resto da América Latina, que está preso à terra, é tradicionalista e se opõe às inovações que o levariam a uma economia de mercado. O camponês cubano, em todos os aspectos, é um homem moderno. Ele possui um nível educacional e uma familiaridade com métodos modernos que não é vista no resto da América Latina". Outra verdade escondida: "os trabalhadores pobres" não tiveram participação alguma na Revolução Cubana. A rebelião anti-Batista foi liderada e composta predominantemente por membros da classe média cubana, principalmente da classe média alta. Em Agosto de 1957, o movimento rebelde liderado por Fidel organizou uma "Greve Nacional" contra a ditadura de Batista - e ameaçou matar os trabalhadores que aparecessem para trabalhar. A "Greve Nacional" foi completamente ignorada.
Outra greve foi organizada para o dia 9 de Abril de 1958. E novamente os trabalhadores cubanos ignoraram solenemente seus "libertadores", comparecendo em massa para trabalhar. Eis um outro relatório, agora da UNESCO, sobre Cuba, em 1957: "Uma característica da estrutura social de Cuba é sua grande classe média", começa o relatório. "Os trabalhadores cubanos são mais sindicalizados (proporcionalmente à sua população) do que os trabalhadores americanos. O salário médio para uma jornada de 8 horas diárias em Cuba em 1957 é maior do que para os trabalhadores da Bélgica, Dinamarca, França e Alemanha. A mão-de-obra cubana recebe 66,6% da renda interna bruta. Nos EUA, esse valor é de 70% e na Suíça, 64%. 44% dos cubanos são atendidos pela legislação social, uma percentagem maior que a dos EUA." Em 1958, Cuba tinha uma renda per-capita maior que a da Áustria e do Japão. Os trabalhadores da indústria cubana recebiam o oitavo maior salário do mundo. Na década de 50, os estivadores cubanos ganhavam mais por hora do que seus equivalentes em Nova Orleães e em São Francisco.
Cuba já havia estabelecido a jornada de 8 horas diárias em 1933 - cinco anos antes de Roosevelt e seu New Deal imporem a mesma regra. E mais: um mês de férias pagas. As tão aclamadas (pela esquerda) social-democracias da Europa só conseguiram implementar esse sistema 30 anos depois. A mortalidade infantil em 1958 era a 13ª mais baixa - não da América Latina ou do Ocidente, mas do mundo. O analfabetismo já estava quase erradicado. Cuba era o país que mais gastava (23% do orçamento) com educação pública em toda a América Latina. Mais ainda: os cubanos não eram apenas alfabetizados; eram também cultos. Podiam ler George Orwell e Thomas Jefferson, bem como a arrebatadora sabedoria e cintilante prosa de Che Guevara. A rebelião anti-Batista (e não revolução), como dito, estava apinhada de universitários e profissionais liberais. Advogados desempregados abundavam (Fidel Castro, por exemplo). Observe a composição do primeiro gabinete da "revolução camponesa", composta pelos líderes do movimento anti-Batista: 7 advogados, 2 professores universitários, 3 estudantes universitários, 1 médico, 1 engenheiro, 1 arquitecto, 1 ex-prefeito e coronel que desertou do exército de Batista. Um grupo notoriamente "burguês", como poderia dizer Che.
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Segunda-feira, 2 de Junho de 2014
KISANJI . X
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA– V de 11 Partes
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental. Uma personalidade com seriedade, sabedoria, muito atento às notícias do mundo e, sempre portador de falas agraciadas com quem dá gosto compartilhar os segredos de viver.

Dezenas de milhares de jovens cubanos aprenderam que as ameaças de Che Guevara eram mais do que mera linguagem bombástica. Centenas de soviéticos da KGB e "consultores" da STASI da Alemanha Oriental, que inundaram Cuba no início da década de 1960, encontraram em Guevara um acólito extremamente zeloso. Já em meados dos anos 60, o crime de se parecer com um "roqueiro" ou ter um comportamento efeminado fez com que a polícia secreta cubana retirasse das ruas e parques de Cuba milhares de jovens e os jogassem em campos de concentração que tinham os dizeres "O Trabalho Fará de Você um Homem" em seu portão principal, bem como homens com metralhadoras localizados estrategicamente em torres de observação. As iniciais desses campos eram UMAP, mas eles em nada diferiam de um GULAG.
