NAS FRINCHAS DO TEMPO
"DOS TEMPOS DE DIPANDA“ - Crónica 3536 – 07.01.2024
“Tropas cubanas para Angola, já!” - “Missão Xirikwata”
Às margens do Cubango - Escritos boligrafados da minha mochila
– Aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2018
Por: T´Chingange (Otchingandji) – Em Lagoa do M´Puto
Pude saber pela Wikipédia e outras vias, que o Coronel Raúl Diaz Arguelles que desembarcou em Luanda em Agosto de 1975, utilizando o pseudónimo de Domingos da Silva, era o encarregado de supervisionar e treinar as tropas do Movimento Popular de Libertação de Angola – MPLA. Distinguiu-se, em particular, na Batalha de Kifangondo, ocorrida a 10 de Novembro de 1975.
Apoiado por 88 soldados cubanos, pseudo “exército do MPLA”, esmaga as tropas da FNLA de Holden Roberto, que estavam em número muito superior contando com apoio de combatentes do Zaire, mercenários portugueses, tropas sul-africanas e brasileiras, além de agentes da CIA. Ele, foi o comandante da Operação Carlota, numa altura em que os grupos guerrilheiros deixaram de combater as tropas portuguesas já no seu estágio final.
No desenvolver da contenda militar, este Coronel Arguelles, a 11 de Dezembro, consegue com uma pequena coluna, emboscar por detrás a aldeia de Galengo, tomando-a durante a batalha designada de Ebo. Porém, os estilhaços de uma mina antitanque, que explodiu, cortaram a artéria femoral do coronel Arguelles, tendo sucumbio aos ferimentos.
Saltando os acontecimentos, teremos de recordar Arnaldo Tomás Ochoa Sánchez que foi um general-de-divisão das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba. Considerado Herói da República de Cuba acbou por ser condenado em julgamento militar público junto aos outros altos oficiais Antonio "Tony" de la Guardia Font, Jorge Martínez Valdés e Amado Padrón Trujillo, à pena capital.
Assim, por alta traição à pátria produto de acusações de atividades de narcotráfico, foi fuzilado a 13 de julho de 1989. Teatralmente, acusou-se a ele e a mais treze implicados de se contactar com narcotraficantes internacionais; traficar ilicitamente cocaína, diamantes e marfim; também por utilizar o espaço aéreo, o solo e as águas cubanas para actividades de narcotráfico; e envergonhar à Revolução com actos qualificados como de alta traição…
Segundo “O Observador”, Juan Reinaldo Sánchez, ex-guarda-costas de Fidel Castro, revela num livro, o alegado envolvimento do líder histórico cubano Fidel de Castro, no tráfico de droga, tendo dito à Lusa que Havana queria controlar os recursos naturais em Angola. Assim relatou: “Fidel Castro queria mais de Angola. Dizia que ia levar de Angola apenas os mortos, mas em realidade, não foi assim.
Juan Reinaldo Sánchez afirma: - Eu vi no gabinete de Fidel Castro uma caixa de tabaco repleta de diamantes - a caixa estava cheia”… “Fidel, através do seu ajudante José Naranjo e do secretário Chomy, mandou vender esses diamantes e depositar o dinheiro nas suas contas bancárias fora de Cuba”; foi o que disse à “Lusa” o homem que tinha sido guarda-costas do Presidente cubano durante 17 anos. “Eu tenho informações e, além do mais vi. Fidel tinha outra ideias com Angola. Essa ideia sobre o internacionalismo proletário; essa ideia de ajudar os irmãos africanos; essa ideia de ajuda entre os povos é pura propaganda. É um mito”…
Juan Reinaldo Sánchez, ex-guarda-costas de Fidel sublinhou, referindo-se ao envolvimento de Cuba com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). As memórias do elemento do círculo de segurança mais próximo da cúpula do regime cubano é autor do livro “A Face Oculta de Fidel Castro” que foi lançado em Portugal. Um livro que inclui não apenas questões internas de Cuba, mas também o envolvimento de Havana na guerra em Angola, sobretudo a “Operação Carlota” em 1975 e a batalha do Cuíto Cuanavale, no final dos anos 1980.
(Continua…)
O Soba T´Chingange
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