NAS ADUELAS DO BAÚ
DOS TEMPOS DE DIPANDA * - MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO – COM MARCIAL DACHALA
- Crónica 3679 – 10.06.2025
- Escritos boligrafados, aleatoriamente após 1975 e, ou entre os anos de 1999 a 2025 - “Missão Xirikwata”
Por: T´Chingange (Otchingandji)** – O NIASSALÊS em Lagoa do M´Puto
Marcial Adriano Dachala “Salundilili”, nasceu a 11 de Agosto do ano de 1956. Licenciado em Relações Internacionais, desempenha o lugar de Deputado pela UNITA na Assembleia Nacional de Angola desde 16 de Setembro de 2022. Em seu historial destacam-se os cargos relevantes: Em 1975, participou no Congresso Constitutivo da Jura na Província do Huambo.
Foi promovido a Capitão na Província do Bié no ano e 1985, tornando-se Secretário Geral da JURA em 1986. No ano de 1988 foi o Representante Adjunto da UNITA em Portugal. Actualmente é o Porta Voz da UNITA mantendo-se como tal, um elemento imprescindível ao seu Partido liderado por Adalberto da Costa Junior
Segundo os Cadernos de Estudos Africanos, em Angola, o aparelho de segurança garante que outras patologias de governação, como o neopatrimonialismo, a democracia processual e o autoritarismo possam florescer. Neste sentido Dachala tem-se mantido em destaque nesta postura denunciando que é assumidamente uma ultrajante realidade.
As eleições de agosto de 2022 marcaram um momento de viragem política em Angola. A FPU - coligação Frente Patriótica Unida liderada pela UNITA, galvanizou a juventude e a maioria dos eleitores para acreditarem na alternância política. Mas, o MPLA, a Presidência e os Órgãos Eleitorais partidarizados implementaram uma fraude extensa e complexa para garantirem que a oposição não chegasse ao poder.
No correr do tempo, nada alterou para melhorar o panorama deficitário. Desde sempre, houve um requintado aprofundamento do autoritarismo em Angola, neutralizando vários ganhos democráticos e, desmantelando as forças de contrapoder da imprensa e da sociedade civil organizada e, não organizada.
É notório não verificar, ser muito difícil que nos próximos anos, a oposição e a FPU mantenha uma estratégia eficaz para sobreviver até o próximo ano de 2027, para assim se preparar melhor fazendo garantir a verdade eleitoral. Em verdade, desde a independência aos nossos dias, pouco mudou na forma como o poder foi estruturado.
O que vingou mesmo, foi o compadrio, a corrupção e o acomodamento de uma grande parcela de governantes e oposição defraudando o povo. Paulatinamente Angola foi-se entregando às grandes potências entre a quais a China endividando-se e beneficiando sempre a casta governamental coadjuvada por uma onda gigante de subornos descarados.
O país foi sempre caracterizado como tendo uma presidência muito forte, muito musculada e, com a força suprema do aparelho de segurança, com o suposto direito histórico do MPLA para governar, na captura total da economia e dos recursos, e na aceitação e conivência de aliados estratégicos internacionais.
Em angola, criar medo é uma construção política, é um resultado de esforços estratégicos para retratar eleições como ameaças à paz, à segurança e à estabilidade da nação Os partidos de oposição tornam-se activos apenas e só durante as eleições. Vários destes partidos giram à volta de personalidades e de um único líder, são caracterizados por falta de democracia interna, sofrem de conflitos intrapartidários, têm dificuldades financeiras, e nem sempre conseguem expandir a sua base de apoio. E, Dachala “Salundilili”, tem sido um verdadeiro estandarte ao denunciar as lacunas e irregularidades que grassam na governação de Angola…
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Nota 1: *Dipanda é o somatório das coisas positivas e negativas que ocorreram antes e, durante os longos anos da crise Angolana e, na diáspora de angolanos espalhados pelo mundo.
Nota 2: **Texto elaborado a partir das anotações do baú de T´Chingange e Wiquipédia…
(Continua...)
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