FÁBRICA DE LETRAS DA KIZOMBA – “SONHAJANDO A VIDA”
Estado = Marcelo x Costa² - REINVENTANDO O FUTURO DO *M´PUTO
Crónica 3395 – 16.05.2023 – A EQUAÇÃO ATÓMICA
Por T´Chingange (Otchingandji) Na Pajuçara de Maceió do Brasil
Ainda não fui ao futuro! Ando só a vislumbrá-lo. O primeiro LAR, conhecido do homem nos primórdios, muito antes do AC - Antes de Cristo, foram os montes, os rios, os bosques e o firmamento. Progressivamente sua táctica recolectora mudou, fixando-se num espaço encurtado, domesticou lobos e outros animais que foram suporte de sua resiliência, coisa ainda desconhecida nesse então. Domesticaram ovelhas e vacas agasalhando-os próximo de seu lar para lhes proporcionarem aquecimento. As grutas e cavernas foram sendo abandonadas na procura de novos pastos para alimentação de seus animais domésticos; buscaram terras mais férteis para cultivar hortas e macieiras. Para além doutros indígenas, havia um tal de Adão umbigado com a Eva e, foram estes os percursores do futuro.
Este prólogo de vida teve mau inicio porque cometeram logologo o pecado original; a única coisa que lhes foi proibida! Lixaram tudo. Saltando este prólogo, todos tiveram de se disciplinar criando regras. A partir dai a ligação ao LAR requereu ajudas extras, recursos de vizinhos, tornando-se no traço distintivo psicológico de criatura humana. Nesses tempos ele, era ele e, ela era ela. Ele tinha um caroço no pescoço por castigo daquele tal erro e, que por isso ficou a “maça de Adão” e ela, castigada com dois contrapesos de procriação com o nome de seios ou mamas.
Bom! A partir desse pecado, surgiu o stresse, a inveja, a mentira, o egoísmo e um sem número de coisas ainda desconhecidas mas, sempre com o sentido de melhorarem relações entre si, tornando-se até afáveis, solidários mas e também, raivosos ao ponto de usarem coisas afiadas e que, espetadas causavam morte. Utensílios em cobre, em ferro em madeira e até ossos como por exemplo tíbias.
Dentro dos lares meteram lajedos aonde queimavam lenha para aquecimento pois o frio era muito e, foi quando e porque dali saia fumo, passaram a se chamar de “fogos” – porque em verdade, não há fumo sem fogo! Ali havia gente. No decorrer dos anos e séculos, abriram clareiras pelo abate de árvores. Inventaram a enxada, fizeram canais, faziam monturos perto dos fogos com restos de comida e ramos juntando-lhe esterco dos animais. Esta compostura melhorava suas colheitas de legumes vários menos a batata porque se desconhecia tal tubérculo.
Passaram a viver em lugares cada vez mais seguros protegendo-se nos píncaros das fráguas com ameias a que chamaram de castelos. A roda já era usada em cangulos, carros de mão e carretas puxadas por bois cornudos dando lugar ao ciclo da vida organizada com estratégias e segredos. As ervas daninhas foram arrancadas, nasceram cactos, folhas e raízes comestíveis, foram defumados fogos com arruda para espantar maus-olhados, outras para curar maleitas.
Os raizeiros testaram cascas de árvore como o ipê roxo, o doutor e o doutorzinho que tudo cura mais o samba caetá, a salsa e o coentro para dar cheios e sabores, outras para delas se fazer azeite, pomadas ou lamas de curar. Exterminaram bichos rastejantes, roedores, baratas e centopeias de mil pés. Das peles fizeram canoas a servir de sapatos, chapéus e alforges. Higienizaram com rudimentos de folhas com mamona, amaciaram as carnes com folhas de mamão. Com tudo isto, criaram ilhas artificiais.
Fizeram artefactos e acumularam conhecimentos com tralhas fazendo vassouras de giestas e baldes pintados a verniz natural, cabazes entrançados com arte, fizeram cajados e bengalas e um sem número de coisas que hoje dão dinheiro a artesãos e no qual nem damos o real valor tais como agulhas feitas em madeira ou ossos, linhas entrançadas saídas de cascas. Foram tempos de superstição, ainda nem se falava em um Deus omnipresente ou omnipotente. É quando surge um homem que apregoa, faz milagres , das pedras saem peixes e pães para matar a fome.
E num mundo estranho aparecem astrólogos e outros cientistas a dizer que o mundo não tem bordos, não tem nem cinco nem quatro linhas, não tem fim, estudam as estrelas a anos-luz de distância. Entretanto matam aquele homem com o nome de Cristo que por coisa pouca cruxificam pregado numa cruz e com pregos artesanais de muito comprimento. E num repente um homem sábio e matemático, descobre a fórmula do epílogo com o nome de Albert Einstein. É ela: E=mc². Entre o início de prólogo e o fim de epílogo decorrem nossas vidas na espectativa de que Deus é forçoso que exista e, que por favor, venha cá abaixo meter ordem nisto…
Notas - * M´Puto é Portugal
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