FRINCHAS DO TEMPO - janelas para a vida – 29.05.2020
Xicululu; - Olho gordo - 11.06.2020
Por
T´Chingange, no Sul dos Al-Garbes
Na hora certa, só tu existes para decidires como fazer teu caminho sem a ajuda de um qualquer guia saído dum outro ventre como tu - As leis da natureza dizem que independentemente do estatuto parental, todos nascem pelo mesmo local, nus e ateus… A ESPERANÇA é a fronteira que consegue manter a condição social e financeira de pobres, pensando ilusoriamente de que um dia, o euro milhões ou o lotofacil o fará rico e assim, comprar uma vivenda na Ilha de Zanzibar em frente a Dar es Salaam…
Desde o Cabo e, há três anos (2017 e 2018) numa viagem a 40 quilómetros à hora em comboio Xoxolosa, sempre para Norte via Tanzânia, de novo recomecei a viagem ao sonho inacabado, lembrando-a nesta data da desgraça - ano de 2020. Assim parado, abrindo e fechando janelas para falar com o Loureiro, árvore do vizinho alemão, recordo-lhe o meu trilho de Johannesburg a Dar es Salaam nesse tal comboio azul. Não será muito normal falar a uma árvore mas e porque o mesmo foi interrompido pelo medo dos Boco Harans fiz a pergunta a esta por modo a saber também de seus medos.
A não ser uma breve inclinação da ponta esguia nada disse… Bem! Os Boco Harans praticavam suas safadezas lá no lugar de Rovuma de Moçambique e, em Mbeya da Tanzânia, viramos a Sul para onde não estava previsto – o medo comanda a vida, conclui meu monólogo. Como seria possível acreditar uns tempos atrás que estaria agora a falar com uma árvore que sendo nobre era muda. Num qualquer momento a tua atitude diante das dificuldades da vida ou por via dum desconhecido entrave, dependem da dimensão de tua fé e preparação espiritual para venceres recorres a refúgios e subterfúgios; é o caso.
Se tens um Deus falsificado, qualquer problema será uma barreira na tua visão. Eu que queria ir a N´Gorogoro ver os pastores esguios saltando suas alturas fiquei colado ao meu lugar subjectivizando um ponto e vírgula num ponto final paradigmático, divergindo nas fontes de referência - um monstro minúsculo chamado de “covid”. Estaremos no propício tempo de purificar a intensa comunhão entre a proximidade e a distância conjugando-a com o logaritmo da curva chata. O ser humano é contraditório; gosta de pequenos deuses, afeições apenas para acalmar a consciência como “chaveiros”, “amuletos, “figas”, “cruz de David” entre outros. Por repetição faz isso de forma automática e por isso acaba acreditando em sua intuição com medo.
Assim limitado, acompanha sua crença confiante mas, haverá um certo dia, um certo lugar que a tragédia pode chegar de forma inesperada e é diante das circunstâncias difíceis da vida, num momento, num repente, que se descobre que todos esses pequenos conceitos intuitivos caem por terra como meros paliativos. Paliativos que nada fazem mudar; que nada resolvem porque num repente dependendo de factores adversos, te sentirás nesse então na pequenez dum nada - numa ilusão caída em desânimo e sem aparente recurso! Hó santo Deus, porque fazeis isto comigo!?
É essa realidade que levará um de cada um de nós a suplicar autoconfiança perante um Santo Graal bem na cave duma ligação secreta com acesso directo ao cofre. Cofre contendo os montantes do lay-off e, todos os rendimentos mínimos para um qualquer cidadão continuar vivo. Assim, de cavandela em cavandela, desperto no m´Puto a viver um momento terrível covidesco confrontando-me entre milhões de zorros mascarados: - “Estou aflito e necessitado.” Da perspectiva humana, parece não haver solução - como ter forças sem delírios nem lágrimas para lavar o coração da angústia que sufoca esta tensão, este medo alavancado por cada qual com palpites de suco de beterraba e muito limão a controlar o PH da vida.
E assim, num dia que segue um outro, contando as rachaduras do tecto, falando com a osga gorda, como pode uma multidão protestar em casa com a morte dum cidadão negro lá nas américas? O Deus dele não estava acima de qualquer outro deus e, mesmo suplicando não foi ouvido pelo Deus nem policias bófias brancos... Sendo evidente que quem respira está a resistir, confrontando-se com uma ilegalidade, um quase crime, porque em verdade, uma pedra aceita sem nada dizer a imobilidade noé!
Qual é o drama que você vive neste momento? Qual é a tragédia que parece destruir a vida de alguém que pede para respirar! Sentir-se indefeso, incapaz de fazer algo para se ajudar, limitando-se a morrer. Antes de iniciar a caminhada destes dias, separe uns minutos para meditar na grande estranheza da sua própria história não coincidir com aquele a quem Deus o não livrou por usar uma nota de vinte dólares falsificada! Eu, que trago na carteira duas notas sujas, mas verdadeiras, trazidas da Tanzânia que me servem de talismã, dava-lhas de boa vontade - para o ver continuar vivo!
O Soba T'Chingange
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