NAS FRINCHAS DO TEMPO
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - Na diáspora e após a “SEXTA-FEIRA SANGRENTA”
Crónica 3635 – 17.10.2024
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2018 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
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Aconteceu que sempre escapei a este assedio por parte de dinamizadores do tal MDP-CDE. Como disse não estava disposto a desalojar patrões chamados de fascistas pelos ganhões. Havia gente próxima que me esclarecia a contornar este procedimento mas, o certo é que andava com minha moral muito nas lonas pois que não via bons auspícios futuros.
Em Portugal, havia gente do PCP a fazer triagem na colocação dos regressados do Ultramar Português em Órgãos de Administração. Faziam listas, procuravam-nos e colocavam-nos nos lugares mais aprazíveis a contento destes. Que me fuzilem se estou a dizer uma inverdade!
Os revolucionários do Pós-25 do PCP e MDP-CDE e o magote de gente que lideravam tomaram de assalto os Serviços de Educação, da Reforma Agrária, na Industria, Comércio e Sindicatos. Diziam; era o PREC.
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Recordo que o Sindicato da União de Autarquias Locais - do Sul, STAL a dado momento recusou o ingresso de técnicos em suas estruturas. Foi quando me senti relegado para a masmorras dum barco que passou a ser a minha pátria, lugar aonde guardei minhas mágoas, meus desaires num baú: - O NIASSA…
Falo por mim, mas muitos outros tiveram que trilhar caminhos muito iguais. Para não me mentir, terei de continuar esta senda até que julgue estar ressarcido em parte dos desmandos, assim seja para desabafar porque, outra coisa não posso esperar. Este arquivo vai ficar morto como coisas do passado tal como o vapor NIASSA que se tornou sucata!…
As assembleias de trabalhadores eram mais que muitas e tudo se decidia de punho no ar e isto assombrava-me de todo. Inscrevi-me para uma organização em Lisboa, CIME, Comissão Internacional de Migração Europeia e pouco tempo depois fui chamado pois tinha colocação na Venezuela mas, teria de ir de barco.
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Eu vou sim, disse! Nem que seja de barco à vela e, aconteceu: fui mesmo! Foi o melhor que poderia ter feito. Levei uns doze dias a curtir férias no paquete Flávia cheio de turistas saídos de Itália, destino Caracas com descida em La Guaíra.
Entretanto na Jamba da UNITA com o seu famoso e único sinaleiro que todos os jornalistas fotografavam, era a capital das chamadas Terras Livres de Angola, espécie de região autónoma que Savimbi instituiu em 1979 no sudoeste angolano e onde a ajuda americana chegava através da África do Sul. A Jamba resistiu às ofensivas do exército angolano de 1976 a 1994. Ficaram famosos os “Jamba Tours” com políticos portugueses.
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e, da revista descartável do semanário Expresso do M´Puto …
(Continua…)
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