Nell Teixeira - Cuba antes da revolução
O mito popular é que Cuba era um país com uma economia desintegrada e que Fidel melhorou a vida dos cubanos. Será? Nos meses seguintes à revolução cubana, por exemplo, o economista tcheco Radoslav Selucky visitou Cuba e tomou um susto: "Pensávamos que Cuba fosse um país subdesenvolvido que tivesse apenas algumas refinarias de açúcar!", escreveu quando voltou a Praga. "Mas não! Quase 25% da força de trabalho de Cuba estava empregada na indústria, onde os salários eram iguais aos salários pagos nos EUA!" - Agora, eis as palavras do próprio Che Guevara em 1961, após retornar a Cuba, junto com seus subordinados, de uma longa viagem ao Leste Europeu: "Não podemos dizer que só vimos maravilhas naqueles países", admitiu Che. (Considerando-se a natural propensão do povo cubano para o sarcasmo, é provável que Che tenha dito isso em resposta às zombarias e risadas de seus subalternos, que possivelmente ridicularizaram as — para eles — patéticas condições socioeconômicas das principais capitais do Leste Europeu — as quais Cuba deveria emular!)- "É natural que, para um cubano do século XX, acostumado a todos os luxos que o imperialismo lhe deu", escreveu Che Guevara, "muito do que ele viu (no Leste Europeu) parecesse-lhe algo típico de países subdesenvolvidos".
Mas não se intimide! Logo após se tornar ministro da economia de Cuba, Guevara já tinha planejado como tirar aquele sorriso de escárnio do rosto dos cubanos. Como o Czar da economia cubana, Che transformou uma nação que tinha uma renda per capita maior do que metade dos países da Europa, a menor taxa de inflação do Ocidente, uma classe média maior que a da Suíça, um enorme fluxo de imigrantes e cujos trabalhadores desfrutavam a oitava maior taxa salarial do mundo, em uma nação que causa repúdio até nos haitianos. E isso mesmo após receberem abundantes subsídios dos soviéticos, cujo total foi igual a dez Planos Marshall (isso para uma nação de apenas 6,4 milhões de habitantes) - um feito econômico que desafia não somente as leis econômicas mas que também parece desafiar a física. Se tem uma coisa com que os exilados cubanos concordam inteiramente com Fidel e Che é que eles são ícones do Terceiro Mundo. Afinal, ambos certamente conseguiram o feito aparentemente impossível de converter Cuba em uma nação do Terceiro Mundo.
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Sexta-feira, 23 de Maio de 2014
KISANJI . IX
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA–IV de 11 Partes
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental, jornalista e ex-operador de TV na Angola colonial, a viver em Puerto Colombia, Colombia. Uma personalidade com seriedade, sabedoria, muito atento às notícias do mundo e, sempre portador de falas agraciadas com quem dá gosto compartilhar os segredos de viver.
Seus escritos revelam um jovem severamente problemático. "Minhas narinas se dilatam quando aprecio o odor acre da pólvora e do sangue. Louco de fúria, mancharei de vermelho meu rifle estraçalhando qualquer inimigo que caia em minha mãos! Com a morte de meus inimigos preparo meu ser para a sagrada luta, e juntar-me-ei ao proletariado triunfante com um berro bestial!" - O termo "ódio" era uma constante em seus escritos: "Ódio como um elemento de luta"; "um ódio que é intransigente"; "um ódio que é tão violento que impulsiona um ser humano para além de suas limitações naturais, fazendo dele uma violenta e fria máquina de matar." - Dentre suas perturbadas fantasias, a mais proeminente era a implementação de um reino continental estalinista. Para atingir esse ideal, o jovem problemático almejava "milhões de vítimas atómicas". O perturbado jovem argentino também era arredio e desprezava todos ao seu redor: "Não tenho casa, não tenho mulher, não tenho pai, não tenho mãe, não tenho irmãos. Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu".
Felizmente para ele, quando ainda era um vagabundo na Cidade do México, teve a sorte de encontrar um homem cujo julgamento sobre a psique humano era extremamente perspicaz. Este homem, um exilado cubano, diagnosticou correctamente a psicose do argentino e fez uma "intervenção" no momento certo, canalizando os talentos e anseios deste jovem problemático para fins considerados construtivos pela inteligência mundial: o estabelecimento do estalinismo. Rápidamente o argentino se viu lucrativamente empregado em Cuba. Seu intenso desejo por sangue foi amplamente satisfeito no extermínio de cubanos anticomunistas, uma espécie mamária que os iluminados de todo o mundo consideram uma peste insuportável. De início, o perturbado jovem argentino assumiu o papel de principal executor dos homicídios em massa de cubanos indefesos, estraçalhando os crânios de suas vítimas - que jaziam convulsionadas no chão - com tiros de sua própria pistola. Mas dado o aumento no volume de serviço, a tarefa acabou se tornando fatigante, o que fez com que o argentino designasse alguns capangas cubanos para o trabalho, facilitando dessa forma a matança em série.
