DIAS GREGOS – PARA AGITAR AS MENTES ESQUECIDAS
As escolhas do Kimbo
Fonte: Diário de Lisboa/Fundação Mário Soares
GREGOS - Grandes amigos nossos!!!
Eu já não me lembrava deste facto. Se cheguei a dar por ele, há muito o tinha esquecido. Pesados os factos que vão chegando ao meu conhecimento, a conclusão a que chego agora, o meu sentimento de solidariedade está no mínimo abalado. E, sendo assim, os Gregos colectivamente falando, não são flores que se cheirem! O nosso mundo é, na realidade muito imperfeito e, senão vejamos: Em 1985 quando a Grécia exigiu mais dinheiro para aceitar Portugal na CEE foi assim: - Portugal e Espanha negociavam em Bruxelas a adesão à CEE, mas na altura contavam com um opositor de peso: a Grécia. Os Ibéricos entravam se os gregos recebessem mais fundos!
A manchete do Diário de Lisboa a 28 de Março de 1985 era clara: o acordo estava por um fio “Gregos mantêm veto contra alargamento”. Era esta a manchete do Diário de Lisboa a 28 de Março de 1985, quando Portugal e Espanha discutiam em Bruxelas a entrada na Comunidade Económica Europeia (CEE), antecessora da União Europeia. Era a Europa dos 10, antes de se tornar o clube dos 12 em 1986. Convencer os gregos, contudo, não foi fácil: O então primeiro-ministro, Andreas Papandreou, exigia mais fundos europeus para a Grécia, como moeda de troca para aceitar o alargamento (chantagem).
O processo de adesão de Portugal e Espanha estava há muito encima da mesa, mas os gregos levantaram, desde o início, várias objecções, sobretudo em relação às dificuldades de competitividade económica que iriam enfrentar caso Portugal e Espanha entrassem na Comunidade. Em finais de Março, as negociações continuavam difíceis: “A Grécia entende que a sua economia não poderá fazer face ao alargamento da Comunidade sem receber os subsídios propostos pela Comissão e não aprovados para desenvolver as regiões agrícolas mais atrasadas”, escreveu o Diário de Lisboa na altura.
Um dia mais tarde, a 29 de Março, as principais divergências eram sanadas e o acordo celebrado com “tostas e vinho espanhol”. O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Giulio Andreotti, que liderou as negociações, foi recebido com cânticos pelos jornalistas espanhóis quando entrou na sala para revelar a boa-nova:“-Tenho o prazer de vos anunciar que agora temos uma Europa dos ”Doze'”, disse Andreotti na conferência de imprensa, ladeado pelo seu homólogo espanhol, Fernando Môran, e pelo ministro das Finanças português, Ernâni Lopes.
O ministro português viria, depois, a afirmar que Portugal tinha conseguido “resultados de primeira grandeza que nos permitem encarar melhor o futuro da economia portuguesa a médio-prazo”. O “preço” que os gregos exigiram para não avançarem com o veto, uma decisão anunciada desde a cimeira de Dublin em 1984, seria conhecido na edição seguinte do jornal. “Preço do veto grego fixado esta tarde” era o título da manchete do Diário de Lisboa. O jornal explicava que a “Grécia fez depender a retirada do seu anunciado veto do aumento da ajuda às suas regiões mais desfavorecidas através dos PIM [Programas Integrados do Mediterrâneo]”. Na prática, os gregos exigiram como contrapartida para aceitar a entrada de Portugal e de Espanha na CEE “um auxílio adicional no quadro das verbas para os PIM: dois mil milhões de dólares (cerca de 350 milhões de euros). Qualquer coisa como 1.750 milhões de euros, foi o preço do “SIM” da Grécia. Isto convém não esquecer!…
Muxoxo: é uma espécie de estalo que se dá com a língua aplicada ao palato, em sinal de desdém ou contrariedade.
As escolhas do Soba T´Chungange
CINZAS NO TEMPO - Primeiro-ministro, Alexis Tsipras, avisou que escolha seria entre o acordo com os credores e a bancarrota e a saída do euro.
