Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2017
PÉROLAS. I

“O PALAVRÓRIO DA FUNÇÃO ERUDITA” - Parte I

O homem herdou o mundo; a sua glória não consiste em suportar ou desprezar esse mundo…

soba k.jpgAs escolhas de T´Chingange

Por

julio1.jpg JÚLIO FERROLHO…. Professor Aposentado mas pouco (!) - Agricultor nos intervalos da chuva, pastor, professor ainda e sempre!!! – Foi presidente do ISCAL - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa - Aposentação e reforma após 49 anos de luta diária pela vida dia a dia, sem desistências nem interrupções…

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Prof. Júlio Ferrolho é daqueles que nunca esquecemos determinadas aulas, conversas e ensinamentos! Um exemplo de como deveria ser o nosso ensino! Parabéns pelo exemplo que nos deu! – É este, um comentário que extraí de sua página e que aqui reproduzo sem prévia autorização. Tentei, tentei, mas deveria estar cuidando de seus perdigueiros…

julio3.jpgFigueira da Fóz

Sinto que nunca deixei de ser estudante! - AVISO: Este texto pode conter palavreado estranho e aparentemente incoerente. As pessoas mais sensíveis a este fenómeno devem abster-se de o ler. (COMO NÃO SOU ESPECIALISTA DEIXAREI PARA OUTRO MOMENTO ainda muitas QUESTÕES e sobretudo as SAGRADAS relacionadas COM O TEMA)…

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A ciência é caracterizada como o conhecimento racional, sistemático, exacto, verificável e, contudo, falível. Através da investigação científica, o homem vai atingindo uma reconstrução conceitual dinâmica do mundo que é cada vez mais ampla, profunda e exacta.

roxomania2.jpgO homem herdou o mundo; a sua glória não consiste em suportar ou desprezar esse mundo, mas enriquecê-lo para construir outros universos. Manipula e remodela a natureza submetendo-a às suas necessidades materiais e espirituais, bem como aos seus sonhos. Criou assim o mundo dos sonhos, das quimeras, dos artefactos e o mundo da cultura.

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A actividade da Ciência - como a investigação - pertence à vida social na medida em que é aplicada para melhorar o nosso meio, tanto natural como artificial, para inventar e construir ou fabricar bens materiais e produzir bens culturais ou imateriais. Deste modo a ciência transformou-se em tecnologia e arte.

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Por outro prisma, a ciência surge aos nossos olhos como a mais deslumbrante e assombrosa das estrelas quando a consideramos como um bem em si, isto é como uma produtora de nova actividade de ideias (investigação científica e o seu resultado, a inovação).

socie1.jpgA epistemologia encerra, em termos sintéticos, a teoria do conhecimento. Mas podemos considerá-la como o estudo crítico dos princípios, hipóteses, e resultados das diferentes ciências, procurando determinar-lhes a origem, a lógica, o valor e o alcance objectivo.

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Nem toda a pesquisa científica visa obter um conhecimento objectivo. A lógica e a matemática - ou seja, os vários sistemas de lógica formal - e os diferentes capítulos da matemática pura são racionais, sistemáticos e verificáveis, mas não são objectivos; não nos dão informações sobre a realidade porque não estão simplesmente preocupadas com os factos.

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A lógica e a matemática tentam construir entidades ideais; estas só existem na mente humana. Elas não recebem objectos de estudo: constroem os seus próprios objectos. É verdade que muitas vezes fazem-no por abstracção dos objectos reais (naturais e sociais). Além disso, o trabalho lógico ou matemático muitas vezes atende às necessidades do naturalista, do sociólogo ou do tecnólogo e é por esta razão que a sociedade tolera estas actividades e até parece estimulá-las. A física, a química, a fisiologia, a psicologia, a economia e outras ciências usam a matemática como uma ferramenta para fazer a reconstrução mais precisa das relações complexas que ocorrem entre os factos que estudam e interpretam e os vários aspectos destes.

roxo107.jpg Um dos aspectos fulcrais da ciência é a questão do MÉTODO CIENTÍFICO que deve ser seguido para chegar a conclusões científicas. A metodologia científica tem a sua origem no pensamento do filósofo francês Descartes, que foi posteriormente desenvolvida empiricamente pelo físico inglês Isaac Newton.

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René Descartes propôs chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição de qualquer problema nas suas pequenas partes constituintes, características que definiriam a base da investigação científica. Escreveu um livro famoso “Discurso do Método" onde afirma:

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''E como a multiplicidade das leis serve frequentemente para escusar os vícios, de sorte que um estado é muito melhor governado quando, possuindo poucas, elas são aí rigorosamente aplicadas, assim, em lugar de um grande número de preceitos dos quais a lógica é composta, acrediteis que já me seriam bastante quatro, contanto que tomasse a firme e constante resolução de não deixar uma vez só de observá-las.

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A PRIMEIRA consistiria em nunca aceitar, por verdadeira, coisa nenhuma que não conhecesse como evidente; isto é, devia evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção; e nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão claramente e tão distintamente ao meu espírito que não tivesse nenhuma ocasião de o pôr em dúvida.

tonito3.jpg A SEGUNDA – dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas pudessem ser e fossem exigidas para melhor compreendê-las. A TERCEIRA – conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objectos mais simples e fáceis de serem conhecidos, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo certa ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. E por último – fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que ficasse certo de nada omitir''.

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Correntemente estas regras são: 1) da evidência; 2) da divisão ou análise; 3) da ordem ou dedução; e, 4) da enumeração (contar, especificar, e classificar).

(…CONTINUA).

JCF, 14-02-2017

rosa1.jpgNOTA: O tema PÉROLAS surgiu de uma daquelas conversas no FB ventilando algo assim: O que interessa fazer vale a pena fazer bem feito! Vi logo que aqui havia um rigor de cátedra e fui ficando de lado ouvindo como é recomendável e, quando se tem como interlocutor um Professor sapiente. Assunção Roxo também costurou umas ideias lindas bordeadas com suas pinturas holográficas. Foi o nosso Portal! Fiquei matutando na bruma, cores psicadélicas e, assim embebido na sabedoria com arte resolvi fazer uma surpresa com o tema PÉROLAS. Assim ao jeito de prefácio corro as cortinas para futuras pérolas enfeitadas com os roxos coloridos dos arco-íris de Assunção Roxo. Perdoem esta libertina ideia do soba fantasma ´T´Chingange, um despropósito de figura mas, na forma original das superstições de áfrica- N´Gola

O Soba T´Chingange



PUBLICADO POR kimbolagoa às 09:38
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Temos um Hino, uma Bandeira, uma moeda, temos constituição, temos nobres e plebeus, um soba, um cipaio-mor, um kimbanda e um comendador. Somos uma Instituição independente. As nossas fronteiras são a Globália. Procuramos alcançar as terras do nunca um conjunto de pessoas pertencentes a um reino de fantasia procurando corrrigir realidades do mundo que os rodeia. Neste reino de Manikongo há uma torre. È nesta torre do Zombo que arquivamos os sonhos e aspirações. Neste reino todos são distintos e distinguidos. Todos dão vivas á vida como verdadeiros escuteiros pois, todos se escutam. Se N´Zambi quiser vamos viver 333 anos. O Soba T'chingange
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