Não que ele se tenha distanciado da carnificina. Em realidade, ele se deliciava tanto com o processo que uma janela especial foi construída em seu escritório, permitindo que ele visse e se regozijasse com a orgia sangrenta no campo logo abaixo de sua janela. Em um famoso discurso em 1961, Che denunciou o "espírito de rebeldia" como sendo algo "repreensível". "A juventude deve abster-se de questionar de modo ingrato as ordens governamentais", ordenou Guevara. "Em vez disso, ela deve se dedicar completamente aos estudos (marxistas), ao trabalho (para o governo) e ao serviço militar (para matar os desobedientes)". E ai daqueles jovens "que ficarem acordados até tarde da noite e chegarem atrasados para o trabalho (forçado pelo governo)". Os jovens, escreveu Guevara, "devem aprender a pensar e a agir como uma massa única". "Aqueles que escolherem o próprio caminho" (como deixar o cabelo crescer e ouvir música imperialista ianque) serão denunciados como "dejetos" e "delinquentes". Em seu famoso discurso, Che Guevara até mesmo jurou "fazer com que o individualismo desapareça de Cuba! É criminoso pensar como indivíduos!"
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As opções de T´Chingange
Sábado, 10 de Maio de 2014
KISANJI . VIII
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA - III
Noticias de
Nell Teixeira - Funcionário da Fundación Campbell e Gestão ambiental, jornalista e ex-operador de TV na Angola colonial, a viver em Puerto Colombia, Colombia. Uma personalidade com seriedade, sabedoria, muito atento às notícias do mundo e, sempre portador de falas agraciadas com quem dá gosto compartilhar os segredos de viver.
Johnny Depp gosta de ostentar o rosto de Che em seus pingentes, blusas e bandanas. Tivesse ele nascido duas décadas antes em Cuba e tentasse ostentar esse estilo rebelde que lhe é peculiar, certamente teria sido enviado para um campo de concentração, onde seria obrigado a cavar fossos e túmulos - um sistema que foi criado pela primeira vez na América Latina exactamente pelo homem glorificado em seus adornos, Che. Já o célebre historiador Benicio Del Toro, que acaba de estrelar um filme no papel de seu herói, diz que "Che foi um daqueles caras que falavam e faziam. Era coerente. Sempre tem algo de grife em pessoas assim. Quanto mais vou conhecendo Che, mais o respeito". Aparentemente Del Toro se entusiasmou tanto com a imagem grife de Che que se esqueceu de examinar seu histórico, como comprova esse constrangedor vídeo em que uma jornalista cubana radicada em Miami humilha Del Toro, expondo toda sua ignorância sobre o passado de Che. Nenhuma pessoa em seu perfeito juízo vestiria uma camiseta estampando o rosto de Che. E nenhuma pessoa decente toleraria essa camisa em seus arredores. Porém, a gravura de Che Guevara é considerada a imagem mais reproduzida do século, embelezando desde camisetas e pôsteres, até biquínis e skates, passando por celulares e fraldas. Hollywood o glorifica em grandes produções e a revista Time o celebra como um ícone da mesma grandeza de Madre Teresa.
Che e Fidel Castro
Nell Teixeira - Quem foi Che Guevara?
Mas como um sujeito horrendo, vazio, estúpido, sádico e epicamente idiota conseguiu um status tão icónico? A resposta é que esse nómada psicótico e completamente inexpressivo chamado Ernesto Guevara teve a magnífica sorte de associar-se ao maior assessor de imprensa da história moderna, Fidel Castro, que por meio século sempre foi capaz de manter toda a imprensa mundial diligentemente à espera de diretivas, correndo para ele a cada chamado seu, como pombos treinados. Caso Ernesto Guevara De La Serna y Lynch não se tivesse juntado a Raul e Fidel Castro na Cidade do México naquele fatídico verão de 1955; caso ele não se tivesse associado, um ano antes, a um exilado cubano na Guatemala chamado Nico Lopez, que mais tarde o apresentou a Raul e Fidel Castro na Cidade do México; tudo indica que Ernesto continuaria vivendo sua vida de viajante vagabundo, mendigando e molestando mulheres, dormindo em albergues inabitáveis e escrevendo poesia ilegível.
"
Estou aqui nas montanhas de Cuba sedento por sangue", escreveu Che para a sua esposa abandonada em 1957. "Querido pai, hoje descobri que realmente gosto de matar", escreveu logo depois. O detalhe é que essa matança de que ele gostava, muito raramente era feita em combate; o que ele gostava mesmo era de matar à queima-roupa homens e garotos amarrados e vendados. "Quando você via aquele olhar extasiado em sua face, enquanto as vítimas eram amarradas aos postes e logo em seguido estouradas", disse a esse escritor um ex-prisioneiro político, "você percebia que havia algum distúrbio seriamente grave em Che Guevara". De fato, a única façanha genuína na vida de Che Guevara foi o homicídio em massa de homens e garotos indefesos. De sua própria arma, dezenas morreram. Sob suas ordens, milhares foram aniquilados. Em tudo o mais que fez, Che fracassou abismalmente, até hilariantemente. (Em um episódio cómico, durante a invasão da Baía dos Porcos, Che e seus homens estavam em um lugar completamente diferente da parte da ilha em que estava ocorrendo a acção. Mesmo assim, alguns exilados cubanos mandaram em sua direcção um pequeno barco carregado de fogos de artifício, uma mera táctica de distracção. O despreparado Che, liderando seus homens para uma ofensiva contra um barco completamente vazio, conseguiu a façanha de atirar em si próprio, acertando sua mandíbula. Deve ser um caso raro de um soldado que se fere sozinho com sua arma quando não há inimigo algum por perto...)