As escolhas de Kimbolagoa
O Parlamento grego aprovou esta quarta-feira à noite o acordo com a zona euro para um terceiro plano de resgate, com 229 votos a favor, 64 contra e seis abstenções.
Fonte: Renascença
O programa com mais medidas de austeridade e reformas polémicas em vários sectores recebeu "luz verde" dos deputados após várias horas de intenso debate. Entre os deputados que votaram contra está o antigo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que esta quarta-feira comparou o acordo a um "novo Tratado de Versalhes". O ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, e a presidente do Parlamento, Zoe Konstantopoulou, também rejeitaram o entendimento. Um total de 39 deputados do Syriza e dos Gregos Independentes, os partidos da coligação no poder, rejeitaram o acordo com as instituições internacionais, avança a comunicação social grega.
À saída do Parlamento, o ministro da Energia disse aos jornalistas que continua a apoiar o Governo, apesar do voto contra, e não defende a realização de eleições antecipadas. Panagiotis Lafazanis admite colocar o lugar à disposição, se for essa a vontade do primeiro-ministro. Tsipras não se demite. Remodelação pode avançar. O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, considera que tem condições para continuar no cargo apesar da contestação interna, avança fonte oficial do Governo à comunicação social grega. Tsipras acredita que vai conseguir manter a unidade do executivo e admite contar com o apoio de deputados da oposição, quando for necessário.
Em cima da mesa poderá estar uma eventual remodelação governamental, para afastar os ministros "rebeldes" e descontentes com o acordo e o rumo seguido pela liderança de Tsipras. Num último apelo dramático no Parlamento, o primeiro-ministro pediu esta quarta-feira responsabilidade aos representantes dos vários partidos. A escolha seria entre o acordo com os credores e a bancarrota e a saída da moeda única, alertou. “Nós não acreditamos no acordo, mas somos obrigados a adoptá-lo”, afirmou o chefe do Governo de Atenas.
Tsipras acredita que não perdeu o apoio da sociedade grega e nem vai perder esta quarta-feira à noite o apoio do Parlamento. O que acabou por se confirmar. Na sua intervenção perante os deputados, o primeiro-ministro afirmou que o alívio da dívida da Grécia, como defende o Fundo Monetário Internacional (FMI), é a única saída para a crise dos últimos anos. Enquanto os deputados debatiam a proposta de acordo com os credores, a praça Sintagma, em frente ao Parlamento, foi palco de confrontos entre a polícia e manifestantes anti-sistema e anti-austeridade, que resultaram em pelo menos meia centena de detenções. A autorização do Parlamento grego era o passo que faltava para o terceiro resgate avançar. O acordo entre o Governo de Atenas e os restantes países da zona euro foi alcançado na segunda-feira de manhã, após uma cimeira de 17 horas.
O terceiro resgate financeiro à Grécia dos últimos seis anos poderá chegar aos 86 mil milhões de euros, de acordo com as mais recentes estimativas dos credores internacionais. Aumento de impostos, reforma do sistema de pensões com aumento da idade da reforma e possíveis cortes, cortes na despesa do Estado, plano de privatizações no valor de muitos milhões de euros, liberalização da economia e recapitalização dos bancos são algumas das condições do novo programa. O acordo ainda tem de ser aprovado pelos parlamentos de cinco países da zona euro. O próximo passo deverá ser um programa-ponte, de cerca de sete mil milhões de euros, para que a Grécia possa pagar empréstimos em atraso ao FMI e ao Banco Central Europeu.
As Opções de T´Chingange
AS FRINCHAS DO TEMPO . A Grécia está desfalecendo nosso futuro!…
Malamba é a palavra
Por
Nesta crise actual da Grécia, quanto menos entendo, mais concordo! E ela, a Grécia, tem demasiada estória para se poder deitar na lixeira. Ministros e Chefes de Estado explicam um bocadinho agora, mais um pouco a seguir, pronunciam-se nas probabilidades matemáticas, uns entram no desacordo, outros barafustam que temos de ajudar, mesmo sem sermos referendados, sem analisar as especialidades ou sem, nem terem um bocadinho de reunião connosco, o povo! E, dizem simplesmente que temos mais uma vez de ajudar os Gregos, insistindo no valor das nossas bondades, no meio destas doçuras, palavras de arrepiar os poucos cabelos, tento aquietá-las na minha alma porque no meu repentemente posso até virar costas ao coração.
