FÁBRICA DE LETRAS DA KIZOMBA – “SONHAJANDO A VIDA”
TEMPOS CUSPILHADAS - A natureza tem suas normas! Com tantas experiências o sapo Cururu tornou-se canibal …
Crónica 3400 – 22.05.2023
PorT´Chingange (Otchingandji) - Na Pajuçara de Maceió do Brasil
Desde que o mundo é mundo, milhares de milhões de seres humanos, armados de ramos, de mata-moscas milhares de venenos caseiros, acabaram por chegar aos sprays vaporizados para travar guerra implacável com formigas diligentes, carrapatos ousados, nojentos ratos e baratas furtivas mais escaravelhos insensatos. Lá na minha horta todos os santos dias tenho de mirar as folhas de couve senão, senão fico sem caldo verde.
Neste grande palco aonde se desenvolve a história da humanidade, o bicho homem acumulou cada vez mais coisas, uns classificados patrimónios de trastes e outros de difícil ou impossível locomoção. E, foi juntando muitos corotos, muitas imbambas que chegaram ao futuro. Para tal tiveram de inventar o planeamento para que tudo tivesse ordem no sentido da criação. As ligações de ele com ele e ela com ela com os desígnios de LGBTYL+ ainda não eram reconhecidos nos cartórios como uma união de facto.
Inventaram o comércio, a compra e a venda de coisas ou géneros distribuindo ou retraindo riquezas, favores, invejas, vinganças, ofensas e retaliações a estas. Inventaram o trabalho, a semana das 40 horas e depois 35; o trabalho em casa, o nomadismo digital recente, preguiça, a inveja, a cobiça e, deram início á economia, o apego ao poder mentindo socialisticamente com truques de encarecer a dívida. Formaram grupos a que chamaram partidos e como gangues fizeram roubo com repartição de benesses furando o saco de dinheiro.
Estranhamente surgiu a compra de divida, juntaram os impostos com taxas e alcavalas chegando ao tecto de gastos para vedar o despilfarro. Surgiu a ansiedade, a subsidiodependência, o cabaz de compras mais o auxílio extraordinário e normalizaram o preço dos ansiolíticos para superar as tensões, as mazelas ouvidas lidas e engolidas. Surgiram os especialistas da mente, peritos em trepanação em frio, especialistas do sono, do bocejo, da terapia do relax e da levitação, técnicos do riso e da clavícula.
Surgiram vendedores de banha da cobra, quimbandas a granel, “personal trainer” e dentistas ao domicílio. Diversificaram as colheitas, as mudas e milhares de novas químicas para matar desde o pulgão à cochinilha mais fungos, parasitas e bichezas de toda a espécie com bichos de mil pés e filárias chamando a isto, maravilhas transgénicas; passaram a manusear as sementes, alterando-as, introduzindo-lhe logologo o veneno a só despontar na hora do desabrochar ou do florir …
Colocaram rosas e cravos nas fileiras de parreiras para antecipadamente se poder detectar as doenças nos bagos de uva, deram-lhe musica para adocicar a casta, anti ácaros, anti fungos e muitos edecéteras especificados por enólogos e carrapatologos. Coisas chamadas de fitogénicas a fim de se ter a máxima rentabilidade. Nesta evolução de coisas e tratamentos ouve desaires. Em um dado momento a Austrália levou do Canadá 102 sapos para matarem os besouros do milho; estes alimentando-se das pragas aumentaram vertiginosamente seu número, passando também a serem pragas.
Já havia sapos por todo o lado, nas casas, nos demais pastos e o gado começou a morrer por via da baba destes que era venenosa. Então levaram milhares de cobras de um outro país que comiam aqueles sapos. Sucede que estas cobras que comiam sapos, ao degluti-las um que fosse, morriam envenenadas. Este tipo de sapos tinha um veneno no seu costado. Acabaram por ficar sem cobras e os milhões de sapos, aumentaram em número ao ponto de perderem o controlo. Acabaram por fazer caça aos mesmos triturando-os em grandes tanques para fazer biodiesel. Tudo isto começou lá no ano de 1930. Os sapos-cururus se multiplicaram “como praga” às custas de outras espécies. Suas glândulas de veneno são altamente tóxicas e assim, derrotam facilmente os oponentes predadores…
Agora, para surpresa dos cientistas, os mesmos sapos-cururus estão se transformando em canibais implacáveis. Segundo um novo estudo experimental, a selecção natural tem favorecido girinos que comem outros girinos da própria espécie. Os girinos do sapo-cururu que costumavam alimentar-se de algas e matéria orgânica em decomposição agora é o que é! Os iniciais 102 sapos individuais que foram originalmente introduzidos no passado agora, a espécie já soma mais de 200 milhões de exemplares. Para além de os usarem como combustível, testam outras hipóteses. Se tivessem cumprido com a lei de Deus na ordem natural das coisas, nada disto aconteceria noé!?
O Soba T´Chingange
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