Kissanji: - Instrumento musical - tábua de forma rectangular, onde se fixam umas palhetas de metal que accionadas transmitem sons (Angola).
(Continua…)
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Domingo, 4 de Maio de 2014
KISANJI . VII
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA-II
As escolhas de
Nell Teixeira
Por outro lado, a revista Time, por exemplo, classificou honrosamente Che Guevara como uma das "100 Pessoas Mais Importantes do Século". Não satisfeitos com tão incompleto louvor, também o colocaram na sessão "Heróis e Ícones", ao lado de Anne Frank, Andrei Sakharov, Rosa Parks e Madre Teresa. Daqui em diante, as ironias vão ficando mais ricas. A mais popular versão da camiseta e do poster de Che, por exemplo, ostenta o slogan "Lute Contra a Opressão" sob sua famosa face. Essa é a face de um homem que fundou um regime que encarcerou mais de seu próprio povo do que Hitler e Stalin, e que declarou que "o individualismo deve desaparecer!". Em 1959, com a ajuda dos agentes soviéticos da GRU, o homem celebrado naquela camiseta ajudou a fundar, treinar e a doutrinar a polícia secreta cubana. "Sempre interrogue seus prisioneiros à noite", ordenava Che a seus capangas. "A resistência de um homem é sempre menor à noite". Hoje, um mural com o retrato de Che - o maior do mundo - adorna o Ministério do Interior, que é o quartel-general da KGB cubana - a polícia secreta treinada pela STASI. Nada poderia ser mais apropriado.
O boxeador Mike Tyson costumava comemorar suas vitórias erguendo seus braços em triunfo. Em 2002, ele visitou Cuba e tatuou uma enorme imagem de Che em seu dorso. Desde então, ele tem sido horrível e impiedosamente surrado em absolutamente todas as suas lutas, um processo que é uma mímica perfeita do histórico de combate de seu ídolo. Que Mike Tyson aprenda: Che era de fato muito proficiente em castigar seus inimigos, milhares deles, mas somente após estes estarem devidamente amarrados, amordaçados e vendados — e creio que a Federação Nacional de Boxe não vai permitir isso. Quando a intelligentsia e todo o beautiful people presente no Festival de Cinema de Sundance (que incluía variedades como Al Gore, Sharon Stone, Meryl Streep e Paris Hilton) explodiu numa extasiante ovação ao filme Diários de Motocicleta, eles estavam aclamando um filme que glorificava um homem que havia encarcerado ou exilado os melhores escritores, poetas e cineastas independentes de Cuba, ao mesmo tempo em que transformava a imprensa e o cinema - tudo sob a mira de metralhadoras tchecas - em agências de propaganda do regime stalinista.
O produtor executivo do filme, Robert Redford (que sempre inicia os festivais discursando longamente sobre a importância da liberdade artística), foi obrigado a exibir o filme para Fidel Castro e para a viúva de Che (que chefia o Centro de Estudos Che Guevara, em Cuba) antes de seu lançamento oficial, para ver se ambos aprovariam o resultado. Até onde se sabe, não houve gritos e protestos de "censura!" e "vendido!" para Redford. As tietés de Che são muitas e variadas. Christopher Hitchens, por exemplo, se maravilha com a "indomável rebeldia" de Che e nos assegura em seu mesmo artigo no New York Times que "Che não era um hipócrita". "1968” - Na verdade começou em 1967, com a morte de Che", reconta Hitchens. "Sua morte significou muito para mim, e para muitos como eu, na época. Ele era um modelo para todos".
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Segunda-feira, 28 de Abril de 2014
KISSANJI - VI
IDOLATRIA - O VERDADEIRO CHE GUEVARA- I
As escolhas de
Nell Teixeira
Ernesto Guevara de la Serna, conhecido como "Che" Guevara, foi um político, jornalista, escritor e médico argentino-cubano. Guevara foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana.