Ando mesmomesmo com a paciência muito frágil, tanto assim que não posso aldrabar minhas espectativas de um futuro sem destino firme, duvidas nervosas sem tempos de glórias glorificadas. Na televisão fiquei a saber que Portugal já emprestou à Grécia 80 milhões de euros e que agora neste imperfeito facto vai emprestar mais de dois milhões: Quer-se-dizer, eles os gregos, foram a referendo para decidir se iriam ou não aceitar o empréstimo sob condições para tapar as falhas de suas governâncias. Afinal eu, um kota aposentado, tropeçado e pisado com misérias, sou mesmomesmo um sem-respeito, quer-se-dizer não me têm no suficiente apreço subordinando-me às ordens da CEE, aos governos do eixo, do bloco da pata que os lambeu e eu, assim e só, á espera que as estradas amoleçam para me espetarem uma puia, uma farpa, as merdas de medidas voláteis que só me lixam.
Com estas coisas lançadas no ar nos rodopios da bosta, negociadas sem jeito, à revelia de nós com engenharias financeiras mentirosas, só desafiam meus espíritos de guerra! Juro que não sei de quem será a recompensa se porventura não virar as costas ao coração, porque simplesmente dispensaram minhas mãos, meu voto. Como disse acima, minha paciência anda muito demasiado e, periclitantemente quebradiça. Isto até é incomum vindo de um guerrilheiro que já fui! Querem guerra! Vamos à guerra… mas eu, juro que não vou.
O Soba T´Chingange
CINZAS NO TEMPO - Depois do "cartão vermelho" ao acordo com os credores internacionais qual o futuro da Grécia e da Europa. Dias de incerteza pela frente…
As escolhas do Kimbo
Por: Ricardo Vieira da Renascença
Os próximos dias ou semanas vão ditar o futuro da Grécia
Varoufakis demite-se para facilitar negociações gregas com os credores. Os gregos querem respirar depois de cinco anos de austeridade e deram a vitória ao “não” no referendo deste domingo. A odisseia de um povo prossegue nos próximos dias. O resultado da consulta popular foi um triunfo para o Governo liderado pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e para o seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis. Eles pediram e os eleitores fizeram a vontade. O “não” venceu com 61,3% dos votos, contra 38,7% dos apoiantes do “sim”. A afluência às urnas foi superior a 62%. O “oxi” (não em grego) ganhou ao “nai” (sim em grego). Dias de incerteza pela frente.
O choque com a realidade vai acontecer hoje segunda-feira. Os bancos helénicos vão para a segunda semana de portas fechadas, depois de o Banco Central Europeu ter cortado o financiamento de emergência, e os levantamentos por multibanco limitados a 60 euros. O Governo já disse que quer um acordo com os credores o mais rapidamente possível, para que a Grécia possa ter financiamento e regressar à normalidade. Para terça-feira, estão marcadas reuniões dos ministros das Finanças do Eurogrupo e uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e Governo a zona euro.
Mas negociações já começaram, por telefone e nos bastidores. A chanceler alemã, Angela Merkel, falou com o presidente francês, François Hollande. Da conversa transpirou apenas que é preciso respeitar a vontade do povo grego. Os dois líderes acertam agulhas esta segunda-feira. Merkel tem encontro marcado com Hollande, em Paris, para decidirem o futuro da Grécia e da Europa. Numa declaração aos gregos, Tsipras disse que a Europa não pode “ignorar a vontade de um povo”, mas foi avisando que não há soluções fáceis dentro ou fora do euro. O Governo grego tem dito que quer continuar no euro, mas as negociações dos próximos dias vão ser duras, tendo em conta algumas das reacções conhecidas após a vitória do “não”.
O ministro alemão da Economia, Sigmar Gabriel, declarou que o Governo grego “derrubou as últimas pontes” para um acordo com a Europa. O presidente do Eurogrupo também não gostou da vitória do “oxi”. Para Jeroen Dijsselbloem, o resultado é “muito lamentável para o futuro da Grécia”. Já o presidente do Parlamento Europeu defende que a União Europeia deve discutir urgentemente um programa de ajuda humanitária à Grécia, para evitar que os cidadãos paguem o preço da "situação dramática" a que o Governo levou o país. Martin Schulz espera, agora, propostas credíveis por parte de Atenas.
