PUTO - DA CONSPIRAÇÃO À TEORIA DA CABALA! – Uns, passam entre os pingos da chuva, outros não falam, falando…
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Em terras do M´Puto prenderam um ex governante, um ex primeiro-ministro. Isto sucedeu no mesmíssimo lugar aonde já no século III Antes de Cristo um tal General Romano Galba, referia que «Lá, na parte mais ocidental da Ibéria, há um povo muito estranho; não se governa nem se deixa governar!». Nas suas conquistas na Gália estendendo o domínio romano até ao oceano Atlântico, em uma carta enviada ao Imperador, referia haver uma tribo guerreira que habitava parte do actual território nacional. Os Lusitanos de então! A célebre frase aplicada aos nossos antepassados pode igualmente aplicar-se aos portugueses da actualidade. Não nos governamos nem queremos que nos governem.
Sabíamos já, ser Sócrates Tuga, o politica de ofício regularmente hábil no seu mistério, porem sem a divina protecção, nem o talento, para as perfeições o protegerem em obras de maior finura. Não se devendo medir o mérito de um político apenas por seu académico curriculum ou pela capacidade de suas competências, nele se reconheceram e vincularam na forma de comentador. Pago por dinheiros públicos culminou reconhecer-se agora, no foro judicial, não ter tido a sensibilidade, presteza, estética e seriedade ao enriquecer do nada em terras de tão escassos recursos.
De novo debruçado na leitura de um livro Nobel e nobre, saliento de Saramago as palavras ajustadas a este teatro ou episódio. De novo baixei-me até o meu chão e tomando um pedaço de terra ergui o punho deixando-a escorregar lentamente por entre os dedos; o barro ao barro, o pó ao pó, a terra à terra, nada começa que não tenha que acabar. Sócrates, por quem nem nutro ternuras, perfilou-se no único destino dos homens, começar e acabar, acabar e começar.
Pensei no cumprimento de meus deveres, introduzir na imagem metafórica do calvário, mais uma cruz junto a Cristo no monte Gólgota bem ao lado do ladrão que subiu aos céus por confessar a Este, o Messias, não achar justa a sua crucificação. Neste entretêm uns fiapos de nuvem agitaram meus neurónios, um vento vindo do além colocaram-me na solidão do silêncio. Sufocando-me na desconfiança, remeti-me ao canto prudente dos anciãos. Mendigando-me de penas como um faminto que não vê justiça e, sem vontade de chorar mesmo picando bravas cebolas para tal, agachei-me pela última vez e, com um punhado de terra fina deixo-a escorregar lentamente por entre os dedos; o pó ao pó, a terra à terra até formar um monte. Exactamente como o fazem as toupeiras, na forma inversa. Será isto a tal natureza sustentável? …
Ilustrações: de Assunção Roxo
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