Há quase 50 anos, Ernesto "Che" Guevara recebeu uma grande dose de seu próprio remédio. Sem qualquer julgamento, ele foi declarado um assassino, posto contra um paredão e fuzilado. Historicamente falando, a justiça raramente foi tão bem feita. O ditado de que "tudo o que vai, volta" expressa bem uma situação igual a esta. "Execuções?", gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembleia-geral da ONU, a 9 de Dezembro de 1964. "É claro que executamos!", declarou o ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. "E continuaremos executando enquanto for necessário! Estamos em uma guerra de morte contra os inimigos da revolução!" De acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses de esquerda (ou seja, dificilmente uma mera publicação "direitista" ou de "fanáticos anticastristas de Miami"), ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960.
Não custa lembrar: (Slobodan Milosevic, foi a julgamento por ter ordenado 8.000 execuções. A mesma ONU que aplaudiu delirantemente a orgulhosa declaração de Che Guevara condenou Milosevic por "genocídio"). "Os fatos e números são incontestáveis", escreveu precisamente o New York Times, ícone da esquerda, sobre o "Livro Negro do Comunismo". Jose Vilasuso, um cubano que à época era promotor dos julgamentos comandados por Guevara, fugiu horrorizado e enojado com o que presenciou. Ele estima que Che promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña. Um padre basco chamado Laki de Aspiazu, que sempre estava à mão para ouvir confissões e fazer a extrema unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento durante esse período. Já o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che ainda em 1954, escreveu em seu livro "Yo Soy El Che!" que o número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892. Em seu livro, Che Guevara: A Biography, o autor Daniel James escreve que o próprio Che admitiu ter ordenado "milhares" de execuções durante o primeiro ano do regime de Fidel Castro. Felix Rodriguez, o agente cubano-americano da CIA que ajudou a caçar Che na Bolívia e que foi a última pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua última conversação, admitiu "algumas milhares" de execuções. Mas fez pouco caso delas, dizendo que todas as vítimas eram "espiões imperialistas e agentes da CIA".
"Eu não preciso de provas para executar um homem", gritou Che para um funcionário do judiciário cubano em 1959. "Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!" As vítimas do regime fidelista, os "inimigos da revolução", foram uns dos mais empreendedores e valentes lutadores do século XX, junto com os Guerreiros da Liberdade Húngaros. Eles lutaram valente e desesperadamente, mesmo sabendo que praticamente não tinham chances. Eles lutavam até a última bala; e, normalmente, lutavam até a morte. No final, eram capturados, amordaçados e fuzilados por Che e seus seguidores. Os poucos sobreviventes vivem hoje em lugares como Miami e Nova Jersey, e podem ser considerados os prisioneiros políticos mais longevos e sofridos da história moderna. Porém, se você procurar sobre a história deles na grande mídia, sua empreitada será em vão. Afinal, eles lutaram contra a fina-flor do esquerdismo chique. Sendo assim, o heroísmo deles não é considerado um drama politicamente correcto.
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Sábado, 29 de Março de 2014
CAZUMBI . XL
VENEZUELA - Ocupação cubana . 3ª de 3 partes
Noticias de
Nell Teixeira
Gentileza: CAFÉ DA NOITE BLOG-O banco de dados está agora muito mais sofisticado, e o que é pior, é a informação que lida directamente com o regime de Havana
"Tudo aparece nestas listas. Quer comprar um carro? Não é registado, qualquer transacção que você faz é gravada, sabem seu endereço e, sabem até se você comprou um apartamento. Sabem as escolas aonde estão seus filhos, se você tem um passaporte, bem como o número do seu cartão ", disse a mesma fonte. "Eles usam essa informação para intimidar as pessoas. Aos cubanos, foram entregues pelos Venezuelanos, nada menos do que a privacidade de seus cidadãos. Nós, lhes permitimos entrar em nossas casas, e invadir a nossa privacidade ", disse a fonte.
A cultura do medo também é prevalecente em instalações militares onde os oficiais venezuelanos são monitorados e, por vezes questionadas pelos cubanos. "Um soldado tem medo de falar com outro policial, porque ele não sabe se vai ser traído. Está instalado o memo ambiente que governou a Europa Oriental no período da Guerra-fria; é a atmosfera que prevalece em Cuba ", disse ele. E o uso de mecanismos de controlo tende a aumentar nos próximos meses, à medida que aumentam os problemas de um Maduro politicamente fraco, que olha para os desafios à sua legitimidade com a crescente agitação social.
Com o correr do tempo, Maduro, vê-se assim inclinado a restringir cada vez mais as liberdades, aproximando-se ao controle social implementado em Cuba. Blogueira cubana - "Yoani Sanchez disse recentemente que os venezuelanos estão ficando como pássaro em gaiola e, se eles não contestam lutando, acabarão comendo alpista", lembrou Arria.