Ainda antes do desfecho do referendo, o primeiro-ministro português “puxou” este domingo da calculadora. De visita a Cabo Verde, Passos Coelho lembrou que há países europeus que "emprestaram muito dinheiro" à Grécia e que a questão não pode ser esquecida. Opinião diferente tem o homólogo grego. Alexis Tsipras diz que está na altura de a Grécia renegociar a dívida - que ascende a 177% do PIB - com os credores internacionais.
Na edição especial de domingo da Renascença, José Manuel Fernandes, do jornal online, afirmou que “o mais provável é a Grécia sair do euro. Era bom para a Grécia e para o euro! Não há possibilidade de a Grécia cumprir as regras do euro”. Graça Franco, directora de informação da Renascença, alerta para as consequências de deixar Atenas cair. "Nós todos perderemos muitíssimo mais se quisermos dar à Grécia um tratamento exemplar. A Grécia pode tornar-se num Estado falhado dentro da Europa", alertou.
As opções do Soba T´Chingange
Por
T´CHINGANGE - Nasceu em águas internacionais num vapor chamado Niassa. É cidadão do mundo, Angolano na diáspora - Mazombo por condição; anda pelo Mundo à procura de si mesmo! Sente-se e respira Angolano, tem cédula de Brasileiro, B. Identidade do M´Puto e gosta imenso de toda a África - Anda às arrecuas para fugir à regra, um paradigma novo, só dele.
MUJIMBO É UM BOATO - UM DIZ QUE DIZ, UM TALVEZ
À falta de capacidade para suspender a imaginação chama-se medo; tento lembrar-me de quem disse isto e não consigo abrir o meu baú da pandora nem o como fazer para suspender a imaginação. Foi para pessoas que pensam assim na forma complicada e quando pensam, que o nosso Senhor Deus criou o purgatório. Na minha cultura há efectivamente muitas contradições porque complicadamente, ninguém mata por causa de um coração milagroso; as pessoas matam por causa de drogas, pelo poder, pelo dinheiro e até sem motivo nenhum.
Por vezes sinto-me um logro e, tudo por pertencer a lugar nenhum; porque as coisas de nossa vida nunca acontecem como a imaginávamos e, porque os desastres acontecem mesmo sem nós querermos talvez porque os anjos verdadeiros não possuam asas, talvez porque os lobisomens não existam, talvez porque os Orixás, não tenham uma pigmentocracia mais clara na sua alma e sua administração doméstica, e com tanto talvez, nem sempre nos é possível decifrar as escondidas censuras dos silêncios.
Apreendemos isso na televisão e até por incrível que pareça tudo está lá dentro dela, dizer-se daí que ali o Diabo nunca se encontra distante da casa de Deus; aos domingos dão missa lá dentro e à noite ali, é um forrobodó com o Diabo á solta, é, só sirenes que apitam, incêndios e coisas corrosivas com prisões e eles com elas e elas com elas e eles com eles e fazem meninos e desmancham vidas e, cada qual vira um dragão com unhas de Drácula ou até uma serpente porque estas posturas dizem representar a renovação da vida e, porque elas as serpentes, mudam a pele amiudadamente.
Tenha-se muito cuidado com estas visualizações porque se vir um homem com asas, pode ter a certeza de que não se trata de um anjo, porque os verdadeiros não possuem asas; porque é a fé que os sustenta no ar, assim pensam. Pode também ser uma inventação de super-homem que nasceu a partir do nada fazendo gestos contagiosos.
Eu próprio, me surpreendo por vezes a seguir o conto do vigário e não raras vezes sou vigarizado por este ou aquele, gente do governo e desgovernados. Neste preciso momento não acredito nos Gregos; eles andam a gozar o pagode da democracia que eles mesmo inventaram; andam com o Diabo no corpo, na mente, na carteira a fazer-nos de trouxas…
Ilustrações de Costa Araujo Araujo
O Soba T´Chingange
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