NAS FRINCHAS DO TEMPO
DOS TEMPOS DE DIPANDA* - A HISTÓRIA DA JAMBA
- Crónica 3589 – 25.06.2024
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2018 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
Comando e Direcção - Haviam três estruturas: as Forças Armadas, o Partido e o Governo. A figura principal era o velho kota Jonas que na linhagem das Forças Armadas tinha na hierarquia N´zau Puna e o Estado Maior General das FALA e todas as suas dependências orgânicas.
Pelo Governo respondia o Vice-Presidente Jeremias Kaluanda Tchitunda cuja sede estava depois da Praça do Canhão da Liberdade e o Secretariado Geral (estrutura política e comités coordenadores de bairros). Destacam-se os Ministérios da Educação e Cultura (Valentim e Jaka Jamba e Bunju), Saúde (Ruben Sikatu), Administração do Território (N`zau Puna)…
Ministério dos Recursos Naturais (Torres Kapiñala, Dias, João Tchitende, Jó Marcolino Prata) , Agricultura e Pecuária (Elias Salupeto Pena e Dario Katata), Informação (Jorge Valentim, Jaka Jamba), etc. Na Jamba o rigor e a disciplina superavam a inteligência, por isso construi-se uma sociedade onde a pontualidade, proteger o bem público e o respeito aos mais velhos eram itens sagrados…
Era proibido ingerir bebidas alcoólicas (só em ocasiões especiais, artigo 140 do código penal), o respeito pela mulher do companheiro, a protecção a crianças, idosos e diminuídos físicos, o estímulo aos melhores (alunos, militares, técnicos) eram uma DIVISA SAGRADA;
Pelo exemplo da Jamba a Nova Angola há a obrigação de procurar inspiração ao empreendedorismo - disciplina forjados na Jamba, os que lá passaram tenham a coragem de se organizarem, resgatando a sua história base, em uma sempre presente Fundação Muangai.
Adicionar-se-ão outras que criem e resgatem espaços antigos, que o Ministério do Turismo e todos agentes, a fim de coloquem nesta localidade Escolas de Turismo. Uma vertente de preservar reservas naturais e ecológicas com afins de historiadores e académicos de ali, alicercem seus conhecimentos, pesquisas que preservarão as fontes orais e, antes que desapareçam.
Termino a descrição sumária da JAMBA, Sem a preocupação gramatical, com o sujeito cutucando o verbo mais o predicado…, uma emergência confusa destes tempos conspurcados na metáfora, o quanto baste e, por vezes de alma torturada…, assim mesmo, jogando búzios na zuela do feitiço do tempo. Com algum esforço, remexo nas panelas do esquecimento de uma N´Gola cada vez mais distante do desejável progresso omitindo sistematicamente a UNITA!
E, porque não sou só esqueleto, penso em kimbundo da Luua e Ambundo, recordando falas de nossa terra, “ki tuexile tu ngó ifuba iatujunkura” - ainda não somos só ossos dispersos, “ifuba yetu iokune kala jimbuta” - Nossos ossos serão semeados como sementes… Assim no quizango, feitiço do livro de capa amarelecida e, recordando aos mwadiés camundongos que sempre fingem ser sapientes…
Falei! Seguir-se-ão outras sagas, recordar os Congressos e novas batalhas com o actual líder Adalberto da Costa Júnior, Presidente da UNITA….
Claro que haverá muito mais estórias para se boligrafar!
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise angolana e, na diáspora de angolanos pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e relatórios da Jamba - Agência Kwacha UNITA Press (KUP)
(Continua…)
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