(Segue… Podridão, crime e infâmia)
As escolhas de
Kimbo Lagoa
Terça-feira, 22 de Outubro de 2013
KISANJI . I
"CAFE DA NOITE"
CUBA . LA ISLA DEL DESESPERO… Ven y mira!...
Gentileza de Nell Teixeira (Colombia)
Quizás una de las cosas que más impresiona al visitante o al cubano, que lleva un tiempo fuera y visita la isla... son los rostros de las personas, reflejan la falta de esperanza, el desencanto, la depresión generalizada de la población, la deteriorada salud fisica y mental del cubano, la mirada perdida, la obstinación, el miedo, rostros de indigentes, rostros de hambre, de falta de espiritu... rostros que lo dicen todo, un pueblo sofocado. El miedo es flagelante, desmoralizante... el hambre también... un gobierno que obliga al ser humano a ser pobre, gobierno asesino de ilusiones, asesino de sueños, asesino de la esperanza. Esto es lo que queda del pueblo cubano, otrora uno de los pueblos más alegres del mundo.
El Malecon de Havana
Eh... AMIGO !
dicen todos sin parar
lo utilizan tanto y tantos
que la palabra en sí
pierde su valor y
sin embargo,
qué grato es que
te llamen amigo
AMIGO
aunque sólo sea
para obtener un jabón
o pedirte un caramelo.
AMIGO, AMIGA
qué bonita palabra
¡¡¡qué gran sentimiento!!!
y ¿cómo puede ser?
que en tan poco tiempo
uno se aleje con el sentimiento
que atrás dejó
un amigo de verdad
tal vez fue mentira
tal vez... sólo interés
el tiempo lo demostrará
y yo, mientras tanto,
prefiero pensar
que no hubo engaño

Mi corazón se partió
al ver tanta necesidad.
Mis ojos se humedecen
cuando me pongo a pensar
y mi pensamiento se pierde,
en mi mirar, al recordar
Sé que debo vivir
en mi realidad
y así lo haré
pero jamás les olvidaré
AMIGO, AMIGA
qué grato es pensar
que alguien, con cariño,
así te recordará
Montse Breva - Barcelona - Turista de España que visitó Cuba
Kissanji - É construído sobre uma tábua harmónica com poucos centímetros de espessura, de forma rectangular, onde se fixam uma série de lamelas que podem ser de bambu ou metal, cada uma com um tamanho diferente produzindo notas distintas, presas a um cavalete metálico. Por cima do cavalete é colocado um travessão, no sentido transversal, apertado por ganchos. As lamelas, regra geral, são espatuladas ligeiramente levantadas dos lados. A sua construção varia consoante a região e a etnia, podendo ou não usar caixa de ressonância, as escalas também variam consoante o numero de lamelas.
As opções de
Soba T´Chingange
Sábado, 9 de Março de 2013
XICULULU . XXIX
AS ESCOLHAS KIMBO
Opção de
IRENO SCHULZ
Se for verdade um brinde aos irmãos Castro...
Hoje, finalmente, sabe-se a verdade sobre a doença de Chavez. Ele tinha um Ramdomiossarcoma do músculo Psoas, que foi diagnosticado, erroneamente, pelas sumidades médicas cubanas, como Câncer de Cólon. Ao invés de radioterapia ou ressecção cirúrgica do tumor, que poderia, inclusive, ter sido extirpado, foi submetido à quimioterapia, totalmente inócua para esses casos.
Um potente flexor da coxa na altura da articulação do quadril (psoas maior) e um fraco flexor do tronco e região lombar da coluna vertebral (psoas menor). A palavra psoas é derivada do Grego "psoa" significando "músculos da região lombar". É uma região comum de infecção que se manifesta como um abcesso (abcesso do psoas). Os músculos psoas e suas fibras também são frequentemente utilizados em experimentos envolvendo fisiologia muscular.
Hugo Chavez
Moral da história: o tumor recidivou e surgiram as metástases. Se tivesse ido, inicialmente, para o Sírio Libanês do Brasil, Einstein ou, ainda, para um Hospital de Houston especializado nesse tipo de neoplasia, Chavez, poderia estar em forma e fazendo das suas. Devemos, portanto, agradecer à medicina cubana ter livrado o mundo de mais um tirano. Agora é aguardar a carnificina entre seus prováveis sucessores. Vai ser uma luta pelo poder, com as inevitáveis acusações de traição de parte a parte, sem falar nas possíveis mortes acidentais. O melhor, mesmo, é assistir ao acto final de camarote e a uma boa distância dos companheiros bolivarianos. Obrigado, Fidel e Raul, pelo inestimável serviço prestado à humanidade.
Xicululu: - Olharapo; Olhar de esguelha; mau-olhado; olho gordo
Soba T´Chingange
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2013
MULUNGU . XXXIV
Cancro do Pulmão. Cura, mesmo quando em estado avançado.
