UM HINO Á KALUNGA – III
Crónica 3215 de 12.11.2021 e, outras datas se Deus o quiser…
NAS FRINCHA DO TEMPO – Com Zé Peixe de Aracaju e as kiandas Roxo e Oxor, algures num recife, por vezes numa bóia…
Por T´Chingange – No AlGharb do M´Puto
Em 2016, prometi a Assunção Roxo que iria socorrê-la com uma lenda do mar, um verdadeiro golfinho feito homem; assim, surgiu esta parcial inventação falando do personagem que vi em vida e com quem falei algures em Aracaju de Sergipe. As ilustrações foram capiangadas por mim a ela, para suprir sua maldade, assim um ressarcimento por me impedir de ficar num pântano quântico procurando um chinelo, as sandálias do pescador… E, porque é quase uma odisseia vai ter muitas partes, como uma telenovela.
Num esforço de entender o Universo sublimei-me em filosofias com princípios inimagináveis fixados num jogo empírico lá nos extremos do pensamento aonde até as deduções têm afinidades matemáticas, com símbolos e caracteres radiactivos. No paradoxo de criativas imagens, enchia-me de habilidades quânticas sem cuidar dos ditames da razão. Nesta utopia de partículas surge uma sereia de nome Roxo Socorro a pedir ajuda, justificando seu próprio nome, como se nela tudo fosse uma calema de afincada afirmação.
Estava bem no topo de um recife no lugar de Guaxuma das Alagoas do Brasil, mais além de rio Doce, para norte. Nem sei bem porque pedia socorro porque assim de joelhos mexendo levemente a barbatana de cauda, suportava em sua mão direita uma forquilha tipo arpão daquelas que sempre ligamos ao mar, isso, como se saída de uma atlântida que se diz ter existido no meio do oceano. Jiboiando em minha rede, revivi esta cena lá atrás no tempo quando no pantanal de Sergipe vi uma sereia a deslizar das dunas para a água. Havia ali muitas lagoas no pequeno pantanal sergipano…
Minhas companhias de viagem juravam que não, que era uma anta, talvez uma foca ou um peixe-boi. Rita até afirmava ter sido uma garoupa sarapintada de pedras tipo cracas mas, nada disto eu vi! Já que estávamos em Sergipe e muito perto de Aracaju, ali permanecemos por mais dois dias pois que teria de perguntar a Zé Peixe, o prático marinheiro se isto da sereia seria ou não uma fantasia nossa; uma cena tal e qual esta daqui, plantada em Guaxuma – a praia da sereia…
Pergunta aqui e mais ali, lá chegamos à casa pobre meio ripa, meio taipa feita de adobe, coberta a folhas de zinco com ramos de coqueiro já envelhecidos. Tivemos a sorte de o ver logo sentado num telheiro bem ao lado da casa, rodeado de picas no chão e outras galinhas de angola ciscando o fundo do quintal cheio de mamonas, com erva florida de doutor e doutorzinho em tufos enquadrados, coqueiros ao redor sombreado um limpo terreiro. Havia também pitangas, chá caxinde e, foi perguntando a este se era mesmo esse o nome com que iniciei a conversa. Claro que lhe dei uma larga saudação! Ele estava já habituado a ter visitas de estranhos…
(Continua…)
Nota: Ilustrações de Assunção Roxo, a kianda -Texto escrito em 2016 com o titulo de CAFUFUTILA...
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