NAS FRINCHAS DO TEMPO
DOS TEMPOS DE DIPANDA* - OPERAÇÃO PROTEA - 1ª E 2ª BATALHA DE MAVINGA
- Crónica 3597 – 19.07.2024
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2018 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Amieiro do M´Puto
Em 1984, assina-se o 1º acordo Luanda/ Pretória para a retirada das tropas cubanas e constituir-se uma comissão especial, militar/mista, de verificação das operações de recuo, no entanto, por várias vezes, os sul-africanos regressam a Angola em apoio da UNITA, utilizando o “Batalhão Búbalo”.
O “Batalhão Búbalo” era composto essencialmente pelas topas da “Revolta do Leste”, de Daniel Chipenda além de voluntários de várias nacionalidades, entre os quais alguns portugueses. Foram necessários mais quatro anos com repetidas pressões internacionais, para se chegar à primeira reunião tripartida de Londres, na qual pertenciam Angola, Estados Unidos da América, Cuba e África do Sul.
Seguem-se novos encontros, em Brazaville, Nova Iorque e, finalmente, a assinatura firmada em Washington. Estes acordos, garantidos pelos Norte-Americanos e Soviéticos, tornaram possível a independência da Namíbia com a sequente retirada de 55.000 cubanos estacionados em Angola, no prazo de 27 meses.
Pretória anuncia a retirada total dos sul-africanos de Angola, mas e, em contrapartida, os Estados Unidos da América, levantam o embargo de nome “Emenda Clark” passando a apoiar a UNITA – Estava-se em Julho de 1985… Seguindo uma série de tentativas frustradas de dominar a região em 1986, oito brigadas da FAPLA realizaram uma ofensiva, conhecida como "Operação Saludando Octubre" em Julho e Agosto de 1987.
Esta «Operação Saludando Octubre», que envolveu a 16.ª, 21.ª, 47.ª, e 59.ª, Brigadas das FAPLA tinha como objectivo a captura dos «SANTUÁRIOS DA UNITA» no Sudeste de Angola. Após um período de acumulação de material e grandes concentrações de infantaria, as forças armadas angolanas, as FAPLA, desencadearam essa ofensiva.
E, foi-o com toda a força, contra os centros vitais da UNITA em Mavinga e Jamba. A logística da operação partia das vilas de Luena e do Cuito, contando com o apoio de artilharia pesada, de caças e bombardeiros soviéticos MIG-23 e SU-22, tanques T-62 e helicópteros de ataque ao solo MI-24/25.
Em verdade, as forças governamentais, foram com tudo, contando com apoio de unidades motorizadas cubanas. A ofensiva das FAPLA colocou a UNITA numa posição insustentável; as bolsas de resistência criadas pela UNITA sob pressão contínua dos governamentais, tinham séries dificuldades em articular-se na perfeição.
Perante a eventual derrocada das forças de Jonas Savimbi e a pedido deste, os sul-africanos, a partir das suas bases instaladas em território angolano e na Namíbia, desencadeiam as operações «Moduler8» e «Hooper», com o objectivo de parar a ofensiva angolana, lançando as suas melhores tropas e material militar de última geração, nomeadamente caças Mirage F1 AZ e aviões de ataque Impala, Lançadores Múltiplos de Foguetes (Multiple Rocket Launcher, MRL) e obuses G59…
Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange, da revista descartável do semanário Expresso do M´Puto e RTP - Notícias e Wikipédia…
(Continua…)
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