NAS FRINCHAS DO TEMPO
DOS TEMPOS DE DIPANDA* - RESENHA DA BATALHA DO CUITO-CUANAVALE E RETIRADA CUBANA
- Crónica 3611 – 10.08.2024
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2018 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Amieiro do M´Puto
Nesta situação, José Eduardo dos Santos pede ajuda aos comandantes das tropas cubanas em Angola (general Polo e Risquete, secretário do CC do Partido Comunista Cubano), mas estes, depois de avaliarem a situação, consideraram indesejável a participação dos militares cubanos nos combates.
Propuseram, então, que as tropas cubanas reforçassem posições na linha onde estavam instalados (ou seja, na linha do Caminho de Ferro de Benguela) e que as tropas governamentais, a fim de conservarem as suas forças, recuassem até essa linha e não deixassem o adversário atravessá-la. Este plano foi enviado a Fidel Castro, que o apoiou.
Valentin Varennikov revela a carta que Fidel Castro enviou a José Eduardo dos Santos a este propósito: «Caro irmão! São necessárias Forças Armadas para conservar a jovem república. Se perecerem as Forças Armadas, perecerá também a república.
Por isso, por muito doloroso que seja, nós, na situação actual, só temos uma saída: retirar as tuas tropas para a linha do Caminho de Ferro de Benguela e, nessa posição, juntamente com os nossos combatentes, realizar o grande combate com o adversário.
Estou convencido de que ele será derrotado e as tropas de Angola, depois, poderão expulsar os sul-africanos do seu país. Só o recuo das tropas para a linha citada pode salvá-las da derrota e, desse modo, salvar a república.» O Presidente angolano enviou imediatamente essa carta para Moscovo, pedindo conselho, mas apoiando as recomendações de Fidel Castro.
Isso levou a uma convocação urgente de uma reunião do Bureau Político do Comité Central do PCUS, onde Boris Ponomariov, secretário do CC, interveio para apoiar a posição de Fidel Castro. lúri Andropov, Secretário-Geral do PCUS, declarou: «damos o nosso acordo prévio, mas os militares precisam de ponderar tudo mais uma vez e informar-nos.»
Valentin Varennikov afirma ter discordado da decisão de Fidel Castro e apresenta os seus argumentos: «Primeiro, as tropas de Angola estavam prontas e em condições de defender o seu Estado; segundo, o recuo dessas tropas provocaria um prejuízo moral irreparável entre os soldados e os oficiais considerariam isso uma traição;
Biker ... Terceiro, sentindo o sangue, depois do recuo das tropas governamentais, os lobos sul-africanos continuariam a avançar, até Luanda inclusive; quarto, recuar até à linha das guarnições significaria um recuo de 300 a 500 quilómetros. Por outras palavras, era preciso entregar sem combate ao adversário um terço do país...»
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange, do Blogue História da Guerra Civil de Angola, da revista descartável do semanário Expresso do M´Puto e Wikipédia…
(Continua…)
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