TEMPO COM CINZAS - Andamos a ser enganados pelo imperador Constantino que, há muitos anos, resolveu impor ao Império Romano o cristianismo….
XICULULU : - Olhar de esguelha, mau-olhado, olho gordo, cobiça
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Aos meus amigos(as) – 2ª de 12 Partes
(…) Outra influência sobre Bruno, versando o mesmo campo, supõe-se que foi a de Giovanni Battista Della Porta, um erudito napolitano que publicou um livro importante sobre mágica natural. Nessa área, porém, talvez a influência predominante sobre Giordano Bruno tenha sido a da antiga religião egípcia do culto ao deus Toth, escriba dos deuses, inventor da escrita e patrono de todas as artes e ciências, e identificado com o deus grego Hermes Trismegisto (Três vezes grande) pelos neoplatónicos. As obras de Platão e também a Hermética, que é o conjunto dos segredos revelados por Hermes-Toth que constituem as ciências ocultas e astrologia a nível popular, e certos postulados de filosofia e teologia a nível erudito, - introduzidos em Florença por Marsilio Ficino ao final do século anterior.
Em 1565, aos 17 anos, Bruno recebe hábito de São Domingos, no convento de San Domenico Majore, em Nápoles (onde São Tomas de Aquino havia leccionado), ocasião em que muda o nome para Giordano. Ordenado sacerdote em 1572, continuou no convento seus estudos de teologia, que concluiu em 1575. Intolerante com a ignorância dos colegas de claustro; aborrecia-se com as discussões de subtilezas teológicas. Leu dois comentários proibidos de Erasmus e discutia desassombradamente a heresia de Ariano, que negava a divindade de Cristo. Sua excepcional habilidade com a arte da memória viria a atrair tutores, e foi levado a Roma para demonstrar suas habilidades ao Papa.
Suas tendências heterodoxas provocaram censuras e admoestações e por fim chama a atenção da Inquisição em Nápoles. Em 1576 deixou a cidade para escapar a um processo de heresia instaurado pelo Provincial da ordem. Fugiu para Roma onde foi vítima de uma acusação improcedente de assassinato. Um segundo processo de excomunhão em Roma fez com que fugisse novamente. Deixou o hábito dominicano e perambulou pelo norte da Itália por mais de um ano. Em 1578, viajou para a França e Suíça, onde, em Genebra, ganhava a vida fazendo revisão de textos.
Abraçou o calvinismo, talvez apenas por conveniência por se achar em um país calvinista, porque logo publicou um escrito em que criticava um professor calvinista. Discorda da tese calvinista da justificação por meio da fé e não das obras, o que significa desvalorização e desprezo de toda caridade, misericórdia e justiça. A reacção dos calvinistas foi rigorosa: foi preso e excomungado, porém retractou-se e assim lhe foi permitido deixar a cidade. Vai para a França. Passa 2 anos (1579-1581) em Toulouse, onde consegue nomeação para uma cátedra de filosofia; lá tentou, sem sucesso, ser absolvido pela Igreja Católica. A esta altura é um homem sem pátria e sem Igreja.
Um dos interesses de Bruno é a Arte Combinatória Luliana. A arte luliana busca construir um sistema de relações entre as ideias as quais diz Lúlio, apoiando-se em Platão, que existem e são interligadas na construção da realidade. Atua por meio de taboas e figuras. Determina os elementos primeiros do pensamento: sujeitos e predicados, e os representa por meio de letras que constituem "o alfabeto da grande arte". Dispõe essas letras em uma espécie de tábua pitagórica, e as escreve em triângulos, círculos que se sobrepõe e faz rodar para conseguir todas as diferentes combinações possíveis.
As combinações formam o silabário e o dicionário da grande arte. Acreditava-se que, depois de conhecidas todas as maneiras de combinar os sujeitos com os predicados, se teria a possibilidade de responder a todas as perguntas que a mente humana pode fazer. Mas toda a sua construção gira em torno dos gonzos de um princípio filosófico platónico, isto é, que as nossas ideias por serem sombras das ideias eternas, estão vinculadas reciprocamente, como essas, em cadeias cujos elos são partes de um sistema único total e por isso podem iluminar-se mutuamente, pois é uma só a luz que resplandece em todas. (Leibniz depois retoma essa linha).
(Continua…)
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