Cuba
Cuba registou a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão nesta semana, após testar sua eficácia em mais de 1.000 pacientes. Não foram registrados efeitos colaterais.
O câncer ou cancro do pulmão é uma doença caracterizada pelo crescimento celular descontrolado em tecidos do pulmão. Se não for tratado, esse tumor pode se espalhar para fora do pulmão por um processo chamado de metástase, acometendo órgãos adjacentes e, eventualmente, se disseminando para outras partes do corpo. A maioria dos tumores que começam no pulmão, conhecidos como tumores primários de pulmão, são carcinomas derivados de células epiteliais.
A vacina nomeada CimaVax EGF foi criada após mais de 15 anos de pesquisas. A chefe do projeto, Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular de Havana, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma "doença crônica controlável".
O registo permite usar a vacina maciçamente no país e "atualmente ele avança para outras nações", disse a especialista. - A vacina é baseada em uma proteína que todos temos e que está relacionada com os processos de proliferação celular. Quando há câncer, [essa proteína] está descontrolada.
Gisela explica que foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo. A vacina é aplicada no momento em que o paciente conclui a terapia com radioterapia e quimioterapia. Ela ajuda a controlar o crescimento do tumor sem causar toxicidade, explica a pesquisadora.
O Soba T´Chingange
Sábado, 27 de Fevereiro de 2010
TUNDAMUNGILA -IV
FÁBRICA DE LETRAS DO KIMBO
O SAPO CURURU
Presto com esta crónica uma homenagem ao Cubano Orlando Zapata, que depois de 42 dias em greve de fome na prisão política de Havana, morreu encarquilhado de revolta. Não viu a liberdade que pretendia. Merece um justo lugar no nosso coração.
Orlando Zapata
Tenho de escrever isto agora porque nos momentos em que me esqueço faço intervalos. A cadeia misteriosa que vai unindo uma coisa à outra leva a que de pequenos nadas da vida se formem num caso, uma estória dum tempo coincidente onde nada acontece por acaso.
Matei uma mosca e não demorou muito tempo, quase nada, apareceu uma pequena formiga andando feita tonta, como perdida num deserto até que se encontrou com aquela mosca ainda mechendo, debelitando-se nos esgares da morte. Serà que têm sentimentos? Não importa, a formiguinha iniciou a ardua tarefa de deslocar a mosca mais de dez vezes superior a ela, em tamanho e peso, e deu-me que pensar.
Quando em tempos passei por uma aldeia nos Açores e vi aqueles putos moncosos de rostos rosados ensaibrados, ranhosos até aos tornozelos, crianças semi sem nada, pulando descalços por entre paredes despintadas, esfolando penúria alguém próximo disse: O pobre é igual à minhoca, quando sai da merda, morre. Fiquei chocado com aquele Chiste, mas o passeio das hortenses não podia ser estragadas por uma tão reles boca.
A pobreza, ali em Rabo de Peixe vestia-se de verdade, retrespassava a derme da sensibilidade, clamando justiça social; o “verdelho” afugentava o dever de cumprir as voluntariosos obrigações aos seus progenitores.
Dei-me conta com o tempo, sizudo de que os pobres têm poucas oportunidades para se manifestarem; quando falam, ninguém os escuta; quando alguém escuta, a resposta é a de que nada pode ser feito, e quando lhes dizem que algo pode ser feito, isso nunca acontece.
A importância de enfrentar a desigualdade e a pobreza espelham-se nas diferênças de opinião sobre suas origens. De um modo geral quem se preocupa com a desigualdade pensa que em boa parte dela está na origem da sorte. Aqueles que menos se preocupam, acham que a riqueza é uma recompensa ao trabalho.
Neste conflito de ideias, conceitos e preconceitos aparece no quintal o já habitual sapo cururu, quase do tamanho de um palmo, acastanhado com pintas amarelas nas costas.
Com mais medo que respeito pergunto ao sapo o que achava desta barafunda de pensamento e eis que, imaginem,... o sapo fala-me numa lingua estranha. Verdade!

Num tom grave parecia querer comunicar qualquer coisa só que gargarejava uma fala estranha mais parecendo árabe. Deu-me vontade de espremer o bicho grosseiro mas lembrei-me num repente que em suas costas, possui umas glândolas que secregam uma substância leitosa, uma composição de muitas tóxinas e por via disto contive os meus ânimos.
Fiquei por aqui, interposto entre verrugas sociais, na contingência de perder as estribeiras e eliminar um ser necessário na natureza, que come minhocas que também são necessárias ao arejamento das terras, do meu quintal.
Voltei ao início. - Um pobre é igual à minhoca, quando sai da merda, morre.
Cedi à natureza as entrelinhas indecifráveis da indiferênça, comendo açorda de poejo com queijo de cualho e salada de beldruegas, consoante com a misera aposentação.
