NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM ABEL CHIVUKUVUKU
- Crónica 3673 – 30.03.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2018 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
... «O plano, tratou de questões como a desmilitarização da UNITA e a sua reestruturação num partido político reconhecido e legítimo»… Uma amnistia geral a fim de promover a reconciliação nacional, a reposição da administração do Estado em todo o território, a aprovação duma nova Constituição, a elaboração de um registo eleitoral antes de realizar eleições e a promoção da tolerância e do perdão.
As partes beligerantes assinaram o Memorandum de Entendimento. Este foi assinado no dia 30 de Março de 2002, no Luena, província do Moxico, entre as chefias militares. Foram figuras de destaque: General Nunda da parte do Governo e General Abreu “Kamorteiro” da parte da UNITA.
Alguns dias depois assinou-se o Memorandum Complementar ao Protocolo de Lusaka. A Cerimónia de assinatura realizou-se no Palácio dos Congressos no dia 4 de Abril de 2002, em Luanda, e assinado pelas chefias militares nomeadamente: General Armando da Cruz Neto, então chefe do Estado-Maior das FAA e General Abreu “Kamorteiro”, chefe do Estado-Maior da UNITA.
O dia 4 de 2002 é assim lembrado na História de Angola como o dia da Paz, pois nesse dia foi assinado o Memorando de Entendimento Complementar ao Protocolo de Lusaka, pondo-se assim fim a cerca de 41 anos de guerra em Angola. De lembrar que logo a seguir o IX Congresso da UNITA que elege Isaías Samakuva como Presidente do Partido, Abel Chivukuvuku, destaca-se em seu “Estado-maior da Campanha”.
Abel Chivukuvuku que foi líder da bancada parlamentar da UNITA entre 1997 e 1998, foi secretário para os Assuntos Parlamentares e director da candidatura de Isaías Samakuva à presidência da UNITA, no congresso de 2003, onde foi eleito Secretário para os Assuntos Constitucionais e Eleitorais. A UNITA Renovada e outros elementos dissidentes foram neste então, reintegrados…
Assim, no X Congresso Ordinário, que teve lugar em Viana, Luanda de 16 à 19 de Julho de 2007 surgem dois candidatos: Isaías Samakuva e Abel Chivukuvuku. Desta feita Isaías Samakuva é reeleito à Presidência da UNITA. Este Congresso debateu vários aspectos com maior realce na realização das segundas eleições em Angola, 16 anos depois das eleições de 1992, sendo estas, as primeiras eleições gerais.
O afastamento voluntário de Chivukuvuku de liderança da UNITA pós-Savimbi consolidou-se em 2007, pois que, concorrendo isoladamente contra Isaías Samakuva para a presidência da UNITA é derrotado. Esta derrota, confinou-o desde então ao papel de mero espectador da cena política angolana.
A UNITA, concorrendo às eleições parlamentares de Angola em Setembro de 2008, obteve pouco mais de 10%, tornando-se num partido com poucas condições para exercer funções efectivas de oposição. Manifestando desde 2010 a sua insatisfação com e postura intransigente e pouco pragmática da UNITA e do seu presidente, Isaías Samakuva, Chivukuvuku demite-se como membro da UNITA, fundando em Março de 2012 um novo movimento partidário…
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e livro de Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku escrito por Eduardo Agualusa e Wiquipédia…
(Continua...)
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