Com cepticismo seguindo indicações do sapo, ajoelhei-me ao seu lado. Ambos, virados para Meca, à maneira de cada qual rogamos a toda a gente, e a todos os bichos a conjugar o seu verbo com humildade.
( Continua....)
O Soba T´Chingange
Domingo, 24 de Janeiro de 2010
UM GRITO DE CUBA
POR AMISTAD
Yoani desde Cuba
Generación Y es un Blog inspirado en gente como yo, con nombres que comienzan o contienen una "i griega". Nacidos en la Cuba de los años 70s y los 80s, marcados por las escuelas al campo, los muñequitos rusos, las salidas ilegales y la frustración. Así que invito especialmente a Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky y otros que arrastran sus "i griegas" a que me lean y me escriban.
Mi perfil

Yoani Sánchez
La Habana, 1975
Estudié durante dos cursos en el Instituto Pedagógico la especialidad de Español-Literatura. En el año 1995, me trasladé a la Facultad de Artes y Letras donde terminé, después de cinco años, la especialidad de Filología Hispánica. Me especialicé en la literatura latinoamericana contemporánea y discutí una incendiaria tesis titulada “Palabras bajo presión. Un estudio sobre la literatura de la dictadura en Latinoamérica”. Al terminar la Universidad había comprendido dos cosas: la primera, que el mundo de la intelectualidad y la alta cultura me repugnaba y la más dolorosa, que ya no quería ser filóloga.
En septiembre del 2000, me fui trabajar a una oscura oficina de la Editorial Gente Nueva, mientras arribaba al convencimiento –compartido por la mayoría de los cubanos- de que con el salario ganado legalmente no podría mantener a mi familia. De manera que, sin concluir mi servicio social, pedí la baja y me dediqué a la mejor remunerada labor de profesora de español –freelance– para algunos turistas alemanes que visitaban La Habana. Era la etapa (prolongada hasta el día de hoy) en que los ingenieros preferían manejar un taxi, los maestros hacían hasta lo imposible por trabajar en la carpeta de un hotel y en los mostradores de las tiendas te podía atender una neurocirujana o un físico nuclear. En el 2002, el desencanto y la asfixia económica me llevaron a la emigración en Suiza, de donde regresé –por motivos familiares y contra la opinión de conocidos y amigos– en el verano del 2004.
En esos años descubrí la profesión que me acompaña hasta hoy: la informática. Me di cuenta que el código binario era más transparente que la rebuscada intelectualidad y que si nunca se me había dado bien el latín al menos podría probar con las largas cadenas del lenguaje html. En el 2004 fundé junto a un grupo de cubanos –todos radicados en la Isla– la revista de reflexión y debate Consenso. Tres años después trabajo como webmaster, articulista y editora del Portal desde Cuba.
En abril de 2007 me enredé en la aventura de tener un Blog llamado Generación Y que he definido como “un ejercicio de cobardía” que me permite decir en este espacio lo que me está vedado en mi accionar cívico.
Para sorpresa mía, esta terapia personal ganó, en poco tiempo, la atención de miles de personas en todo el mundo. Gracias a la red ciudadana y virtual que se ha tejido alrededor de GY, he podido seguir actualizando este blog cada semana. Desde marzo de 2008 el gobierno cubano implementó un filtró informático que impide ver mi bitácora en los sitios públicos de Internet en Cuba. De manera que necesito de la solidaridad de amigos fuera de la Isla para colgar mis textos en la red. Gracias también a otros colaboradores voluntarios, Generación Y está traducido a quince lenguas.
Mi exorcismo personal también me hizo ganar en mayo de 2008 el premio dePeriodismo Ortega y Gasset en la categoría de trabajo digital. Fui seleccionada por la revista Time entre las 100 personas más influyentes del mundo en la categoría “Héroes y pioneros” y mi bitácora fue incluida entre las 25 mejores blogs del mundo, en una selección hecha por esa misma revista junto a la CNN. Merecí el premio del jurado en el concurso español Bitácoras.com y el máximo galardón en los connotados premios The BOBs, que incluyen a más de 12 mil participantes de todo el mundo. La revista semanal del periódico El País publicó en su edición del 30 de noviembre una selección de los 100 hispanoamericanos más notables del año; la revista Foreign Policy eligió en diciembre los 10 intelectuales más importantes del año y otro tanto hizo la prestigiosa revista mexicana Gato Pardo. Esta modesta servidora está incluida en todas esas enumeraciones. ¡Mucho más de lo que podría haber soñado cuando comencé a unir frases para subir mi primer post!
Vivo en La Habana, he apostado por quedarme y cada día soy más informática
y menos filóloga.
Com grande admiração
O Soba T´Chingange